quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Deputados capixabas não questionam decisão do STF sobre réus do mensalão


Os parlamentares estaduais acatam a decisão da Corte como suprema e indiscutível em qualquer instância, já que todo o processo foi baseado em argumentos legais

Na última terça-feira (13), o presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Rui Falcão, publicou um vídeo em que questiona a decisão das penas definidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no caso, da ação penal 470, conhecida popularmente por Mensalão. Contudo, representantes do Legislativo estadual relevam a declaração do petista e declaram que não há o que ser questionado quanto à decisão do Supremo.
No vídeo, Falcão disse que achou o julgamento injusto e que o STF teria definido as penas por influência política. Além disso, o presidente petista culpa grandes meios de comunicação por pressionar por uma providência do Judiciário. “Estão mudando completamente parâmetros consagrados da jurisprudência e do direito brasileiro”, pontuou ele durante a gravação.
Repercussão na Ales
O presidente do PT disse ainda que o partido continua afirmando que não houve compra de votos e nem de nenhum tipo de beneficiamento pessoal dos partidários. “Temos informações que após a fase dos agravos dos recursos cabíveis, ainda há a possibilidade de recorrer a foros especiais”, finalizou falando no vídeo.
Contudo, os parlamentares estaduais acatam a decisão da Corte como suprema e indiscutível em qualquer instância, já que todo o processo foi baseado em argumentos legais. Para o verde Sandro Locutor, “o STF assume um posicionamento importante no país e todo o parecer durante o julgamento foi baseado em argumentos legais. A postura dos ministros foi contundente com o caso em discussão e se houve qualquer pressão popular ou dos meios de comunicação, eles não cumprem nada além do seu papel”.
Já Cacau Lorenzoni (PP) opina dizendo que cabe aos condenados cumprir a decisão do Supremo e não questionar. “Se os ministros aplicaram determinada pena é porque tinham provas suficientes pra isso. O julgamento é licito”.
O petista Roberto Carlos declarou que não vê nenhum teor político nas decisões do STF e reconhece a relevância histórica dos acusados e afirma que se realmente houve erros, as penalidades precisam ser aplicadas. “O Supremo agiu de acordo com os elementos que dispunham sobre o caso, se realmente existiu a fraude tem que cumprir a pena e sacudir a poeira”.
Para Esmael Almeida (PMDB), o Judiciário tem toda credibilidade para aplicar a penalidade que definir como mais apropriada. “Tivemos onze jurados credenciados para compor o tribunal. Se não acreditarmos na Justiça, perdemos tudo”.
Via ESHOJE


Por Mariana Salume 

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