A
presidenta Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, negaram que o
programa de concessão de rodovias e ferrovias, seja uma forma de privatização.
Segundo Dilma, essa questão é “absolutamente falsa”.
“Hoje,
estou tentando consertar em ferrovias alguns equívocos cometidos na
privatização das ferrovias. Estou estruturando um modelo no qual vamos ter o
direito de passagem de tantos quantos precisarem transportar sua carga. Na
verdade, é o resgaste da participação do investimento privado em ferrovias, mas
também o fortalecimento das estruturas de investimento e regulação”, disse a
presidenta, após a cerimônia de apresentação do Programa de Investimento
em Logística: Rodovias e Ferrovias.
O
ministro da Fazenda, Guido Mantega, explicou a diferença do modelo adotado pelo
governo ao rebater as críticas de que o setor de infraestrutura estaria
passando por um processo de privatização. “Em parceria público-privada, é o
setor público que vai fazer os investimentos. Privatização é quando se vende os
ativos para o setor privado. Estamos privatizando o quê?”, questionou. No caso
da concessão de ferrovias, será adotado o modelo de Parceria Público-Privada
(PPP).
Ouvido
pela presidenta Dilma antes do anúncio do modelo de concessões, que ainda vai
incluir portos e aeroportos, o empresário Eike Batista avaliou que as
comparações com o modelo de privatização não trarão prejuízos aos projetos.
"Em uma concessão, o setor privado faz o investimento que é importante,
tem o retorno do seu capital investido e depois [a estrutura] volta para o
Estado. É um patrimônio do país. Acho que é um modelo muito feliz, que o
capital estrangeiro e brasileiro aceita muito bem”, explicou.
Antes
da cerimônia, o projeto foi apresentado reservadamente a representantes de
centrais sindicais. O presidente da Força Sindical, Miguel Torres, deixou a
cerimônia com a avaliação de que o modelo não se trata de privatização por ser
controlado pelo Estado e usar a parceria público-privada para as ferrovias.
Ele, no entanto, reclamou que mais uma vez o governo apresentou aos
sindicalistas um plano já pronto, que não está aberto a discussão e sugestões.
“Ela
[a presidenta Dilma Rousseff] está acompanhando a mudança do mundo. Ser contra
a privatização por ser está caindo. Ela está vendo que tem a necessidade de
envolver o capital privado cada vez mais na economia”, disse Miguel Torres. O
sindicalista ainda cobrou a inclusão de contrapartidas para os trabalhadores,
como a criação de empregos e qualificação.
Pelo
plano anunciado hoje, serão concedidos 7,5 mil quilômetros de rodovias e 10 mil
quilômetros de ferrovias. Os investimentos, nos próximos 25 anos, vão somar R$
133 bilhões, sendo que R$ 79,5 bilhões serão investidos nos primeiros cinco anos.
Para as rodovias, o total investido será R$ 42 bilhões e para as ferrovias,
soma R$ 91 bilhões.
Muito bem, Dagmar. eu seria o último a defender privatização que qualquer bem estrutural e estratégico do Pais. Mas não deixo de conceder a possibilidade (empreiteira) da participação privada - dentro do planejamento concebido e organizado pelo poder de Estado, detentor do Know how. O que não pode é haver alienação do poder estatal a guiza de desculpa pela "incompetência" técnica. Pois é aí que reside a técnica, sua ética e sua política. Afinal... cap
ResponderExcluirital é trabalho acumulado. Inclusive o trabalho de pensar.