SELEÇÃO NATURAL
Como há muita confusão em torno do meu mais conhecido conceito científico, resolvi vir até aqui explicar de um jeito mais simples como funciona a Seleção Natural. Para muita gente, seria natural que a Seleção fosse formada só pelos os melhores jogadores, que se provaram nos seus respectivos times, durante um período razoável de tempo. O mesmo vale para a escolha do técnico. Seria natural que o treinador fosse escolhido pelo seu histórico na atividade, nos títulos que alcançou, sendo chamado de professor por seus comandados. Da mesma forma, seria mais que natural que as grandes estrelas futebolísticas – já detentoras de grande fortuna material – jogassem pela Seleção com grande alegria, pelo prazer, uma vez que estão com a vida ganha e não contam com a pressão da sobrevivência. Seria natural que eles fizessem grandes exibições que confirmassem os motivos de tão grande fama. Como não é nada disso o que ocorre, as pessoas me abordam indignadas e me perguntam:
– Darwin, e aí? O que está acontecendo com a Seleção?
Quero dizer que os fatos só confirmam a minha teoria. Primeiro, vamos à questão dos jogadores. A Seleção Natural não se dá entre os jogadores, mas sim entre os donos de passes, que estão cada vez mais profissionalizados e com ótimos contatos com a CBF. Contribui muito para isso a alteração do fenótipo da nova geração de jogadores – alteração essa que lhes deixam mais afeitos ao funk, às cachorras, às respostas lugares-comuns e à assinatura precoce de contratos.
Já o treinador é ainda um desses mistérios da natureza. Arrisco-me a dizer que o atual treinador deve ter alguma qualidade, alguma que nem ele saiba. Talvez sua fragilidade resida no fato de que ele foi uma espécie fabricada pela comissão técnica. Espécies inventadas não se dão bem no ambiente seletivo da natureza dos campeonatos.
E, para finalizar, devo comentar sobre o que acontece aos atuais grandes craques. Por que eles não brilham na Seleção? Esses monstros sagrados estão sofrendo de uma doença rara que pouca gente pode contrair. Essa doença é provocada por uma superintoxicação de dinheiro. Não sei se essa enfermidade irá levar a categoria de grandes craques à extinção. Talvez o futebol.
– Darwin, e aí? O que está acontecendo com a Seleção?
Quero dizer que os fatos só confirmam a minha teoria. Primeiro, vamos à questão dos jogadores. A Seleção Natural não se dá entre os jogadores, mas sim entre os donos de passes, que estão cada vez mais profissionalizados e com ótimos contatos com a CBF. Contribui muito para isso a alteração do fenótipo da nova geração de jogadores – alteração essa que lhes deixam mais afeitos ao funk, às cachorras, às respostas lugares-comuns e à assinatura precoce de contratos.
Já o treinador é ainda um desses mistérios da natureza. Arrisco-me a dizer que o atual treinador deve ter alguma qualidade, alguma que nem ele saiba. Talvez sua fragilidade resida no fato de que ele foi uma espécie fabricada pela comissão técnica. Espécies inventadas não se dão bem no ambiente seletivo da natureza dos campeonatos.
E, para finalizar, devo comentar sobre o que acontece aos atuais grandes craques. Por que eles não brilham na Seleção? Esses monstros sagrados estão sofrendo de uma doença rara que pouca gente pode contrair. Essa doença é provocada por uma superintoxicação de dinheiro. Não sei se essa enfermidade irá levar a categoria de grandes craques à extinção. Talvez o futebol.
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Abração
Dag Vulpi