segunda-feira, 4 de junho de 2012

Dilma não é a primeira mulher a presidir o Brasil


A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou na última quinta-feira (31) o Projeto de Lei 522/2011, que reconhece a pernambucana, Bárbara de Alencar, como uma heroína do Brasil. 

Pela proposta da ex-deputada e atual ministra do Tribunal de Contas da União (TCU), Ana Arraes, o nome da revolucionária deve ser inscrito no “Livro Heróis da Pátria”. Historiadores apontam que Bárbara de Alencar foi a primeira presidenta de uma república brasileira. 
A deputada federal Sandra Rosado (PSB-RN), que relatou o projeto na CCJ, explica que se o texto prosperar no Senado, onde também será analisado, Bárbara de Alencar irá figurar ao lado de outras heroínas como Maria Quitéria, Ana Neri e Anita Garibaldi. 
Todas essas mulheres, no entanto, ainda não tiveram seus nomes devidamente inscritos nas páginas de aço do livro. 
“Muitos outros nomes já foram aprovados, mas o livro ainda não foi atualizado, apenas um seleto grupo de homens têm seus nomes gravados no monumento”, reclama. 
De acordo com a Secretaria de Cultura do Distrito Federal, a última atualização do livro foi em 2007, quando foi grafado o nome de José Bonifácio. 
Avó do famoso romancista José de Alencar, a revolucionária destacou-se nos movimentos de independência do Brasil em um tempo em que a maioria das mulheres eram submissas e ignorantes. Um dos feitos mais marcantes de sua trajetória foi libertar o povo cearense da dominação portuguesa. A República do Ceará foi decretada em 3 de maio de 1817. 
Antes, a heroína capitaneou sua família na luta da Revolução Pernambucana de 1817, que também libertou-se da monarquia portuguesa e proclamou a República. 
O governo independente do Ceará, no entanto, só durou oito dias e Bárbara foi presa juntamente com seus filhos e familiares. Ela ficou três anos em cárcere e foi submetida a diversos tipos de tortura. 

Primeira presidenta da República 
Historiadores apontam que Bárbara de Alencar também foi a primeira presidenta de uma república brasileira. Com a libertação do Ceará, ela foi designada presidenta. 
Bárbara fugiu para a Paraíba, logo que a República do Crato caiu, mas foi presa e levada para Fortaleza. A heroína foi jogada num calabouço, uma cela subterrânea onde não cabia um homem em pé. 
Bárbara de Alencar nasceu em 1760, em Exu, cidade de Pernambuco. Casou-se e passou a maior parte da sua vida na vila de Crato. A heroína morreu no dia 28 de agosto de 1832, no Piauí. Em 2012, completam-se 252 anos de seu nascimento. 

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Dag Vulpi

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