Como os índios não
deixaram área da usina, empresa responsável pela obra decidiu
cancelar encontro com representantes da Funai, que apresentariam reivindicações
das comunidades indígenas
A tentativa de acordo para por fim à
invasão de um dos canteiros de obra da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu
(PA), fracassou. A Norte Energia, empresa responsável pela construção da usina,
suspendeu a audiência pública que aconteceria nesta segunda-feira, 15, para
tentar por fim ao impasse.
A realização da audiência,
determinada pelo juiz federal Marcelo Honorato, estava condicionada à
desocupação da área invadida na segunda-feira passada. Como os cerca de 60
invasores não deixaram o canteiro de obras, a empresa decidiu cancelar o
encontro.
O canteiro do Sítio Pimental, um dos
três da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, está ocupado com índios de
cinco etnias diferentes. Entre eles estão indígenas das etnias xipaia, kuruaia,
parakanã, arara do Rio Irir, juruna e assurini.
A decisão de suspender a audiência
foi tomada no sábado, 13, após um oficial de justiça sobrevoar a área ocupada e
constatar que os invasores não haviam deixado o local. "A Justiça deve
avaliar o descumprimento de sua decisão e proferir nova sentença", afirmou
a Norte Energia em nota.
A audiência deveria ser presidida
pelo Ministério Público Federal, com participação da Fundação Nacional do Índio
(Funai) e de representantes da Norte Energia. O objetivo era que as comunidades
indígenas e demais ocupantes apresentassem uma pauta de reivindicações para a
direção da empresa.
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