O candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando
Haddad, reagiu na manhã desta segunda-feira, 22, à manifestação
de um participante de debate sobre a cidade de São Paulo e criticou
a atual administração estadual na área de segurança pública.
Durante evento, promovido pela Rede Nossa São Paulo, foi mencionado
o projeto de ocupação territorial pacífica (conhecido como
Territórios da Paz) na cidade de Canoas (RS), administrada pelo PT.
Ao responder a pergunta, Haddad foi interrompido por um manifestante
que gritou: "mas isso é uma piada". O petista, de
imediato, rebateu o comentário. "Piada é o que está
acontecendo em São Paulo", afirmou, arrancando aplausos da
plateia.
Ao
seguir com a resposta, Haddad destacou que um prefeito pode colaborar
com a segurança pública através da ocupação territorial pacífica
de áreas violentas, com a participação de uma polícia
comunitária, e com programas sociais voltados para a juventude. "Às
vezes as pessoas acham que o prefeito não pode fazer nada pela
segurança pública e está provado que pode", destacou o
candidato. Para ele, a criminalidade em São Paulo está alta e é
preciso também investir no monitoramento com câmeras na cidade.
Haddad
voltou a ressaltar que não pretende acabar com as parcerias entre a
prefeitura e as organizações sociais que administram hospitais em
São Paulo. De acordo com ele, seu adversário continua "jogando
na desinformação" para confundir o eleitor. "Mas a
população percebe quando a crítica procede ou não", afirmou.
O petista disse que ele é claro quando se posiciona contrário à
destinação de 25% dos leitos hospitalares para planos de saúde e
que, no caso das organizações sociais, sua opinião vai ao encontro
da determinação do TCM que vem exigindo maior transparência dessas
entidades.
O
candidato evitou ainda comentar as declarações do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva que, num comício em Diadema, defendeu o
voto na experiência e disse aos eleitores que o voto no "novo"
seria temeroso. "É uma administração (do atual prefeito Mário
Reali) bem avaliada. Foi isso que o presidente fez referência",
tergiversou o petista, dizendo não ter "procuração" para
interpretar o discurso de Lula.
No
evento, Haddad disse que o próximo prefeito de São Paulo precisa
pensar a cidade no âmbito de seu desenvolvimento e que a capital
paulista não pode ficar de fora do plano nacional. "A cidade é
trabalhada (atualmente) de maneira pequena, muito mesquinha",
concluiu o candidato, defendendo que o próximo administrador atue
acima dos interesses partidários.
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