terça-feira, 4 de setembro de 2012

O debate dos candidatos à prefeitura de SP aumentou a temperatura da disputa


Na noite passada (03/09), durante o segundo debate na televisão entre candidatos, assim como os números na pesquisa, a temperatura da disputa subiu. Embalada pela alta expressiva no prestígio do ex-ministro da Educação, as críticas suplantaram a apresentação das propostas de cada candidato. O debate ocorreu na Rede TV!, Em parceria com o diário conservador paulistano Folha de S. Paulo. Os ataques mais incisivos foram voltados ao tucano José Serra e ao petista Fernando Haddad. O candidato do PRB, Celso Russomanno, por sua vez, lidou com tentativas do petista de polarizar o debate em áreas como os transportes. Além disso, empenhou-se em se afastar do elo direto que o liga à igreja evangélica.

Participaram do encontro oito candidatos – além de Russomanno, Serra e Haddad, estiveram presentes também Gabriel Chalita (PMDB), Paulinho da Força (PDT), Soninha Francine (PPS), Levy Fidelix (PRTB) e Carlos Gianazzi (PSOL).

No primeiro bloco, passados alguns minutos, Chalita abriu fogo contra Serra. Adversário ferrenho do ex-prefeito desde os tempos em que integrava o governo estadual do PSDB em São Paulo, Chalita atacou o fechamento de escolas na administração do tucano, que respondeu:
– Eu fico espantado com a facilidade com que o candidato falta com a verdade.
Chalita ainda resgatou denúncias da campanha presidencial de 2010.
– Eu não tenho histórico de mentiroso. Não fui eu que disse que não conhecia Paulo Preto – disse, em referência à relação entre o tucano e Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, suspeito de ter fugido com R$ 4 milhões em recursos da campanha tucana.

Mais debate
Com Russomano à frente nas pesquisas, Haddad tentou, durante o debate, polarizar com o adversário do PRB sobre seus planos para o transporte público, citando um dos carros chefes da campanha petista – o Bilhete Único mensal. Russomanno devolveu a pergunta e aproveitou a oportunidade para ironizar a ideia de Haddad.
– Eu não sou contra a proposta (do bilhete mensal), desde que ela fosse viável. Eu não consegui entender quem vai pagar essa conta, o consumidor ou o poder público – rebateu.

Tradicional aliada de Serra, a candidata do PPS, Soninha Francine – sem chance alguma de seguir ao segundo turno, de acordo com as últimas pesquisas – transformou-se em braço auxiliar do ex-chefe tucano e dirigiu suas críticas a Haddad:
– E o Maluf, Haddad? – alfinetou, em referência à polêmica aliança entre o ex-ministro e o ex-prefeito pepista.
– Eu não sei se você tem encontrado com ele – devolveu Haddad, irônico, ao responder à adversária.
– Eu faço aliança com partidos políticos e disse desde o começo que vou fazer aliança com todos os partidos da base da presidenta Dilma – completou o petista.

Logo em seguida, foi a fez de Giannazi distribuir suas críticas a Serra, desta vez ao falar sobre o modelo de organizações sociais na gestão da saúde.
– É acabar com a privataria tucana na saúde, com a privatização tucana da saúde – disse.

Já o candidato Levy Fidelix aproveitou sua oportunidade para questionar as pesquisas e chegou a citar um estudo interno de seu partido, o PRTB, com a assinatura do instituto New Sense, em que ele apareceria com 5,7% das intenções de voto. Negou, ainda, que faça algum tipo de “dobradinha” com outro candidato.
– Não sou de fazer qualquer tipo de acordo. Meu acordo é com o povo de São Paulo – disse.

Gianazzi, por sua vez, citou o julgamento do ‘mensalão’ pelo Supremo Tribunal Federal (STF), alfinetando o PT de Haddad, e também o que qualificou como incoerências de Serra.
– Conheço todas as contradições do Serra. Sei o que ele fez no último verão e vou colocar isso no debate. E vamos falar de corrupção também, de ‘mensalão’ – avisou.

Paulinho também alfinetou os adversários e chegou a dizer que pediria mais explicações de Haddad sobre a proposta do Bilhete Único mensal.
– Ele tem que explicar melhor isso. Não ficou claro quanto é, se é de graça – disse.

Até o primeiro turno das eleições, dia 7 de outubro, os candidatos ainda irão se enfrentar em mais quatro oportunidades pela televisão. O próximo será no dia 17, promovido pela TV Cultura em parceria com o jornal O Estado de S. Paulo e o Youtube. Em seguida, a TV Gazeta, no dia 24, a TV Record, no dia 1º, e a TV Globo, no dia 4, realizarão os debates eleitorais.

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Dag Vulpi

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