sexta-feira, 6 de julho de 2012

Gilson Gomes que foi preso por suspeita de receber propina está em liberdade


O delegado Gilson Gomes saiu acompanhado da
advgogada (Foto: Reprodução/TV Gazeta)

Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu habeas corpus ao delegado.
Ao sair da prisão, ele afirmou que 'acredita na Justiça'.

O delegado Gilson Gomes foi solto na tarde desta quinta-feira (5), após passar mais de 30 dias preso, suspeito de atrasar intencionalmente uma investigação quando era titular da Delegacia de Defraudações e Falsificações do Espírito Santo. Ele foi destituído do cargo e responde a um processo na Corregedoria da Polícia Civil. Sobre as acusações, o delegado afirmou que "o STJ já deu a resposta".
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu habeas corpus ao delegado Gilson Gomes, na tarde desta quarta-feira (4).  Ao sair da prisão, Gilson Gomes disse que  confia na Justiça. "Aguardo que no transcorrer das apurações a verdade seja restabelecida. Acredito que o tempo, mais uma vez, será senhor", disse.
O ex-titular da Delegacia de Defraudações e Falsificações (Defa) do estado estava preso desde o dia 30 de maio em uma delegacia no Centro de Vila Velha, na Grande Vitória. Segundo as investigações da Polícia Federal, ele é suspeito de receber propina de uma quadrilha que desviava dinheiro de contas da Caixa Econômica Federal, em Guarapari. A PF diz que, em outubro de 2011, foi registrada a denúncia sobre o desvio, mas não foi investigada.

Banco 
A Caixa informou que não vai se manifestar sobre o caso para não atrapalhar as investigações. Segundo a Polícia Federal (PF), o fato de o delegado ter aberto inquérito e não ter dado continuidade aos trabalhos chamou a atenção das investigações, que constataram, por meio de interceptações telefônicas, a relação de Gilson Gomes com a quadrilha.
Esquema
Segundo a Polícia Federal, um funcionário da Caixa com posse das senhas administrativas selecionava as contas alvo e emitia folhas de cheque em branco. Esses cheques eram entregues para outros membros da quadrilha que preenchiam com o valor e falsificavam a assinatura do cliente.
A polícia disse ainda, que os criminosos voltavam ao banco para fazer as transferências ou saques e eram atendidos justamente pelo funcionário membro da quadrilha que liberava as operações.
Entenda o caso
A Operação Peculatus cumpriu 16 mandados de prisão e 19 mandados de busca e apreensão, expedidos pelas Justiças Federal e Estadual. No dia 30 de maio, 13 pessoas foram presas e levadas para a sede da Polícia Federal, em São Torquato, em Vila Velha.
A polícia instaurou o inquérito para apurar a existência e atuação de uma organização criminosa no Espírito Santo que praticava os crimes de desvio ou roubo de dinheiro público, formação de quadrilha, falsificação de documento público, uso de documento falso, falsidade ideológica e estelionato qualificado contra à Caixa, a partir de saques de precatórios judiciais e aposentadorias.

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