Brasil
tem o 2º pior desempenho entre as bolsas do mundo
Bolsas
pelo mundo
São
Paulo - Quando comparada com as principais bolsas de valores do
mundo, a bolsa brasileira fica em clara desvantagem. Com queda
acumulada de 6,20% no ano, a Bovespa
só
não tem desempenho pior que a bolsa da Espanha, que está no centro
da grave crise financeira europeia.
Para
o analista Hamilton Moreira Alves, do BB Investimentos, o desempenho
abaixo de países em crise econômica se explica pelo desempenho
pífio de ações que têm grande peso por aqui, como a Vale e
a Petrobras.
Bovespa
“Quase
50% das ações na Bovespa são relacionadas a commodities e esse
setor está sofrendo com a crise externa. Quando a China mostrar
melhora, o mercado brasileiro vai voltar a subir”, explica
Hamilton.
Além
do “efeito China”, o analista Pedro Galdi, da SLW Corretora,
destaca também as recentes medidas do governo federal. “O
intervencionismo também tirou força das ações de elétricas e dos
bancos, enquanto fortaleceu as siderúrgicas”, afirma o analista.
Estados
Unidos
A
economia americana começa a dar sinais de que caminha para uma
recuperação lenta e gradual. O PIB do 3º trimestre cresceu 2%,
acima do esperado por economistas, empurrado principalmente pela
maior atividade dos consumidores, que correspondem a 70% da atividade
econômica do país.
Variação
no ano: 12,27% (MSCI USA)
Principais
setores: tecnologia e energia
Japão
A
terceira maior economia mundial está a beira da recessão. Tentando
evitar isso, o Banco Central Japonês aumentou, nesta terça-feira,
seu programa de compra de ativos e de empréstimos – sua principal
ferramenta de afrouxamento monetário. O BC reage aos fracos
indicadores da economia do país, com as exportações caindo e a
produção japonesa sofrendo a maior queda desde o terremoto do ano
passado.
China
O
primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, afirmou recentemente que a
economia do país "começou a se estabilizar e a experimentar
mudanças positivas no terceiro trimestre". A fase de
desaquecimento da economia chinesa, iniciada em 2010, parece estar se
aproximando do fim. As estimativas para a produção industrial de
outubro já apontam uma leve aceleração. O gigante da Ásia deve
crescer 7,8% em 2012, segundo estimativas do Fundo Monetário
Internacional (FMI).
Variação
no ano: +9,67% (MSCI China)
Principais
setores: financeiro e de energia
Alemanha
A Alemanha,
que até então vinha resistindo à crise que se espalha pela Europa,
começa a dar sinais de que está caminhando para uma estagnação.
Depois de crescer 4,2% em 2010 e 3% em 2011, a projeção para esse
ano é de apenas 0,8%. Indicadores econômicos como confiança
empresarial – que registrou em outubro a maior contração em 2
anos – e taxa de desemprego – que subiu pelo 7º mês seguido
neste mês-, aumentam a preocupação.
Variação
no ano: +18,84% (MSCI Alemanha)
Principais
setores: tecnologia e químico
Índia
A
atividade econômica na Índia sofreu uma pequena desaceleração
recentemente por conta, principalmente da queda na confiança de
empresários, causada por fatores como a demora na aprovação de
novos projetos, reformas estruturais lentas e desaquecimento na
demanda externa. Devido a isso, o FMI reduziu a projeção de
crescimento da economia do país para 4,9% em 2012.
Variação
no ano: +20,93% (MSCI Índia)
Princpais
setores: tecnologia, financeiro e energia
Espanha
A
quarta maior economia da zona do euro está no centro da crise
financeira europeia e vive a expectativa de se o governo pedirá ou
não o resgate ao Banco Central Europeu. O PIB espanhol encolheu 0,3%
entre julho e setembro, marcando o 5º trimestre consecutivo de
contração da economia. A inflação continua subindo e chegou a
3,5% em outubro.
Variação
no ano: -9,52% (MSCI Espanha)
Principais
setores – financeiro e telecomunicação
Reino
Unido
Em
recessão desde o fim de 2011, o Reino Unido saiu da crise ao ver sua
economia crescer 1% no terceiro trimestre de 2012. Com ajuda dos
Jogos Olímpicos, a economia britânica mostra sinais de recuperação,
mas os obstáculos provenientes da zona do euro devem agir como um
peso nos próximos meses.
Variação
no ano: +4,24% (MSCI Reino Unido)
Prinipais
setores – financeiro e energia
México
A
economia mexicana é a segunda maior da América Latina. Mas com
ritmo de crescimento que está – no 3º trimestre cresceu 3,3% -,
atraindo cada vez mais indústrias por conta de sua mão de obra
barata, analistas acreditam que em 2022 o país tomará o lugar do
Brasil como economia latino-americana mais importante.
Variação
no ano: +21,72% (MSCI México)
Principais
setores – telecomunicação e consumo
Rússia
Em
uma conferência financeira no começo do mês, o presidente russo
Vladimir Putin afirmou que economia da Rússia deve manter sua atual
taxa de crescimento de 4% durante os próximos três anos. O país
tem superado a maioria das economias desenvolvidas, mas está atrás
de grandes rivais emergentes como a China a Índia.
Variação
no ano: 4,53% (MSCI Russia)
Principal
setor – energia
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