A Comissão Européia está impondo nos
povos da Europa uma ditadura, e está usando o sistema monetário como desculpa.
José Manuel
Durão Barroso, Presidente da Comissão Europeia
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Por Marcos
Rebello
O
problema é POLITICO.
A
prova está gritante. Primeiro que a maioria dos membros representantes da
Comissão Européia NÃO são votados pelo povo, incluindo o Presidente da Comissão
José Manuel Barroso, o Presidente do Conselho Herman Van Rompuy, etc. É uma
elite burocrática que cuida dos interesses de uma oligarquia. Essa União
Européia não respeita as vontades sociais de NENHUM país, tanto que rejeita
qualquer tipo de REFERENDO POPULAR. E quando os Congressos nacionais, sem
saída, fazem referendo, ora sobre a União Européia ora sobre a Constituição da
UE, geralmente quando a situação está em um impasse, as sociedades destes
países REJEITAM. Mas a Comissão da UE não se dá por vencida e simplesmente
remexe na psicologia do povo pela mídia, espera alguns anos, e refaz o
referendo pensando que modificou a opinião pública. Mas mesmo assim não
consegue.
Segundo que a proposta monetária do Euro unifica países que não tem a menor condição de sustentarem suas economias com um valor monetário altíssimo, quando as suas produções industriais deveriam ser valoradas por uma moeda abaixo da paridade que o Euro impõe. Logo, esta é uma proposta sádica, para não dizer ignorante do ponto de vista das soberanias nacionais.
Do jeito que Mario Draghi, Presidente do BCE, anda fazendo, comprando títulos dos tesouros dos países a curto prazo, não vai ter como haver a tal da Grexit - saída da Grecia da UE! O BCE - Banco Central Europeu - está agarrado na Grécia com unhas e dentes e não solta de jeito nenhum. A última proposta é fazer isso com a Espanha, Itália, Grécia, Portugal, Irlanda, e de pais países com sérios problemas fiscais e de dívidas na UE.
Os gregos foram forçados a aceitar a entrada na UE porque os burocratas no governo, em conjunto com os "experts" da Goldman-Sachs, cozinharam as finanças reduzindo os dois quesitos principais que são:
a) A
taxa do deficit orçamentario relativa ao PIB. Abaixo de 3%.
b) A
dívida do governo relativa ao PIB. Abaixo dos 60%.
Pelo Tratado de Maastricht para o ingresso na UE o déficit não pode ultrapassar os 3% e a dívida dos 60% do PIB.
A Grécia em 2009 estava com um déficit de 12% , e uma dívida projetada para 2012 de 363 bilhões de Euros, equivalente a 158% do PIB. Investidores privados em janeiro de 2012 trocaram 206 bilhões de Euros em Títulos do Governo por novos Títulos com metade do valor de face ficando a dívida em 103 bilhões de Euros. Estes investidores privados, com a redução pela metade do valor, retém 160% do PIB anual. A projeção é que para o final da década esta dívida esteja reduzida para 120% do PIB.
Os islandeses entraram pelo mesmo caminho, entraram pelo cano, mas em tempo, rejeitaram totalmente a proposta, mas, ao contrario da Grécia que tem muita visibilidade, processaram os safados na justiça e os expulsaram do governo, mas isso nem na mídia aparece. Os holandeses não querem os suecos não querem, os franceses não querem, e os alemães estão indicando ultimamente pelas pressões fiscais que também não querem, mas a Comissão nem sonha em fazer referendo diante da situação porque seria um desastre total. Enquanto isso o Banco Central Europeu faz malabarismos financeiros, dizendo que tem fundos ilimitados sem imprimir dinheiro do nada como faz o FED nos EUA. Eles compram títulos mas retiram liquidez aumentando o compulsório e recomprando títulos dos governos no mercado. Isso para desafogar governos de países que estão com um déficit orçamentário elevadíssimo, extremamente dificil para governar e uma dívida monstruosa como no caso da Espanha e Itália, países na fila do desastre, assim como Grécia, Irlanda e Portugal que já entraram pelo túnel sem saída. Essa é a democracia européia!
Tudo indica que estes últimos esforços de sexta-feira serão apenas paliativos antes de uma crise de imensas proporções no continente inteiro, desde que a Alemanha, a locomotiva da Europa, está mostrando sinais de recessão e se recusa a permitir que o BCE financie déficits dos governos dos países, principalmente porque é contra a própria Constituição da UE, o Bundesbank se recusa a aceitar e o Bundestag também não aprova. Isso são apenas medidas para solucionar problemas temporários dos governos, sem falar em medidas de estímulos da economia propriamente. Veremos como a economia destes países irá funcionar nestes próximos três meses.
A questão no Brasil
No
Brasil, o PT que abra bem os olhos! Porque já estamos começando a ver
rachaduras no sistema e a corrupção é muito pior que na Europa ou nos EUA. Isso
para dizer que não custa nada para que o Banco Central, COM TODA A SUA
"INDEPENDENCIA", cozinhe um acordo com os banqueiros espertalhões em
São Paulo para a Dilma mostrar um cenário rosado quando na verdade a casa está
caindo. Lembrem-se que o sonho da oposição no Brasil é uma ALCA que ELIMINA a
indústria nacional e reduz drasticamente a mão de obra do trabalhador nacional.
Por isso aquele Projeto de Lei do Deputado Claudio Puty (PT-PA) deve ser considerado pela sociedade, implementada e aceita pelo Congresso. A proposta é INCLUIR no Conselho Monetário Nacional dois Ministérios:
1)
Ministério do Trabalho e Emprego, e
2)
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Esta será a única garantia de um governo democrático diante das ENORMES PRESSÕES de interesses financeiros no Brasil como está ocorrendo na Europa e nos EUA. E depois, porque quando a situação ECONOMICA começa a deixar a sociedade insatisfeita o que ocorre é sempre a mesma coisa: os partidos de oposição, PSDB e DEM, fazem uma propaganda fabulosa regada a MUITO DINHEIRO, prometem uma maravilha, e agarram o poder novamente para PIORAR a situação e escravizar o Brasil como sempre aconteceu no passado.
Nunca
se esqueçam que o que escraviza uma sociedade e enterra a democracia são os
malabarismos financeiros de uma elite oligárquica que manipula partidos políticos
diante de situações econômicas precárias. Já que Reforma Política é inviável,
que pelo menos modifiquem o Conselho Monetário Nacional, que é muito mais fácil
e útil.
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Dag Vulpi