O
candidato do PRB à prefeitura de São Paulo, Celso
Russomanno, afirmou neste domingo, após reconhecer que não irá ao segundo turno
da eleição paulistana, que a sua campanha não teve falhas estratégicas e
que a queda de sua popularidade se deu por conta dos ataques sincronizados por
seus adversários. Os dois minutos diários no horário eleitoral gratuito foram
insuficientes para neutralizar as ofensivas, de acordo com o candidato.
"A
queda, de fato, aconteceu. Eram todos contra a gente. Mas saímos fortalecidos
desta eleição, com mais de 1,3 milhão de votos", disse ele. Para
Russomanno, o fim do primeiro turno zera a disputa e um possível acordo a Serra
ou Haddad será costurado a partir desta segunda-feira em uma reunião envolvendo
Russomanno, Luiz Flávio D'Urso, candidato a vice-prefeito, além de Marcos
Pereira, presidente nacional do PRB, e Campos Machado, presidente estadual do PTB.
"Somos
agora um grupo político. Trabalharemos unidos", afirmou Russomanno. Porém,
o discurso do presidente municipal do PRB, Aildo Rodrigues Ferreira, é um pouco
diferente. "Apoiar Haddad é a tendência natural", disse ele.
A
afirmação de Ferreira se deve ao fato de o PRB ser da base aliada da presidente
Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, enquanto Campos Machado é fiel ao
governador Geraldo Alckmin, apoiador de Serra. "PRB e PTB podem caminhar
separados", afirmou Ferreira. Ele descartou ainda o fato de que o texto em
defesa de Russomanno, publicado no blog pessoal do bispo Edir Macedo, líder da
Igreja Universal, tenha sido um revés na campanha.
Desde
o início da candidatura, Russomanno vinha tentando se desvencilhar da ligação
com a denominação evangélica, exatamente para evitar possíveis rejeições.
"Eu acho que essa não foi a causa. Veja que isso era dito há muito tempo,
mas a intenção de voto não caía. Ficamos sem fôlego para resolver a questão da
tarifa do ônibus, sem tempo de televisão suficiente", disse ele.
Russomanno
se apressou a desmentir a possibilidade de racha no grupo. "Saímos unidos
desta eleição. Fizemos uma campanha limpa, sem ataques e construímos uma
terceira via", disse. Ao seu lado, Campos Machado ficou calado durante
todo o tempo durante a entrevista.
O
candidato tentou minimizar os efeitos danosos à sua campanha da proposta da
passagem de ônibus proporcional, criticada duramente pelos adversários. "O
problema não foi a proposta, mas os ataques feitos a ela", resignou-se
Russomanno.
Luiz
Flávio D'Urso fez coro ao negar possíveis erros de campanha. "Houve
ajustes de estratégia durante todo o período de campanha e esses ajustes
permaneceram agora no final", disse o candidato a vice-prefeito.
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