Gravação
publicada mostra presidente do partido, Jorge Sanfins Esch, dizendo que impediu
candidatura por apoio; 'Estado' não conseguiu contactar o diretório do PTN
Marcelo
Gomes - Agência Estado
O
PMDB do Rio de Janeiro teria comprado por R$ 1 milhão o apoio do nanico PTN
(Partido Trabalhista Nacional) à reeleição do prefeito peemedebista Eduardo
Paes. É que o revela um vídeo publicado pelo site da revista Veja neste
sábado, 29. Nas imagens, o presidente regional do PTN, Jorge Sanfins Esch, diz
a correligionários que impediu uma candidatura própria do PTN à Prefeitura do
Rio em troca de R$ 200 mil do PMDB para custear a campanha de vereadores do
partido.
Os R$
800 mil restantes viriam da quitação de uma suposta dívida que a Prefeitura do
Rio teria com o próprio Esch e outras três pessoas. O suposto débito teria se
acumulado durante os dois últimos mandatos de César Maia (2000-2008), época em
que eles trabalharam na RioLuz (Empresa Municipal de Iluminação Pública). No
vídeo, Esch diz que o presidente regional do PMDB, Jorge Picciani, teria se
comprometido a intervir para que a Prefeitura quitasse a dívida com ele.
O
jornal O Estado de S. Paulo tentou entrar em contato com Esch neste sábado
pelo celular e pelos telefones do diretório municipal do PTN no Rio de Janeiro
e da sede nacional, em São Paulo, mas não obteve sucesso.
À
revista Veja, Esch disse que o apoio do PTN à reeleição do prefeito foi
selado na convenção do partido, ocorrida em 30 de junho, que teve a presença do
ex-chefe da Casa Civil e atual coordenador de campanha de Paes, Pedro Paulo
Teixeira. O PTN, no entanto, não teria recebido o dinheiro prometido.
Em
relação aos R$ 800 mil, Esch afirmou à revista que integrou o Conselho de
Administração da RioLuz durante oito anos e que o jetom recebido era inferior
ao de outras autarquias municipais. Para receber a diferença, ele e outros três
ex-conselheiros abriram um procedimento administrativo na prefeitura em 2008
que, segundo Esch contou à Veja, ainda não teve desfecho.
Já a
assessoria de Paes informou que contribuiu com R$ 154 mil em material de
campanha, como placas e panfletos, para os candidatos a vereador do PTN. O
apoio teria sido declarado à Justiça Eleitoral. Segundo a assessoria do
prefeito, não houve doação em dinheiro ao PTN. Em relação aos R$ 800 mil, a
assessoria de Paes afirmou que o procedimento administrativo foi indeferido
pela atual gestão em 12 de dezembro de 2011.
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