sexta-feira, 2 de março de 2012

Renato Casagrande tenta apaziguar aliados, mas perde influência no pleito em Vitória


Foto capa: Arquivo SD
Renata Oliveira

Depois do desconforto causado pelo episódio do suposto convite para Ricardo Ferraço (PMDB) ser candidato a prefeito de Vitória, o governador Renato Casagrande tenta apaziguar os ânimos dos aliados, destacando a potencialidade da candidatura da deputada federal Iriny Lopes (PT). Mas, para a classe política, a atuação do governador fez com que ele perdesse a condição de influir no pleito da Capital.

Os comentários são de que Casagrande não teria feito um convite para Ricardo Ferraço disputar a eleição, mas depois do boato lançado pela mídia nacional, não teve condições de desmentir o convite. Daí teve que arcar com as consequências da escolha e tenta agora apagar o incêndio causado no tabuleiro eleitoral não só de Vitória, mas do Estado.

Isso porque os partidos estão com sua atenção voltada para Vitória, que é a segunda maior vitrine eleitoral do Estado, depois do governo. Como o posicionamento de Casagrande não foi firme, criou uma situação desconfortável para os demais aliados.

Isso fecha as portas para que o governador possa influir na disputa da Capital, assim como já não tem espaço para influenciar na disputa em Vila Velha. Depois do episódio envolvendo o convite do governador para a filiação do ex-prefeito Max Filho ao PSB, que acabou não acontecendo por conta da reação da classe política.

A situação é mais complicada em Vitória, devido ao cenário radicalizado de PSDB e PT, que se alternam na prefeitura a um quarto de século. O PT já havia confirmado a candidatura da deputada federal Iriny Lopes. O PSDB vinha indeciso entre César Colnago e Luiz Paulo Vellozo Lucas, mas em reunião com os dois principais agentes tucanos, a definição já caminha para a disputa de Luiz Paulo em Vitória, enquanto Colnago vai comandar o processo eleitoral no Estado.

Por isso, a ação creditada a Casagrande mostra uma interferência em um processo tradicional em Vitória e de uma forma truculenta. Para esquentar mais ainda o processo, a avaliação positiva da atual gestão na área da Saúde, pode recolocar o prefeito João Coser (PT) como figura de influência na disputa por sua sucessão.

Além do campo PT e PSDB, Casagrande incomodou ainda os demais partidos que apresentaram nomes ao pleito, a maioria integrante de sua base aliada, o que deixa a situação ainda mais desconfortável para o governador.

Via Século Diário

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