As
tarifas de energia elétrica vão diminuir 16,2% para os consumidores
residenciais e 28% para as indústrias a partir do início do ano que vem. O
anúncio foi feito hoje (6) pela presidenta Dilma Rousseff, em pronunciamento à
nação por ocasião do Sete de Setembro. Segundo ela, a medida vai servir para
aumentar a competitividade do país.
“Os ganhos serão usados tanto para a redução
de preços para o consumidor brasileiro quanto para os produtos de exportação, o
que vai abrir mais mercados dentro e fora do país”, disse. Segundo a presidenta
da República, a medida também vai ajudar as indústrias que estejam em
dificuldades, evitando demissões. Dilma explicou que a diminuição para o setor
produtivo será maior porque os custos de distribuição da energia são menores,
já que as indústrias operam em alta tensão.
Os
detalhes da medida serão divulgados na próxima terça-feira (11) em evento no
Palácio do Planalto. A redução do preço da energia deve passar pela diminuição
ou extinção de alguns dos dez encargos setoriais cobrados atualmente, que
representam cerca de 10% do preço da energia. O governo também deverá anunciar
a renovação das concessões do setor elétrico que começam a vencer a partir de
2015, como hidrelétricas e linhas de transmissão.
A
presidenta também lembrou o pacote de medidas anunciado recentemente pelo
governo, que incluiu a concessão de 7,5 mil quilômetros de rodovias e 10 mil
quilômetros de ferrovias, além da criação da Empresa de Planejamento e
Logística (EPL). Os investimentos em rodovias e ferrovias vão somar R$ 133 bilhões
nos próximos 25 anos.
A
diminuição do preço da energia faz parte da estratégia do governo para reativar
a economia, que, segundo Dilma, já está se recuperando dos efeitos da crise
financeira internacional. A medida, segundo a presidenta, vai agregar o fator
competitividade ao tripé do atual modelo de desenvolvimento do Brasil, baseado
em estabilidade, crescimento e inclusão.
Além
de avanços na infraestrutura, a presidenta também defendeu a manutenção da
tendência de queda de juros e de diminuição da carga tributária para que o país
continue a gerar empregos.
“Estamos conseguindo, por exemplo, uma marcha
inédita de redução constante e vigorosa dos juros, que fez a Selic baixar para
cerca de 2% ao ano em termos reais e fez a taxa de juros em longo prazo cair
para menos de 1% ao ano, também em termos reais. Isso me alegra, mas confesso
que ainda não estou satisfeita. Porque os bancos, as financeiras e de forma
muito especial os cartões de crédito podem reduzir ainda mais as taxas cobradas
ao consumidor final, diminuindo a níveis civilizados seus ganhos”, disse.
Dilma
disse ainda que está aberta ao diálogo com “todas
as forças políticas e produtivas” do país para o aprimoramento do sistema
tributário. “O nosso governo está
preocupado mais que nunca com a garantia do emprego e o ganho salarial do
trabalhador, a prova disso, é que ao contrário da maioria dos países do mundo,
aqui não houve desemprego nem perda de direitos dos trabalhadores e somos um
dos poucos países do mundo onde houve ganho real de salários”, declarou.
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