Depois
que a imprensa divulgou que cidadão sofre de catarata, tucano disse que PT
mentiu sobre a doença
Por Bruno
Boghossian,
O
candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, José Serra, afirmou nesta
quinta-feira, 13, que o caminhoneiro José Machado, que apareceu no
programa do PT criticando o sistema público de saúde, "provavelmente tem catarata também".
Em entrevista à TV Estadão no dia 31 de agosto, o tucano havia dito
que Machado não tinha catarata. Nesta quarta-feira, 12, o Estado mostrou
que um laudo do Instituto Cema, conveniado à Prefeitura, divulgado pela
campanha petista, constata que Machado sofre de catarata.
Serra,
no entanto, afirmou que a questão é a "mentira"
que o PT levou ao ar, ao dizer que Machado estava há dois anos esperando uma
cirurgia para curar a doença. "A
grande mentira foi dizer que ele estava há dois anos esperando uma cirurgia de
catarata. Segundo: ele tem outro problema na vista. Provavelmente tem catarata
também, mas o problema era o outro, que estava segurando", disse, em
referência ao pterígio, doença que provoca o crescimento da pele sobre a
pálpebra. "O laudo prova que ele
estava há dois anos na fila? Não", completou Serra.
O
caso do caminhoneiro José Machado gerou polêmica depois que as informações de
seu prontuário médico foram divulgadas pela Prefeitura para desmentir
uma propaganda eleitoral do PT.
Mensalão
O
tucano voltou a relacionar o escândalo mensalão ao PT e a Fernando Haddad, seu
adversário na disputa. Depois de levar à televisão peças publicitárias em que
exibe fotos do candidato petista ao lado de réus no processo do Supremo
Tribunal Federal (STF), o tucano negou que tenha atacado o rival, mas destacou
que os acusados de integrar o esquema "são
do partido do Haddad".
"O José Dirceu, o Delúbio Soares e o João
Paulo (Cunha) são do partido do Haddad e estão apoiando ele. Se eles têm
problemas com a Justiça, o problema é deles, não é nosso. Eles são companheiros
de partido e de jornada. Isso não é agressão", disse Serra.
O
tucano afirmou que não houve um endurecimento de sua campanha contra o petista
e que há um "excesso de
suscetibilidade" por parte de Haddad - que chamou a propaganda do PSDB
de "lastimável". "É uma coisa um pouco 'fazendo gênero'",
disse o candidato tucano.
O
tucano disse que não fez duras críticas à presidente Dilma Rousseff, que entrou
na campanha de Haddad esta semana. Na quarta-feira, 12, Serra havia dito que
Dilma "mal conhece São Paulo"
e que "vem meter o bico" na
eleição da capital paulista. "Eu não
fiz duras críticas. Eu disse que ela tem todo direito de ter candidatos aqui.
Outra coisa é vir aqui querer monitorar o voto", afirmou.
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