A representação mostra a vitamina B12 participando de processo crucial para a saúde humana, em movimentos que lembram os de um ginasta
A vitamina B12 está abundantemente presente em diversos alimentos, como nas carnes, no leite e nos cereais. Mas quando ela entra no corpo humano, vira praticamente uma ginasta, de acordo com nova pesquisa publicada no periódico Nature. Cientistas da Universidade de Michigan e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, ambos nos Estados Unidos, chegaram a essa conclusão após criarem uma imagem em 3D da vitamina em ação e observarem que ela realiza diversos movimentos que lembram contorções.A representação desenvolvida por meio de raios-X mostra a B12 e suas moléculas parceiras se contorcendo como parte de uma reação crucial, tanto para as células do corpo humano como, de uma forma um pouco diferente, para as células de uma bactéria que consome dióxido de carbono e monóxido de carbono. Essa bactéria vive no intestino de humanos, vacas e outros animais, ajudando na digestão.
Segundo os cientistas, essa reação – que se resume em uma transferência de unidades de carbono simples envolvendo as vitaminas B12 e B9 – é vital para a saúde humana, por isso é tão importante estudá-la. A compreensão de seu funcionamento pode ainda trazer potenciais implicações para o desenvolvimento de novos combustíveis, que podem se tornar fontes alternativas renováveis de energia.
“Sem esta reação, doenças cardíacas e defeitos no nascimento de crianças seriam muito mais comuns”, explica Stephen Ragsdale, coautor da pesquisa. “Da mesma forma, as bactérias que dependem dessa reação seriam incapazes de consumir dióxido e monóxido de carbono para se manterem vivas – e para remover os gases de nossos intestinos e da atmosfera. Então ela é importante em diversos níveis”, diz o biólogo.
Nas imagens criadas pela equipe, os cientistas mostram como o complexo de moléculas que realiza essa reação se contorce em múltiplas configurações – primeiro para ativar, depois para proteger e então para realizar a catálise nas moléculas de B12. Para isso, eles isolaram o complexo proveniente de uma bactéria chamada Moorella thermoacetica, usada comumente como modelo no estudo desse tipo de reação.
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