O embargo da Rússia às carnes bovina, suína e de aves brasileiras não afetou as exportações de carne de porco em 2012, segundo a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). De acordo com dados divulgados hoje (13) pela entidade, o Brasil exportou 540 mil toneladas do produto no acumulado de janeiro a novembro, volume que proporcionou uma receita de US$ 1,4 bilhão. A quantidade de carne embarcada superou em 12,83% o que foi registrado em 2011, e o valor arrecadado em 4,54%.
Segundo a Abipecs, no mês de novembro, as exportações ficaram em 51 mil toneladas e geraram receita de US$ 137,32 milhões. A quantidade cresceu 18,72% e o montante financeiro, 5,13%. A entidade destacou, no entanto, que houve decréscimo de 11,45% no preço médio do produto em relação a novembro de 2011.
O embargo russo às carnes brasileiras durou um ano e cinco meses e atingiu os estados de Mato Grosso, do Paraná e do Rio Grande do Sul. Os motivos foram as divergências entre as exigências russas e as medidas sanitárias adotadas por frigoríficos no Brasil. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento anunciou a suspensão do embargo somente em 28 de novembro, após reuniões e rodadas de negociação com as autoridades sanitárias russas. As exportações de carne para a Rússia ainda não retornaram à normalidade, pois depende da celeridade de adequação dos frigoríficos às novas normas em conformidade com o padrão russo.
Rússia suspende embargo às exportações de carne de três estados brasileiros
O embargo russo às exportações de carne de três estados brasileiros, que já durava um ano e cinco meses, foi suspenso. A informação foi divulgada somente hoje (28) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), embora a Rússia tenha comunicado a decisão ao embaixador do Brasil em Moscou na última sexta-feira (23).
Apesar do fim do embargo, ainda não há previsão de quando serão retomadas as vendas de Mato Grosso, do Paraná e Rio Grande do Sul para o país europeu. Isso dependerá, segundo o Mapa, da celeridade de adaptação das empresas exportadoras às regras impostas pelos russos. Também restariam alguns frigoríficos em outros estados sob embargo da Rússia.
De acordo com o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Ênio Marques Pereira, para que houvesse a retomada do comércio, o Brasil optou por se submeter às exigências do país. Entre elas, está a exigência de que as carnes exportadas – tanto a bovina quanto a suína e de aves - não tenham hormônio promotor de crescimento, a ser atestado por um laudo de laboratório.
A mesma exigência já é feita pelos países da União Europeia. “O comércio com a Rússia já tem em torno de 15 anos. Nestes últimos dois anos, as exigências passaram a um limite que tivemos muita dificuldade de atender”, disse o secretário.
Desde o início do embargo, em junho do ano passado, foram realizados mais de dez encontros com autoridades russas na tentativa de solucionar o impasse. Além do Ministério da Agricultura, o Ministério das Relações Exteriores tomou parte nas discussões.
Segundo dados do Mapa, as exportações brasileiras de carne mantiveram-se estáveis. De janeiro a outubro deste ano, somaram US$ 12,981 milhões. Nos mesmos meses de 2011, ficaram em US$ 12,965 milhões.
De acordo com Célio Porto, secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, o embargo causou prejuízo principalmente ao mercado interno dos estados onde houve veto à exportação. Ele afirmou ainda que a suinocultura foi a mais prejudicada, pois 50% das exportações de suínos partindo do Brasil são destinados à Rússia. Agência Brasil
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