Edson Aparecido, coordenador-geral da campanha do candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, José Serra, |
O
coordenador de campanha do tucano José
Serra,
Edson Aparecido, fez um balanço da derrota do ex-governador para o
petista Fernando
Haddad nas eleições
municipais de São
Paulo.
O deputado federal afirmou que a campanha "perdeu uma semana"
falando sobre o polêmico "kit-gay" e admitiu que Serra
ficou chateado com a atitude do futuro prefeito da capital paulista
Fernando Haddad nos últimos momentos da disputa.
De
acordo com Aparecido, o petista fez duras críticas a Serra, por
volta das 18h, em uma entrevista cedida a uma rádio da cidade,
quando, segundo o próprio coordenador da campanha, Haddad já estava
praticamente eleito prefeito de São Paulo.
"Ele
estava muito chateado com o Haddad porque, de forma desnecessária,
ele voltou a fazer críticas ao Serra já no final da apuração.
Praticamente eleito prefeito, foi socar o porrete no Serra. Ele
atacou de novo o Serra hoje de tarde. Falei com Serra umas 18h e ele
disse que o Haddad foi para a rádio atacar de novo. O gesto de quem
ganha a eleição deve
ser de unir a cidade, gesto de grandeza. O prefeito eleito não
desceu do palanque, que é o estilo do PT administrar,
dividindo a cidade. É uma pena, mas não sei se ele (Serra) ligou
para o Haddad", afirmou.
Aparecido
afirmou que Serra e o PSDB foram
atacados pelo PT a todo momento e que os tucanos buscaram sempre
fazer uma campanha "propositiva". "(Haddad) Disse que
o Serra tinha feito campanha desonesta. Fomos atacados o tempo todo e
no último debate também. Só sei que ele ficou chateado e que
talvez esperasse do Haddad um gesto de grandeza", completou.
A
respeito dos erros durante a campanha, o deputado federal ressaltou a
insistência no tema "kit-gay", que são os kits
anti-homofobia voltados para escolas públicas, criados pelo petista
e pelo tucano. "No segundo
turno,
talvez perdemos uma semana decisiva onde podíamos ter entrado na
questão do bilhete único e apontado o fim das Organizações
Sociais proposta pelo PT. Patinamos uma semana discutindo um assunto
que não era da nossa campanha, que foi o chamado 'kit gay', que
virou personagem da campanha. Ele veio de fora e entrou no debate da
cidade. Não era um assunto da nossa campanha", afirmou.
Mudanças
Edson Aparecido falou ainda sobre renovação e disse que o PSDB não pode ser um partido "apenas em época de eleição". Para ele, a legenda precisa ter mais vida.
Edson Aparecido falou ainda sobre renovação e disse que o PSDB não pode ser um partido "apenas em época de eleição". Para ele, a legenda precisa ter mais vida.
"O
principal desafio do PSDB é esse. Temos que ter vida partidária e
vida na sociedade. Não pode ser um partido que se mobiliza só na
época da eleição. Temos um monte de gente nova no PSDB. Escolhemos
o melhor candidato do partido. Só ele conseguiria unir a aliança
que fizemos. Uniu Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab. Pela
experiência, história e pela preparação para administrar a cidade
ele era o mais preparado", afirmou.
A
ideia do tucano é fazer uma avaliação nacional e estadual e
estudar, com detalhes, onde o partido errou durante as campanhas.
Para o deputado federal, o PSDB tem que fazer prevalecer a oposição
na prefeitura da cidade.
"Aqui
em São Paulo deixamos de ganhar prefeituras e alianças importantes
porque o PSDB cometeu o erro de lançar candidatura própria, como em
Mauá, Santo André, Diadema. O grande desafio no Estado é
aprofundar os seus vínculos com a sociedade. Do ponto de vista do
partido, fazer essa discussão das bandeiras, mas ter uma organização
mais viva. O partido é muito cartorial na cidade e no estado. Agora
somos oposição na cidade e se a gente não tiver partido com vida,
não dá. Não podemos fazer oposição só na Câmara. Precisamos
ter coragem de estar na sociedade", completou.
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