A delegada Glória Regina da
Silva Menezes, um escrivão e dois policiais civis se preparam para detectar
possíveis irregularidades na Delegacia de Defraudações e Falsificações (Defa)
na semana que vem. A expectativa da equipe é que a correição seja iniciada na
segunda-feira (4), de acordo com a corregedora da Polícia Civil, delegada
Fabiana Maioral. Não há prazo para encerramento deste trabalho.
A
Defa era comandada pelo delegado Gilson Gomes, que está preso no Distrito
Policial (DP) de Vila Velha, durante a Operação Peculatus, da Polícia Federal.
Uma escrivã que trabalhava junto com Gilson Gomes também foi presa. A
corregedora não arriscou declarar uma expectativa de quando a correição deve
terminar, mas acredita que o trabalho não será prolongado por muito tempo.
A
Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) ainda não havia destacado um
novo titular para a Defa, até o período da noite nesta quinta-feira (31). O
delegado e a escrivã são investigados por suspeita de envolvimento com uma
quadrilha de estelionatários. O advogado de Gilson Gomes informou que ainda não
cogita tomar qualquer medida judicial em benefício do cliente.
O
delegado assumiu a Defa há cerca de dois anos. Todos os inquéritos conduzidos
sob a titularidade dele, desde 2010, passarão por um pente fino da
Corregedoria. “Essa autoridade policial (delegada Glória Menezes) vai verificar
somente se há irregularidades dentro dos autos (investigações na Defa)”,
pontuou Maioral.
Atualmente uma delegacia no
município de Fundão e uma unidade administrativa da Polícia Civil também passam
por correições. As irregularidades detectadas durante o pente fino na Defa
servirão de subsidio para os trabalhos posteriores da Corregedoria.
Inquérito
administrativo
A
Corregedoria da Polícia Civil espera ouvir em breve o delegado e a escrivã em
depoimentos que serão prestados no inquérito administrativo aberto,
automaticamente com a prisão dos dois, na quarta-feira (30). O prazo é de 30
dias, prorrogáveis por outros 30 e a punição varia de advertência até demissão
da Polícia Civil.
O inquérito criminal iniciado na Polícia
Federal e que resultou nas prisões temporárias do delegado e da escrivã pode
ser encerrado na Corregedoria, de acordo com a delegada Fabiana Maiorial. “O
inquérito criminal tramita na neste momento na Polícia Federal. Nós ainda não
sabemos quais documentos, com relação a isso, serão encaminhados à Corregedoria
da Polícia Civil. Caso isso seja remetido a nossa instituição nós terminaremos
este trabalho”, explicou a delegada.
Fraudes
Gilson Gomes e a escrivã são suspeitos de
receber propina para atrasar as investigações em relação à fraude em um posto
de combustíveis, localizado na Serra. Outras 11 pessoas, entre elas um
funcionário da Caixa Econômica Federal, lotado em uma agência de Guarapari,
estão na cadeia. As prisões dos servidores da Polícia Civil têm prazo de cinco
dias, prorrogáveis por mais cinco.
No caso do delegado e da escrivã, as
investigações, que duraram seis meses, apontam diálogos dos dois policiais com
os estelionatários. As ligações telefônicas foram interceptadas com autorização
da Justiça. As conversas apontam a ligação dos policiais civis com membros da
quadrilha, que provocou um prejuízo de R$ 250 mil no posto.
Outros
três mandados de prisão decretados pela Justiça ainda não foram cumpridos até a
noite desta quinta-feira (31), de acordo com a assessoria de comunicação da
Polícia Federal. A quadrilha investigada pela Polícia Federal é suspeita de
provocar um prejuízo estimado em R$ 1 milhão à Caixa Econômica por meio de
fraudes financeiras.
MP-ES
O Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) informou por meio de nota, nesta quinta, que foi dado início às oitivas de testemunhas e de pessoas presas na Operação. O MP receberá cópias de documentos, que ainda são analisados pela Polícia Federal, e por meio deles deverá tomar providências jurídicas para conduzir as investigações na esfera estadual.
O Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) informou por meio de nota, nesta quinta, que foi dado início às oitivas de testemunhas e de pessoas presas na Operação. O MP receberá cópias de documentos, que ainda são analisados pela Polícia Federal, e por meio deles deverá tomar providências jurídicas para conduzir as investigações na esfera estadual.
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