A decisão do ex-deputado federal Camilo Cola de renunciar ao
cargo de presidente do PMDB em Cachoeiro de Itapemirim mexeu no tabuleiro
eleitoral do município sulista. Cola ficou magoado com o partido ao ser
preterido na convenção que escolheu o ex-deputado José Tasso como pré-candidato
do PMDB a prefeito.
Mas a escolha de Tasso pode ser transitória. Lideranças ligadas ao PMDB já admitem que o ex-prefeito Roberto Valadão, um dos xerifes do partido, estaria articulando uma aproximação com o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, Theodorico Ferraço (DEM).
Embora Ferraço ainda mantenha mistério em torno de sua decisão, tudo indica que o demista anuncie nas próximas horas que disputará pela sexta vez a prefeitura de Cachoeiro.
Pessoas próximas a Ferraço comentavam que ele só desistiria da disputa se conseguisse se reeleger presidente da Assembleia por mais dois anos. Entretanto, uma emenda constitucional de 2003 impede que o presidente da Casa tente a reeleição. A esta atura do campeonato, reta final das convenções, seria quase impossível para Ferraço “mexer” na Constituição Estadual e alterar a emenda em um curto espaço de tempo.
É verdade que os deputados, ou pelo menos parte deles, estariam dispostos a alterar a constituição para reconduzir Ferraço ao cargo. Inclusive, os favoráveis à mudança se queixam que o Espírito Santo é o único da Federação que veda a reeleição de presidente da Casa.
Polêmica à parte, o cenário que se desenha para Cachoeiro deve trazer Ferraço como candidato do DEM coligado com o PMDB de Valadão. Nesse caso, é muito provável que o pré-candidato do PR, o deputado estadual Glauber Coelho, abra mão da disputa para apoiar o presidente da Assembleia, deixando o campo livre para a corrida se afunilar entre Ferraço e o atual prefeito Carlos Casteglione (PT), que teria um páreo duríssimo pela frente. Via SD | José Rabelo
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