domingo, 9 de setembro de 2012

Assange recebe passaporte Aborígene, dos povos originários da Austrália


O jornalista Julian Assange receberá, no próximo sábado, em cerimônia na qual será representado por seu pai, John Shipton, um passaporte das Nações Aborígenes da Austrália, em mais um ponto de apoio na luta do editor do site WikiLeaks contra a intenção velada dos EUA de levá-lo a julgamento por revelar segredos de Estado daquele país, entre outras informações embaraçosas para os norte-americanos. Assange divulgou, entre outros documentos, vídeos nos quais militares dos Estados Unidos assassinaram grupos de afegãos e iraquianos durante os conflitos em curso naqueles países.
É com um sentimento de orgulho e de justiça social que esta Associação de Justiça Social Indígena (ISJA, na sigla em inglês) tem trabalhado com a Assange Suport Sydney e a Coalizão WikiLeaks para ter o privilégio de emitir em nome de Julian Assange um passaporte das Nações Aborígenes que seu pai , John Shipton, aceitará em seu nome na cerimônia a ser realizada neste sábado, 15 de setembro de 2012.

Segundo nota da ISJA, a cerimônia será realizada “a pedido de migrantes, refugiados e não-aborígines australianos que desejam reconhecer, plenamente, os povos indígenas que ainda existem até hoje. Eles querem mostrar o seu pleno respeito à verdadeira história desta terra e que nós, os aborígenes, ainda temos total soberania sobre nossas terras”.

A decisão da ISJA de emitir um passaporte para Julian Assange, na qualidade de cidadão aborígene, acontece no momento em ele permanece confinado na embaixada equatoriana em Londres. Apesar da determinação internacional de que se respeite o status de Assange como refugiado político, o governo britânico deixou claro sua intenção de prendê-lo, se ele tentar deixar a Embaixada.
O governo australiano deveria negociar com o Reino Unido para garantir a passagem segura de Assange para o Equador. No entanto, os nossos políticos têm consistentemente colocado a sua aliança com os Estados Unidos antes de direitos humanos de Assange, mesmo quando sua vida foi ameaçada. A emissão de um passaporte aborígene para Julian Assange traz mais vergonha ao governo australiano. Ele reconhece que o passaporte australiano Assange foi completamente inútil para ele”, afirma a ISJA.

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Dag Vulpi

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