O
jornalista Julian Assange receberá, no próximo sábado, em cerimônia na
qual será representado por seu pai, John Shipton, um passaporte das Nações
Aborígenes da Austrália, em mais um ponto de apoio na luta do editor do site
WikiLeaks contra a intenção velada dos EUA de levá-lo a julgamento por revelar
segredos de Estado daquele país, entre outras informações embaraçosas para os
norte-americanos. Assange divulgou, entre outros documentos, vídeos
nos quais militares dos Estados Unidos assassinaram grupos de afegãos e
iraquianos durante os conflitos em curso naqueles países.
“É com um sentimento de orgulho e de justiça
social que esta Associação de Justiça Social Indígena (ISJA, na sigla em
inglês) tem trabalhado com a Assange Suport Sydney e a Coalizão WikiLeaks para
ter o privilégio de emitir em nome de Julian Assange um passaporte das Nações
Aborígenes que seu pai , John Shipton, aceitará em seu nome na cerimônia a ser
realizada neste sábado, 15 de setembro de 2012″.
Segundo
nota da ISJA, a cerimônia será realizada “a
pedido de migrantes, refugiados e não-aborígines australianos que desejam
reconhecer, plenamente, os povos indígenas que ainda existem até hoje. Eles
querem mostrar o seu pleno respeito à verdadeira história desta terra e que
nós, os aborígenes, ainda temos total soberania sobre nossas terras”.
A
decisão da ISJA de emitir um passaporte para Julian Assange, na qualidade de
cidadão aborígene, acontece no momento em ele permanece confinado na embaixada
equatoriana em Londres. Apesar da determinação internacional de que se respeite
o status de Assange como refugiado político, o governo britânico deixou claro
sua intenção de prendê-lo, se ele tentar deixar a Embaixada.
“O governo australiano deveria negociar com o
Reino Unido para garantir a passagem segura de Assange para o Equador. No
entanto, os nossos políticos têm consistentemente colocado a sua aliança com os
Estados Unidos antes de direitos humanos de Assange, mesmo quando sua vida foi
ameaçada. A emissão de um passaporte aborígene para Julian Assange traz mais
vergonha ao governo australiano. Ele reconhece que o passaporte australiano
Assange foi completamente inútil para ele”, afirma a ISJA.
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