segunda-feira, 22 de abril de 2013

Políticos desqualificados e militantes desmotivados.

Debate bate papo no facebook, fórum do grupo Consciência Política Razão Social em 18 Janeiro de 2012

Aline Yasmin Eu fico me perguntando o motivo de tanta desqualificação nos quadros políticos do nosso país. É possível chegar a algumas conclusões, mas o que é pior delas é o círculo vicioso que nos embola, num ciclo infinito. Realmente para os poucos sérios, ter que abrigar companheiros partidários que estão continuamente em discursos politiqueiros, não deve ser fácil. Isso nos leva a impedir ou intimidar pessoas comprometidas que poderiam se engajar e participar de movimentos políticos, representando suas categorias, de forma realmente colaborativa. A questão não é ser absolutamente técnico, nem apartidário, mas não é possível que um puxa saco profissional seja decisor em nossas vidas, sem qualquer conhecimento de causa. Outro dia ouvi de um amigo com uma inclinação política (dessa mesma, verdadeira, filosófica idealista) alegar que não poderia se candidatar porque não tem dinheiro pra participar do processo e do jogo. O outro motivo seria não ter um histórico de militância (de coisa nenhuma) partidária, ainda que atuante em seu meio. Aí, imagino a busca por quadros qualificados nos partidos ficamos reféns de negociatas e outros jogos que definem nossa vida. E isso é sério amigos, quando definimos nossos políticos (ou não definimos) é o nosso cotidiano que está em jogo. Então, vamos fazer militância sim, de verdade, assumindo o risco do discurso, ainda que esse des-conformismo nos tire de instâncias privilegiadas (porque temos medo das retaliações no estado da paupéria). E mais ainda - vamos unificar essas eleições pares que não tenhamos somente um ano de gestão executiva enquanto nos outros temos joguinhos camuflados para garantir uma (re) eleição. Você se lembra em quem votou nas últimas eleições.
André da Costa Por que nenhum governo jamais terá pessoas competentes e qualificadas à frente de pastas dos Governos? Isso em qualquer âmbito. Porque para se ganhar uma eleição se faz alianças essas alianças visam angariar apoios que serão transformados em votos, só que nenhum partido apóia um candidato de graça, logicamente vai querer o seu quinhão. O problema é que quando o Cidadão ganhou a eleição, quem ganhou foi o partido e quem apoiou também foram os partidos e eles que escolhem e negociam qual espaço terá e indicam quem irá ocupar. Muitas das vezes além da pessoa não ser qualificada e muito menos competente ainda usam os Ministérios e Secretarias, para angariar fundo de reserva para futuras campanhas e, além disso, empregar seus cabos eleitorais. E como eles conseguem $$$$$$ para fundos de futuras campanhas. Através das negociatas que são feitas por seus próprios pupilos empregados lá. Fraudes de licitação, superfaturamento, comissões por fora para favorecimento de negócios etc. Enquanto esse modelo eleitoral existir ISSO NÃO ACABARÁ.

Agora, o resto. Quem faz mais quem faz menos. Não importa o que importa é que construindo ou não uma ponte, tendo ou não o bolsa família, aumentando ou não a vagas na Escola. Estamos sendo roubados do mesmo jeito. Ontem pelo PSDB e nos últimos 10 anos pelo PT, tendo sempre o PMDB nos últimos 30 anos roubando a gente. Ou alguém aqui acha que sendo Durante alguns anos Ministro e Presidente dá pra juntar a fortuna que Lula e sua família tem, Jose Dirceu , e outros ???? AH! Esqueci de dizer, e ainda tem que em toda essa negociata de angariar dinheiro pro partido, sempre alguns tiram um "por fora" O que quase sempre acaba dando merda entre eles mesmo e aí morre um Celso Daniel da Vida. Lógico que tudo isso é especulação porque ninguém nunca prova nada. E NO BRASIL O QUE A JUSTIÇA NÃO PROVA NÃO EXISTE. E continuamos tomando no coelhinho.

