O relator dos vetos que
serão analisados hoje (19) pelo Congresso, o deputado Júlio César Lima
(PSD-PI), já definiu e orientou as bancadas dos estados não produtores de
petróleo como votar os mais de 3 mil vetos que estão na pauta. Ele votará “sim” em todos
eles e “não” para derrubar o veto parcial à lei sobre os royalties do
petróleo, que retirou do texto aprovado pelo Congresso a redistribuição também
com base nos contratos já licitados.
Assim, o parlamentar acredita que
poderá acelerar o processo de votação mantendo todos os demais vetos. Alguns
aguardam apreciação desde 1994. Ele disse ainda que seu parecer tem entre sete
e oito páginas e se resume à manutenção do projeto de lei de partilha dos royalties de
petróleo das camadas do pós-sal e do pré-sal aprovado pelo Congresso Nacional.
Os votos serão feitos de forma
manual. A gráfica do Senado imprimiu 463 páginas que já estão
sendo distribuídas aos senadores e deputados. O departamento de engenharia do
Senado construiu 13 urnas especiais para depositar os votos dos parlamentares.
O presidente do Congresso, José
Sarney (PMDB-AP), destacou que a maioria dos vetos que serão analisados vem de
longa data e se refere à área orçamentária, sem relevância, “porque estão
totalmente superados”. Quanto aos vetos polêmicos, como os do Projeto de Lei do
Código Florestal, ele disse que a decisão de mantê-los caberá aos partidos e
aos líderes.
18/12/2012 -
Congresso tentará cumprir determinação de votar vetos presidenciais pendentes
Os líderes partidários do Senado
decidiram apresentar na sessão de hoje (18) do Congresso Nacional requerimento
para a votação dos mais de 3 mil vetos presidenciais pendentes de análise. A
proposta foi construída em reunião com o presidente da Casa, José Sarney
(PMDB-AP).
O objetivo é cumprir a determinação
do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, ao Congresso de votar
todos os vetos pendentes de análise. De acordo com o despacho em caráter
liminar do ministro, só depois disso, o Parlamento poderá decidir se mantém ou
retira os vetos feitos pela presidenta Dilma Rousseff ao projeto de lei que
tratou da partilha dos royalties do petróleo entre os estados.
O líder do PMDB, Renan Calheiros
(AL), disse que o acordado é apreciar o requerimento na sessão marcada para as
19h e só amanhã (19) colocar em votação os vetos presidenciais que remontam a
1994. Isso dá ao Congresso tempo para imprimir as cédulas de votação de cada
veto, que será analisado, um a um, pelos deputados e senadores.
O vice-líder do governo no Senado e
líder do PTB, Gim Argello (DF), destacou que o requerimento será assinado pela
maioria dos líderes da Câmara e do Senado.
Alguns dos vetos pendentes no
Congresso são considerados polêmicos, como os feitos pela presidenta Dilma
Rousseff à proposta do Código Florestal. Segundo Argello, são 18 os vetos
polêmicos que estarão sob a apreciação dos parlamentares na sessão de amanhã.
Argello disse que cada veto em
análise poderá ser discutido em separado, instrumento regimental que deve ser
usado pelas bancadas do Rio de Janeiro e do Espírito Santo para protelar ao
máximo a sessão. Os dois estados são contrários à derrubada do veto, uma vez
que, caso ocorra, a distribuição dos recursos dos royalties aos entes
federados não produtores poderá abranger contratos já licitados.
A coleta das assinaturas dos
líderes partidários está sendo feita pelo senador Wellington Dias (PT-PI).
Relator da matéria no Senado, o texto do parlamentar tornou-se a proposta do
Congresso enviada para sanção da presidenta Dilma Rousseff.
18/12/2012 -
Mesa do Congresso imprime cédula para votar mais de 3 mil vetos
A Mesa Diretora do Congresso já
confeccionou a cédula de votação, conforme requerimento apresentado hoje (18)
pela maioria dos deputados e senadores para que o Parlamento vote amanhã (19)
os mais de 3 mil vetos presidenciais pendentes de deliberação. A cédula, em
formato de livro, com os vetos, tem exatas 463 páginas.
Os parlamentares terão que marcar
na cédula uma das três opções (sim, não e abstenção) mais de 3 mil vezes. A
ideia é manter a quase totalidade dos vetos e rejeitar os vetos ao projeto da
redistribuição dos recursos dos royalties do petróleo.
É uma tentativa de cumprir a
determinação do ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal. Em liminar, ele
determinou que a votação dos vetos tem que seguir a ordem cronológica da
chegada da mensagem presidencial ao Parlamento comunicando os vetos.
Autor do mandato de segurança que
suspendeu a sessão que aprovou a urgência para análise dos vetos aos royalties,
o deputado Alessandro Molon (PT-RJ) prometeu ingressar com nova ação no
Supremo. “Não há a menor dúvida que vamos entrar com outro mandado se o
Congresso tentar, mais uma vez, boicotar a derrubada dos vetos aos royalties de
maneira contrária à Constituição e ao Regimento Comum do Congresso, como foi
feito na semana passada”, disse.
Entre os vetos que podem ser apreciados, o mais antigo é do ano 2000 e foi feito pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) a um projeto de lei da Câmara. Portanto, na sessão de amanhã (19), marcada para começar às 12 horas, deputados e senadores devem apreciar vetos dos dois últimos anos do governo FHC, dos oito anos do governo Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousseff.
Com a possibilidade de apreciação
dos vetos, a bancada ruralista já está articulando para tentar derrubar os
vetos da presidenta Dilma ao projeto de lei que trata do Código Florestal. Para
isso, precisará da maioria dos deputados e senadores. Outro veto, do
ex-presidente Lula, que poderá ser derrubado e criar constrangimento ao
governo, é o que acaba com o fator previdenciário.
(Agência Brasil)
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