Durante
o ano passado inteiro houve 61 registros da doença, contra 354 entre janeiro e
novembro de 2012. Neste igual período, o número de mortes também subiu,
passando de uma para oito
O número de casos confirmados de coqueluche no Espírito Santo aumentou 480% na comparação anual. Durante o ano passado inteiro houve 61 registros da doença, contra 354 entre janeiro e novembro de 2012. Neste igual período, o número de mortes também subiu, passando de uma para oito. Por isso, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) alerta a população para que fique atenta aos sinais e sintomas da doença.
Mais de 50 municípios capixabas apresentaram casos de coqueluche – também conhecida popularmente por “tosse comprida” -, o que pode ser caracterizado como uma situação de surto. “Há surto da doença espalhado em diversos municípios. A maioria dos casos está concentrada em bebês e crianças (veja tabela abaixo), ressalta a coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Sesa, Gilsa Rodrigues.
Embora se manifeste de forma mais grave em recém-nascidos, bebês e crianças, a preocupação da Sesa é também com adolescentes e adultos, que muitas vezes apresentam os sintomas, mas não são diagnosticados. “Temos casos de adolescentes e adultos com coqueluche, muitas vezes não diagnosticados e que transmitiram para crianças que estão com o esquema vacinal em andamento”, salienta a coordenadora.
A principal forma de prevenção é a vacinação, gratuita, e encontrada nas unidades de saúde municipais. Para ficar completamente imune, a pessoa deve receber cinco doses até os seis anos de idade. A imunidade contra a doença dura por 10 anos. Até estar com o esquema vacinal completo, a criança não está totalmente protegida.
Orientações
A coqueluche é causada por uma bactéria e altamente contagiosa. A transmissão se dá por meio de contato direto, tosse, espirro, eliminação de secreção, ao falar ou ao tocar objetos. O período de contágio se estende de cinco dias após o contato com o doente até três semanas depois do início dos acessos de tosse. A orientação da Sesa é ficar atento à higienização das mãos e evitar ficar perto de pessoas com suspeita da doença.
“Após tossir, é preciso lavar as mãos. Ao lidar com crianças, na hora do banho, de trocar a fralda e amamentar, por exemplo, é preciso ter esse cuidado. As mães com sinais e sintomas da doença devem se preocupar em tampar o nariz e a boca, usando uma máscara ou lenço. Vale lembrar que essas medidas devem ser adotadas mesmo por pessoas que ainda não tenham a doença confirmada”, detalha Gilsa Rodrigues.
Sintomas
Os sinais e sintomas da coqueluche são as tosses persistentes, que podem durar várias semanas. Entre uma inspiração e outra as pessoas podem ter vários acessos de tosse a ponto de deixar a pele, especialmente a boca, com coloração arroxeada (cianose) devido à falta de oxigênio. É muito comum também vômito após a tosse. Pode haver ainda presença de febre leve, coriza, mal estar geral.
“A coqueluche apresenta um sintoma peculiar, que é uma tosse que acontece de maneira súbita e incontrolável, que gera um barulho característico chamado de guincho inspiratório”, explica Gilsa Rodrigues.
Quem apresentar esses sintomas deve procurar atendimento médico nas unidades de saúde municipais. O tratamento é rápido e simples, feito com o uso de antibiótico por até 14 dias. O diagnóstico é clínico, mas em alguns casos pode ser feito laboratorialmente.
Medidas
Desde que observou aumento nas notificações da doença, a Secretaria de Estado da Saúde iniciou uma série de ações de alerta e capacitação. Foi oferecido treinamento dos municípios na realização do exame laboratorial (coleta de swab), de complicada execução.
Além disso, Sesa entrou em contato com as vigilâncias epidemiológicas dos 78 municípios capixabas para esclarecer sobre a coqueluche, encaminhando notas técnicas também para o Conselho Regional de Medicina (CRM) e Conselho Regional de Enfermagem (Coren), bem como para diversas sociedades médicas.
Casos
2012
Confirmados: 354
Óbitos: 08
Todos os óbitos ocorreram em bebês. Dois deles haviam recebido apenas uma dose da vacina e os demais não tinham iniciado o esquema vacinal.
Confirmados: 354
Óbitos: 08
Todos os óbitos ocorreram em bebês. Dois deles haviam recebido apenas uma dose da vacina e os demais não tinham iniciado o esquema vacinal.
2011
Confirmados: 61
Óbitos: 01
Confirmados: 61
Óbitos: 01
Distribuição de casos por idade – 2012
Em menores dois meses: 55
02 a 05 meses: 83
06 a 09 meses: 22
10 a 11 meses: 12
01 a 04 anos: 92
05 a 09 anos: 32
10 a 14 anos: 22
15 a 19 anos: 09
Maiores de 20 anos: 27
02 a 05 meses: 83
06 a 09 meses: 22
10 a 11 meses: 12
01 a 04 anos: 92
05 a 09 anos: 32
10 a 14 anos: 22
15 a 19 anos: 09
Maiores de 20 anos: 27
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