A secretária de Estado dos
EUA, Hilary Clinton em sua visita
ao Brasil nesta segunda-feira (16/04), afirmou no seu discurso de cerca de 25
minutos durante participação no evento: "Visão para a Parceria Econômica
no Século 21", promovido pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e
pela Amcham (Câmara Americana de Comércio), que além da redução da
bitributação, Brasil e Estados Unidos precisam considerar um acordo de livre
comércio. Ela destacou que é possível aumentar o comércio entre os dois países. "Podemos fazer muito
mais, há oportunidades e potencial para mais investimentos, mais comércio, mais
emprego", disse.
Hilary Clinton falou de
assuntos variados, indo de comércio exterior à necessidade de investimentos,
passando por inovação tecnológica.
A secretária reconheceu a
necessidade de uma reforma do Conselho de Segurança da ONU (Organização das
Nações Unidas), apesar de não fazer uma defesa clara à candidatura brasileira a
um assento permanente no órgão.
Ela elogiou a disposição
do Brasil em explorar a camada de petróleo no pré-sal, uma tarefa
"complicada" e "cara", e finalmente,
Hillary mostrou o verdadeiro motivo de sua vinda ao Brasil, mostrando a
disposição de empresas e governo norte-americano em participarem da exploração
do pré-sal. "Esse
tema é estratégico e essa conversa continuará sendo aprofundada", afirmou Clinton. Nesta manhã
17/04, ela se encontrou em Brasília com a presidente da Petrobras, Maria das
Graças Foster.
Enquanto isso, no
"front" externo o Brasil demonstrando o não alinhamento com a maior
economia do mundo perdia mais uma batalha contra os EUA, a sua candidata à
presidência do Banco Mundial, a ministra Ngozi Okonjo-Iweala foi
derrotada. O Banco Mundial indicou nesta segunda-feira que o candidato
apoiado pelos EUA, o médico e ativista Jim Yong Kim, será o próximo presidente
da instituição, no lugar de Robert Zoellick.
Parece que o Brasil, ainda
não percebeu que os EUA ainda é a maior economia do mundo, respondendo por
aproximadamente 20% do PIB mundial. Mesmo considerando o dólar a R$1,70, o país
tem economia seis vezes maior que a do Brasil. É interessante considerar que
nos últimos dez anos, o comércio com aquele país diminuiu de 20% para cerca de
10% do comércio global que o Brasil mantém com o mundo. É um cálculo simples,
se EUA representa 20% do PIB do mundo e o Brasil consegue vender apenas 10% da
sua venda global, há uma distorção grande a ser recuperada.
Obama é pragmático, sabe
onde pisa e sabe o que quer. Mandou Hillary para o Brasil, não para oferecer
"vaga no Conselho de Segurança da ONU", mas para vender o
"turismo" e "equipamentos petrolíferos" para o nosso
país. Enquanto isso oferecemos a cachaça brasileira cujo volume em 2011,
foi um nanico US$19 milhões. Se antes vendíamos café e comprávamos automóveis
americanos, agora vendemos cachaça e compramos equipamentos petrolíferos.
Por mais que tentemos
provar para o mundo que o Brasil está “bombando”, vamos passando por governos
de todos os matizes com a mesma agenda.
É tudo festa no país do
carnaval!
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Dag Vulpi