Agora lógico que todos vão dizer "não isso não existe" "partido apóia por ideologia por projetos" "a gente acredita no fulano" Todos aqueles que têm seu empreguinho em assessoria, secretarias, subsecretarias, ou seja, todos os que têm "boquinhas" dirão isso e nós, lógico, acreditamos.

Geraldo Silva Jardim Olhem eu to na área agrícola, de saúde e de química e TRANSGENIA é sim provada faz mal ao meio-ambiente e aos seres que vivem nela. Dá-me náuseas ver uma pessoa (dogmáticos, crentes) defender ou atacar algo sem conhecimento prévio. E conhecimento cientifico é o ponto nevrálgico do assunto em questão. Tivemos sim (!!!!!) muito político bacana levando grana, para soltar este veneno de idéia no mercado. Isso veio desde o FHC quando não fez nada com o trafico de soja transgênica da argentina para o Rio Grande do Sul. Ali já começava a transparecer os métodos da Monsanto com o apoio do governo Norte-Americano. Foi tudo documentado em jornais e Audiências e Simpósios! Não dá mais para querer defender lideranças se todo mundo já ta sabendo o que rolou de JABÁ (como uma colega aqui muito comicamente se refere ao BUTIM DE GUERRA)


 Aline Yasmin André da Costa, tudo o que disse faz parte exatamente do círculo vicioso que citei. A questão é: como interromper? É preciso que sejam pensadas saídas mais lúcidas, mais conscientes. A sociedade precisa entender o modelo político partidário e ao mesmo tempo não ficar refém. Como conseguir moralizar, uma vez que cada vez mais me parece que o espaço está sendo ocupado por pessoas que não tem mais saída ou estão em final de carreira (artistas; esportistas e afins). Pessoas sérias que querem se engajar é expelidas desse processo porque é realmente cruel. No mais, tudo isso gente e mais um pouco. Ter senso crítico é pra quem tem estômago, mais que sangue de barata.


 Geraldo Silva Jardim "O FIM da LINHA", a INDIGNAÇAO, pode gerar uma reação em cadeia, OU UM GRUPO PARTE PARA A PRÁTICA de mudança particular nas estruturas limítrofes de pequena comunidade E o resto ficando sabendo vem atrás. NADA poderá ser feito sozinho. Ou a consciência aumenta e se espalha, ou todos afundarão de vez!

Paulo Pacheco Aline Yasmin, seu post é sensacional. Tenho minha idéia sobre o que causa essa pobreza ideológica na nossa política. São vários os fatores, o sistema de financiamento privado de campanhas, e o direcionamento de verbas pelos parlamentares, aliados ao nosso jeito de achar que deputados bons são aqueles que trazem obras, criam a dependência legislativo-executivo-empreiteiras. O legislativo deixa de legislar (a maioria dos deputados nem sabe que é essa sua função) e se torna mero despachante de prefeitos, em busca de verbas, que serão loteadas entre as empreiteiras que financiam as campanhas. O executivo passa a legislar por medidas provisórias e libera ou veta verbas, de acordo com seu interesse em aprovar ou não alguma matéria (vale cargos também). O fato de não termos a fidelidade partidária (outro fator preponderante para esse caos), exime qualquer político de ter ideologia, pois ele pode mudar de partido de acordo com a facilidade de liberação de verbas. Com isso, não temos nem situação nem oposição definidas, não temos o debate sério em cima de idéias e sim, de vantagens. Outro fator que considero de maior relevância é o voto obrigatório. Com ele, pessoas que não gostam de política, não lêem, não debatem, não sabem nem mesmo qual a função de cada poder, têm seu voto igualado ao de quem se preparou para votar. Tudo isso, aliado ao que temos de mais nocivo em termos de cidadania, que é a idiota "lei de Gérson", que fala que o importante é levar vantagem (indiferente de saber que, para alguém levar vantagem, outro tem que perder) faz com que tenhamos isso que temos essa confusão, essa balbúrdia sem sentido senão drenar nosso dinheiro.

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