O
candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra,
ironizou nesta quinta-feira as críticas do adversário Fernando Haddad,
candidato do PT. O petista disse mais cedo, em sabatina realizada pelo UOL em
parceria com o jornal Folha de S.Paulo, que o tucano apresenta um nível de
campanha "lastimável" e que "não tem limites", em
referência à propaganda eleitoral do PSDB que liga Haddad ao ex-ministro da
Casa Civil e réu no processo do mensalão, José Dirceu.
O
tucano negou que haja um endurecimento na campanha, em virtude de sua queda nas
pesquisas. "(Isso é) excesso de suscetibilidade. Ele não foi atacado. O Zé
Dirceu, o João Paulo (Cunha) e o Delúbio Soares são integrantes do partido do
Haddad, estão apoiando ele. O Zé Dirceu inclusive escreve (na internet) etc,
etc. Se eles têm problema com a Justiça, o problema é deles. Não é nosso",
respondeu o tucano. "Eles são companheiros de partido e de jornada. Isso
não é agressão. É algo que está ai na realidade. Qual o assunto mais noticiado
pela mídia? É o mensalão. Faz parte dos assuntos noticiados pela mídia. Acho
que ele está fazendo gênero", completou.
Questionado
se não teme lembrar o mensalão na campanha mesmo tendo o apoio de Valdemar da
Costa Neto, secretário-geral do PR que também é réu no processo, Serra
desconversou. "Bom...qual é o mensalão do PSDB? É o do Walfrido dos Mares Guia?",
ironizou ao citar o ex-ministro do governo Lula.
Lembrado
então sobre o chamado "mensalão mineiro", no qual o
ex-presidente do PSDB, Eduardo Azeredo, é acusado de ter comandado um esquema
de corrupção em 1998, para sua reeleição no governo de Minas Gerais, o
candidato retrucou. "Capitaneado por
quem? Todo mundo sabe que o mensalão é um processo comandado pelo PT. Isso é
evidente, o que não significa que não tenha um ou outro caso aqui e acolá",
disse sobre o escândalo tucano em Minas Gerais. "Mas o grande comando é do PT, é o estado maior petista. Eu não tenho a
menor dúvida", complementou.
Polêmica
Serra voltou a rebater também outra polêmica que envolve PT e PSDB. Mais uma vez, o tucano acusou os petistas de mentirem na propaganda eleitoral. Isso porque os adversários mostraram na TV o caso de um caminhoneiro que estaria esperando há dois anos por uma cirurgia de catarata na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) em São Paulo.
Na
ocasião, a prefeitura de São Paulo, comandada por Gilberto Kassab (PSD-SP), que
apoia Serra, questionou a informação de que o homem tivesse mesmo a doença.
Mas, matéria do jornal O Estado de São Paulopublicada nesta quinta-feira,
comprovou que o caminhoneiro foi mesmo diagnosticado com catarata. Serra
respondeu então que o erro estava no tempo de permanência do homem na fila do
SUS.
"O laudo prova que ele estava há dois anos na
fila?" perguntou antes de ele mesmo responder. "A grande mentira foi esta. Isso (espera na
fila) começou no fim do ano (passado) e o PT mostrou essa grande mentira",
argumentou.
As
declarações foram dadas depois de visita ao bairro do Brás, no centro de São
Paulo. Primeiro, o candidato entrou no Lojão do Brás, onde tomou café e
cumprimentou eleitores. Depois ele foi ao Centro de Convenções Área-Polo e
deu uma palestra para os membros da União dos Lojistas do Brás (Unibrás).
Entre
outras coisas, Serra prometeu a construção de um shopping popular e de um
estacionamento na região para acomodar os ônibus que trazem turistas
interessados em fazer compras.
"O Brasil inteiro vem comprar aqui. Nós
precisamos estimular as vendas aqui Brás, no (bairro do) Bom Retiro, na (Rua)
Santa Efigênia, na (Rua) 25 de março. Temos que integrar esse circuito
comercial. Para isso, vamos fazer um grande estacionamento para os ônibus que
vem de fora, com hotel, com serviços públicos. A prefeitura dispõe de uma área
de 170 mil metros quadrados aqui perto no Pari. Lá que nós vamos
estacionamento, hotel e mais ainda. Um grande shopping popular para ambulantes.
Com isso, nós vamos organizar a região fazendo até um ônibus circular entre
esses quatro polos", afirmou.
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