E não são apenas os importados que devem fechar
o ano com preços mais elevados. A falta de concorrência com os produtos
estrangeiros poderá deixar os nacionais também mais caros
Os produtos importados típicos do Natal, como vinhos, nozes e frutas secas podem ficar de fora da mesa do capixaba durante as festas de fim de ano. A previsão é do presidente da Associação Brasileira dos Importadores e Distribuidores de Bens de Consumo (ABCON), Gustavo Dedivitis.
O setor, segundo ele, vem enfrentando dificuldades, desde o inicio do ano, para trazer ao Brasil estas mercadorias, que devem chegar às prateleiras em média 20% mais caras que no ano passado. E não são apenas os importados que devem fechar o ano com preços mais elevados. Para a associação, a falta de concorrência com os produtos estrangeiros poderá deixar os nacionais também mais caros.
“Com o dólar mais caro, as dificuldades cada vez maiores para importação, além da provável falta de concorrência para os produtos nacionais, o consumidor como sempre é quem vai sofrer quando for às compras”, diz Gustavo Dedivitis.
Quem está percebendo essa alta nos preço dos produtos é a funcionária pública Soraya Beatriz România, 47 anos, que teme um natal prejudicado. "Os preços estão salgados nos supermercados. Gosto de comprar esses produtos no fim de ano, mas estou percebendo que não terá como, ainda mais quem é funcionária pública como eu. O jeito é substituir.", salienta.
Outro que diz que terá que substituir os produtos por uma opção de menor custo é o radialista Getúlio Loureiro, 53 anos. "Basta pegar o similar que a pessoa estará bem servida", frisa.
Mas, para o presidente da ABCON, Gustavo Dedivitis, essa troca não é positiva para o consumidor, já que não terá opções de preços nos estabelecimentos. "O importado sempre foi um fator muito interessante no combate à inflação. Ele gera concorrência e acaba inibindo a indústria nacional de aumentar o seu preço. Nesse sentido, a inflação acaba sendo controlada pelo produto importado. Quando ele não está nas prateleiras, esse produto fica mais caro e a inflação, sem dúvida, aumentado", defende.
Tiago Félix
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