sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Aumenta o número de igrejas “inclusivas” no Brasil voltadas predominantemente para o público gay


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Apesar de o público LGBT ser alvo das críticas de religiões, gays, lésbicas, bissexuais e transexuais estão cada vez menos órfãos de igrejas. É crescente o número das chamadas “igrejas inclusivas”, abertas aos LGBTS e demais classes marginalizadas pela sociedade. Em 2008 existia apenas uma igreja inclusiva no Brasil, que hoje já reúne 10 mil fiéis – pessoas de todas as orientações sexuais.
O Reverendo Cristiano Valério, da Igreja da Comunidade Metropolitana (ICM), explica que a igreja foi fundada em Los Angeles, na década de 60, e hoje já está presente em mais de 38 países. No Brasil há cerca de 11 instituições, entre Igrejas e comunidades, inclusive no Espírito Santo.
Mas não existe apenas a ICM. “Não somos uma comunidade religiosa, e sim uma comunidade que luta contra a desigualdade, que infelizmente é tão grande em nosso país”, afirmou Cristiano.
Segundo ele, as religiões tradicionais avançam lentamente, e tratam essas pessoas como se elas fossem diferentes das demais, “A diferença não é uma ameaça, e sim um enriquecimento para sociedade. O trabalho das igrejas é ensinar que Deus ama a todos, sem diferença”, afirmou.
Nas igrejas tradicionais, os homossexuais precisam, quase sempre, esconder sua orientação sexual sob o risco da expulsão. Há casos, inclusive, de tentativas de “expulsão de espíritos ruins”.
Segundo o Reverendo Cristiano Valério, o objetivo das igrejas e comunidades inclusivas é avançar no reconhecimento da dignidade humana, e tornar um país mais civilizado. “Nosso objetivo é promover uma cultura de paz, incentivando a não violência contra essas pessoas, um país sem pressão homofóbica. Não forçamos ninguém a se revelar gay, nós cercamos essas pessoas de oportunidades, para quando elas se sentirem á vontade, venham dividir com a sociedade e vivam felizes”.
O crescimento das igrejas inclusivas ganhou força com o surgimento de políticas de combate à homofobia, ao passo que o preconceito também diminuiu, alegam especialistas. De acordo com o pastor João Brito Nogueira, da Igreja Evangélica Batista de Vitória (IEBV), as igrejas existem para servir e não discriminar pessoas homossexuais. Entretanto, ele não esconde que os fiéis de sua comunidade são contrários a relação de pessoas do mesmo sexo. “Somos contra a prática homossexual, mas, por isso, não deixamos de ajudar ou prestar qualquer tipo de solidariedade. A bíblia tem um ensinamento claro contra essas atitudes, Igrejas são apenas instituições criadas pelos homens”, disse.
Início sob sigilo
O princípio das igrejas inclusivas no Brasil foi na década de 90, com pequenas reuniões realizadas sigilosamente. Nos Estados Unidos, entretanto, elas já existem há pelo menos quatro décadas, praticando o que os americanos chamam de “teologia inclusiva”.
Apesar das igrejas inclusivas ainda enfrentarem forte resistência das comunidades católicas e evangélicas, elas seguem no discurso e finalidade de pregar a tolerância e a cultura de paz na sociedade mundial.
(Foto UOL) | Aleandro Coelho

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