Dag Vulpi
O início da votação do relatório, em análise na
Câmara desde o final de 2010, foi marcado para o dia 12 de junho.
A leitura do projeto que prevê 7,5% do PIB para a
educação foi concluída nesta quinta 31/05, mas ainda haverá a tentativa de uma
nova negociação com governo.
O desejo do ministro da Educação era que o
projeto de lei que prevê metas para a educação brasileira até 2020 fosse
votado e aprovado pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados ainda em maio.
O projeto para o Plano
Nacional da Educação (PNE) foi encaminhado ao Congresso no início do ano
passado, porém o ministro prevê que ele ainda deverá sofrer um grande atraso.
Isso porque, segundo Mercadante, muitos deputados federais começarão a focar em
suas campanhas eleitorais para prefeituras, o que retardará a pauta na Câmara.
A proposta estabelece 20
metas para a educação no País em dez anos – entre elas o aumento do atendimento
em creche, a melhoria da qualidade da educação e o crescimento do percentual da
população com ensino superior.
O relator manteve sua proposta de que o
investimento público em educação atinja 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB) até
2020. Pelo texto, o percentual pode chegar a 8%, considerando o investimento
total no setor, o que inclui recursos do Financiamento Estudantil (Fies) e do
Prouni, por exemplo. Esse é um dos pontos mais polêmicos do PNE, já que muitos
deputados e movimentos ligados à educação defendem a destinação de 10% do PIB
para a área. O texto original enviado pelo Executivo previa 7%.
O
deputado Vanhoni afirmou que solicitou uma nova rodada de negociação com o
governo para tentar aumentar a meta de investimento na área prevista no seu
relatório. Vanhoni defende que o índice de 7,5% é suficiente para “enfrentar os
problemas estruturantes da educação nos próximos dez anos”. Ele avalia que a
reivindicação dos 10% do PIB virou uma bandeira política e discorda que esse
seja o patamar necessário para que as metas do plano sejam cumpridas.
“Entretanto, para que a
gente possa consolidar uma saída para esse impasse eu solicitei uma nova rodada
de negociação”, explicou. Na própria base do governo não há acordo sobre o
índice incluído no relatório de Vanhoni - parte dos deputados poderão votar em
favor dos 10%.
Segundo Vanhoni o pedido de reunião foi feito ao
ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e à ministra da Secretaria de
Relações Institucionais, Ideli Slavatti. A expectativa é que a conversa seja
retomada na próxima semana, quando não estão previstas reuniões da comissão na
Câmara por causa do feriado de Corpus Christi. Entretanto, o relator disse que
não há ainda sinalização por parte do governo de que o índice possa ser
revisto.
A proposta do PNE também destina 50% dos recursos
da União resultantes do Fundo Social do Pré-Sal - royalties e participações
especiais referentes ao petróleo – para a manutenção e o desenvolvimento do
ensino público. Segundo Vanhoni, hoje o País aplica 5,1% do PIB em educação.
Esse percentual inclui recursos da União, dos Estados e municípios.
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