Pela primeira vez, Serra mencionou o
caso de suposta compra de apoio no Congresso Nacional, durante o primeiro
governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva
São
Paulo - O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad,
afirmou que seu adversário José Serra (PSDB) está usando o julgamento do
mensalão na campanha porque não tem projetos para a cidade e o desafiou a
defender na eleição o legado do prefeito Gilberto Kassab (PSD), que apoia o
tucano. "Uma administração que tem
20% de aprovação e 80% de reprovação tem de partir para esse tipo de
expediente, para assustar as pessoas", disse.
Serra
mencionou o caso de suposta compra de apoio no Congresso Nacional, durante o
primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está sendo
julgado no Supremo Tribunal Federal (STF). Entre os réus, estão petistas como
os ex-presidentes do partido José Dirceu e José Genoino, além do ex-presidente
da Câmara, João Paulo Cunha, já condenado.
Em entrevista
após carreata em Parelheiros, ao lado da ex-prefeita Marta Suplicy, Haddad, que
foi ministro da Educação no governo Lula, se desvinculou do escândalo e
defendeu o ex-presidente, sob cuja administração teria ocorrido o mensalão.
Também criticou o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, sem
mencioná-lo diretamente.
"Fiquei (durante o período no MEC)
administrando um orçamento que é o dobro do de São Paulo sem nenhuma insinuação
de condutas irregulares da minha parte", afirmou. "Lula foi o primeiro presidente a dar total
apoio para que as instituições funcionassem. Não varreu as denúncias para
debaixo do tapete, como seu antecessor fez. Lula agiu como estadista."
Pastores e Russomanno
O
petista criticou a iniciativa de pastores da Assembleia de Deus Ministério em
Santo Amaro, que pediram ontem, em culto, que seus fiéis votem no candidato a
prefeito do PRB, Celso Russomanno, presente no evento. A prática é proibida
pela legislação eleitoral. Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo antecipara
na véspera que os pastores da Assembleia têm metas de votos a obter.
"Temos uma legislação e não podemos jogar
fora uma conquista da democracia, o Estado laico. A Prefeitura, o Estado e o
governo federal têm de garantir a liberdade religiosa e as condições para quem
quiser manifestar sua crença, isso é constitucional. Mas é inconstitucional o
uso do espaço público para partidarização. Temos de impedir qualquer tipo de
perseguição religiosa, mas a mesma Constituição que estabelece isso proíbe a
utilização oportunista de templos e espaços públicos para a partidarização",
disse Haddad.
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Dag Vulpi