terça-feira, 18 de setembro de 2012

Iriny Lopes (PT) fala de seus projetos para a capital Vitória



Nome completo: Iriny Nicolau Corres Lopes
Idade: 56 anos
Casado: Sim
Filhos: 3
Formação acadêmica/escolar: Nível médio
Atuação profissional: Deputada Federal
Trajetória política: Natural de Lima Duarte, Mina Gerais, mudou-se para o Espírito Santo aos 19 anos. No município, ajudou a criar a Associação de Moradores de Paul. Participou ativamente da criação do Conselho Popular de Vitória.
Foi presidente da Associação dos Mutuários do Sistema Financeiro de Habitação e integrou a Articulação Nacional de Solo Urbano (Ansur). Uma das fundadoras do PT capixaba e presidente regional por três mandatos, Iriny é membro do diretório nacional do partido.

Em 1990, ajudou a criar o Fórum Reage/ES, que combateu a corrupção e enfrentou as organizações criminosas que até hoje atuam no Espírito Santo. Em 2002, foi eleita deputada federal e em 2006 foi reeleita. Integra a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara. Foi relatora da Lei Maria da Penha, um marco na luta pelo fim da violência contra as mulheres em todo o país.
Em 2010, foi reeleita para o terceiro mandato. No início de 2011, foi convidada pela presidenta Dilma Rousseff para assumir a Secretaria de Políticas para as Mulheres. Iriny permaneceu como ministra até fevereiro deste ano, quando reassumiu seu mandato na Câmara dos Deputados e anunciou sua pré-candidatura à Prefeitura de Vitória.

O problema da poluição de Vitória parece não ter fim. Como pretende resolvê-lo?
Esse é problema que precisa ser solucionado com ações preventivas, educação e fiscalização. Vamos atualizar a legislação ambiental e aprimorar os instrumentos de gerenciamento e controle da qualidade do ar, adotando o monitoramento contínuo. Também vamos promover a recuperação ambiental da baía de Vitória, a partir da formalização de consórcio com outros municípios e com o Governo do Estado. Além disso, vamos desenvolver programas para a redução da produção, reutilização e destinação dos resíduos sólidos. A implantação da coletiva seletiva, com a participação de cooperativas e de outras formas de associação, é parte integrante desse programa. Outra medida será o controle do uso e da ocupação do solo urbano, adotando políticas de ordenamento do território. Vamos também estabelecer uma política municipal de compras governamentais e obras públicas eco sustentáveis. E adotar ainda o IPTU Verde, com descontos para contribuintes que utilizarem recursos sustentáveis para a construção e manutenção de seus imóveis.

O Centro da cidade está abandonado. Cite algumas estratégias para revitaliza-lo.
Sou moradora do centro e conheço bem a realidade do bairro e a necessidade que temos de revitalizá-lo. Vamos colocar em prática o PAC das Cidades Históricas, que o município de Vitória acabou de assinar. São diversas ações para a recuperação de prédios históricos e a revitalização de praças e outras áreas. Além disso, vamos criar o Fórum de Desenvolvimento da Região Central, com a participação de empresários, moradores e outros segmentos. O objetivo é definir alternativas para manter vivo o centro da cidade, através – por exemplo – de empreendimentos comerciais e culturais. Também vamos ampliar o programa Morar no Centro, com a reforma de prédios antigos para moradias populares. Também vamos implementar um “corredor cultural”, incentivando as atividades culturais nos equipamentos existentes como Casa Porto das Artes Plásticas, Mercado da Capixaba, FAFI, MAES, Teatro Carlos Gomes, Teatro Glória, Palácio Anchieta, com calendário de programação integrada.

A violência em Vitória chegou ao seu limite. O que pretende fazer para resolver isso?
Esse é um problema que precisa se tratado de forma responsável e sem bravatas. Com os investimentos que estão sendo realizados pela atual gestão, o índice de violência em Vitória, de acordo com dados oficiais, foi reduzido. Vamos ampliar os programas sociais e investir na ampliação e na qualificação da guarda municipal, que atuará de maneira preventiva e em parceria com as polícias civil e militar. Também vamos expandir o programa de vídeomonitoramento, cobrindo as principais ruas e avenidas da cidade.

Como seu projeto vai melhorar o caos da mobilidade urbana da Capital?
Além de grandes projetos e obras viárias específicas, que realizaremos em parceria com os demais municípios da Grande Vitória e com Governos Estadual e Federal, como a duplicação da Serafim Derenzi, vamos aprimorar o controle de Tráfego e Gerência de Operações Viárias e colocar em prática o Plano Cicloviário. Para isso, vamos investir na construção de ciclovias – interligando a cidade – e de estacionamentos para bicicletas. Também vamos ampliar o programa de calçadas cidadãs e implantar equipamentos que permitam a acessibilidade aos morros. Do nosso programa de Governo constam ainda a reestruturação e ampliação de vias, como a Avenida Leitão da Silva.

Há planos para criar uma faculdade municipal? Quando e como seria isso?
Não, isso não está previsto em nosso programa de Governo. Na área de Educação, nossa prioridade é a universalização do ensino fundamental e o aumento da oferta de vagas no ensino infantil, com a ampliação da rede física.  Além disso, vamos expandir e fortalecer o Programa Escola Aberta também e assegurar a formação continuada aos professores. Também vamos ofertar, através da Fábrica do Trabalho, cursos profissionais para jovens e adultos. Outro compromisso é a abertura das escolas às comunidades, para a realização de ações culturais e esportivas.

Quais políticas públicas serão desenvolvidas para atender a população que vive em condições vulneráveis e de risco social?
Vamos fortalecer o Vitória Mais Igual, que é um programa municipal de transferência de renda, que atende aos moradores que não são beneficiados pelo Bolsa Família. Também vamos expandir o Terra Mais Igual, levando mais infraestrutura, moradias e programas sociais aos moradores das regiões que concentram populações em condições de vulnerabilidade e risco social, como Romão, Forte, Cruzamento, Piedade, Moscoso, Fonte Grande, Conquista, São Benedito e Bonfim. Vamos ainda ampliar o programa Inclusão Produtiva, proporcionando formação às pessoas de baixa renda e, consequentemente, mais oportunidade de trabalho e renda. Além disso, vamos fortalecer e ampliar os programas de atendimento às crianças e aos jovens, garantindo mais esporte, lazer e cultura a elas.

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