Candidato
petista à Prefeitura de São Paulo rebateu críticas dizendo que nunca foi
envolvido em denúncias e que faz alianças com partidos e não com pessoas
Candidatos
à Prefeitura de São Paulo participam
do debate na Rede
Bandeirantes
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Depois de ser o alvo preferencial dos ataques no primeiro debate
entre os candidatos que disputam a Prefeitura de São Paulo nessas eleições, na
Rede Bandeirantes, o petista Fernando Haddad deixou
os estúdios da TV dizendo que não se sentia incomodado em responder perguntas
sobre a aliança com o PP de Paulo Maluf ou sobre o mensalão, escândalo que
colocou no banco dos réus integrantes do seu partido. "Tenho que estar
preparado para responder sobre transporte, saúde, educação, tudo, porque minha
vida pública é muito honrada", disse ele.
Haddad
argumentou que não pretendia contornar nenhum problema, nenhuma questão.
"Eu enfrento todas as questões de peito aberto, como sempre fiz",
afirmou o candidato que, durante o embate, foi questionado por seus adversários
sobre a participação de Maluf em sua campanha e sobre os reflexos que o
julgamento do escândalo do mensalão, que começou na quinta-feira, 2, no Supremo
Tribunal Federal (STF) pode ter sobre sua campanha.
Durante
o debate, o petista teve que explicar a polêmica aliança que seu partido fez
com o PP de Paulo Maluf e tentou minimizar o impacto negativo desse acordo sob
o argumento de que faz aliança com partidos e não com pessoas. Para tentar se
contrapor às críticas de que seu partido integra o banco dos réus do maior
escândalo do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o mensalão,
Haddad disse que em vários anos de administração pública, jamais teve seu nome
envolvido em nenhuma espécie de denúncia.
Já
o candidato do PRB, Celso Russomanno, deixou os estúdios da Rede Bandeirantes
rebatendo as denúncias do suposto envolvimento com o contraventor Carlos
Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. "Ninguém vai levar para a lama o meu
nome do jeito que levaram. Isso aqui é sujeira. É o esgoto da política
brasileira. Não aceito ser colocado em condições de igualdade com quem está no
lixo da política", rebateu.
Após
o debate, Paulinho do PDT disse que o evento foi uma oportunidade para todos os
candidatos exporem as suas ideias. "Eu consegui falar um pouco do que
gostaria de propor à cidade, como a descentralização, a redução do ISS e da
progressão continuada." Carlos Giannazi do PSOL disse que a corrupção tem
drenado o dinheiro público para as empreiteiras, para o pagamento de propina,
para a lavagem de dinheiro. "E esse é o dinheiro da saúde pública e da
educação pública. Por isso que eu levantei a questão da Privataria Tucana, que
o Serra fugiu, do mensalão, que o Haddad fugiu, e das alianças espúrias."
O
tucano José Serra avaliou o debate como positivo, destacando que teve a
oportunidade de expor várias ideias e fazer propostas. "Este era o meu
objetivo. Procurei ser claro, como é meu estilo. É pouco tempo para falar, mas
é o possível." Soninha Francine, do PPS, disse que alguns temas a
surpreenderam. "Eu achava que só eu e o Giannazi falaríamos da dívida de
São Paulo com a União. Achei ótimo que o tema veio à tona."
Levy
Fidelix (PRTB) disse que o embate "deixou patente e claro a mediocridade
de alguns candidatos". "Trataram de temas menores, mas se esqueceram
do bolso (sobre a dívida de São Paulo com a União). Como um pai de família pode
ter filhos e não saber o quanto gasta. Como se pode dirigir essa cidade sem
saber ou tocar nesse tema? Eu lamento que os ditos grandes candidatos não
entraram nessa temática, só querem construir e construir. Mas com que
dinheiro?"
O
peemedebista Gabriel Chalita também considerou bom o debate. "Foi muito
bom. Eu acho que a campanha começou. É claro que um debate com muita gente falando
não dá para você esgotar todos os temas. Mas foi importante falar de educação,
saúde, segurança e poupatempo para a pessoa jurídica."
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Dag Vulpi