O
presidente da Bolívia, Evo Morales, denunciou nesta terça-feira que uma empresa
brasileira enganou o governo boliviano no projeto de instalação de uma fábrica
estatal de papel (Papelbol), que agora ficará a cargo de uma corporação
chinesa.
"Infelizmente,
uma empresa brasileira nos enganou. Estamos retomando (o projeto) e agora vamos
terminá-lo com uma empresa chinesa", disse o presidente na cidade de Villa
Tunari.
A Papelbol devia ser instalada na região do Chapare (centro), região produtora de coca e principal bastião político do presidente.
O chefe de Estado afirmou que, apesar do tropeço, "daqui a três meses" a fábrica estará pronta.
Morales não mencionou o nome da empresa brasileira questionada, a D'Andrea, que é investigada por suposto superfaturamento em um contrato com o Estado boliviano por 13 milhões de dólares para a venda de maquinaria para a fabricação do papel.
A empresa nega a acusação e denunciou que seu pedido de arbitragem foi rejeitado pelas autoridades bolivianas.
"Lamentavelmente, devemos reconhecer que por culpa das empresas temos que pagar politicamente por estes fatos", acrescentou Morales sobre a situação.
Após a fracassada tentativa inicial, a instalação da fábrica de papel estará a cargo da empresa chinesa Vicstar.
Em seu afã de fortalecer a presença do Estado na economia, o governo do esquerdista Evo Morales impulsiona a criação de empresas estatais.
(UOL)
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