quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Desempenho da bolsa brasileira só não é pior que o da bolsa espanhola


Brasil tem o 2º pior desempenho entre as bolsas do mundo


Bolsas pelo mundo
São Paulo - Quando comparada com as principais bolsas de valores do mundo, a bolsa brasileira fica em clara desvantagem. Com queda acumulada de 6,20% no ano, a Bovespa só não tem desempenho pior que a bolsa da Espanha, que está no centro da grave crise financeira europeia.

Para o analista Hamilton Moreira Alves, do BB Investimentos, o desempenho abaixo de países em crise econômica se explica pelo desempenho pífio de ações que têm grande peso por aqui, como a Vale e a Petrobras.

Bovespa
Quase 50% das ações na Bovespa são relacionadas a commodities e esse setor está sofrendo com a crise externa. Quando a China mostrar melhora, o mercado brasileiro vai voltar a subir”, explica Hamilton.

Além do “efeito China”, o analista Pedro Galdi, da SLW Corretora, destaca também as recentes medidas do governo federal. “O intervencionismo também tirou força das ações de elétricas e dos bancos, enquanto fortaleceu as siderúrgicas”, afirma o analista.

Estados Unidos
A economia americana começa a dar sinais de que caminha para uma recuperação lenta e gradual. O PIB do 3º trimestre cresceu 2%, acima do esperado por economistas, empurrado principalmente pela maior atividade dos consumidores, que correspondem a 70% da atividade econômica do país.
Variação no ano: 12,27% (MSCI USA)
Principais setores: tecnologia e energia

Japão
A terceira maior economia mundial está a beira da recessão. Tentando evitar isso, o Banco Central Japonês aumentou, nesta terça-feira, seu programa de compra de ativos e de empréstimos – sua principal ferramenta de afrouxamento monetário. O BC reage aos fracos indicadores da economia do país, com as exportações caindo e a produção japonesa sofrendo a maior queda desde o terremoto do ano passado.

China
O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, afirmou recentemente que a economia do país "começou a se estabilizar e a experimentar mudanças positivas no terceiro trimestre". A fase de desaquecimento da economia chinesa, iniciada em 2010, parece estar se aproximando do fim. As estimativas para a produção industrial de outubro já apontam uma leve aceleração. O gigante da Ásia deve crescer 7,8% em 2012, segundo estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI). 
Variação no ano: +9,67% (MSCI China)
Principais setores: financeiro e de energia

Alemanha
Alemanha, que até então vinha resistindo à crise que se espalha pela Europa, começa a dar sinais de que está caminhando para uma estagnação. Depois de crescer 4,2% em 2010 e 3% em 2011, a projeção para esse ano é de apenas 0,8%. Indicadores econômicos como confiança empresarial – que registrou em outubro a maior contração em 2 anos – e taxa de desemprego – que subiu pelo 7º mês seguido neste mês-, aumentam a preocupação. 
Variação no ano: +18,84% (MSCI Alemanha)
Principais setores: tecnologia e químico

Índia
A atividade econômica na Índia sofreu uma pequena desaceleração recentemente por conta, principalmente da queda na confiança de empresários, causada por fatores como a demora na aprovação de novos projetos, reformas estruturais lentas e desaquecimento na demanda externa. Devido a isso, o FMI reduziu a projeção de crescimento da economia do país para 4,9% em 2012.
Variação no ano: +20,93% (MSCI Índia)
Princpais setores: tecnologia, financeiro e energia

Espanha
A quarta maior economia da zona do euro está no centro da crise financeira europeia e vive a expectativa de se o governo pedirá ou não o resgate ao Banco Central Europeu. O PIB espanhol encolheu 0,3% entre julho e setembro, marcando o 5º trimestre consecutivo de contração da economia. A inflação continua subindo e chegou a 3,5% em outubro.
Variação no ano: -9,52% (MSCI Espanha)
Principais setores – financeiro e telecomunicação

Reino Unido
Em recessão desde o fim de 2011, o Reino Unido saiu da crise ao ver sua economia crescer 1% no terceiro trimestre de 2012. Com ajuda dos Jogos Olímpicos, a economia britânica mostra sinais de recuperação, mas os obstáculos provenientes da zona do euro devem agir como um peso nos próximos meses.
Variação no ano: +4,24% (MSCI Reino Unido)
Prinipais setores – financeiro e energia

México
A economia mexicana é a segunda maior da América Latina. Mas com ritmo de crescimento que está – no 3º trimestre cresceu 3,3% -, atraindo cada vez mais indústrias por conta de sua mão de obra barata, analistas acreditam que em 2022 o país tomará o lugar do Brasil como economia latino-americana mais importante. 
Variação no ano: +21,72% (MSCI México) 
Principais setores – telecomunicação e consumo

Rússia
Em uma conferência financeira no começo do mês, o presidente russo Vladimir Putin afirmou que economia da Rússia deve manter sua atual taxa de crescimento de 4% durante os próximos três anos. O país tem superado a maioria das economias desenvolvidas, mas está atrás de grandes rivais emergentes como a China a Índia.
Variação no ano: 4,53% (MSCI Russia)
Principal setor – energia

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