Manifestação foi dada durante julgamento de questão de ordem no Inquérito 4130, nesta quarta-feira, 23 de setembro, no STF
Informações do site oficial do MPF
“Existe uma operação que
funcionou da mesma maneira, com mesmos atores, com os mesmos operadores
econômicos que aturam nas empresas Consist e Petrobras. Não estamos
investigando empresas e delações. Estamos investigando uma enorme organização
criminosa que se espraiou por esses vários braços do serviço público".
Assim o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se manifestou durante o
julgamento de questão de ordem no Inquérito 4130 – que investiga conduta da
senadora Gleisi Hoffman e de outros acusados -, nesta quarta-feira, 23 de
setembro, no Supremo Tribunal Federal (STF).
Para Janot, o Inquérito
4130 deve ser ser relatado pelo ministro Teori Zavascki, relator de casos
relacionados às investigações da Lava Jato no STF. Segundo ele, há conexão e
continência entre um caso e outro, de maneira que, entre o fato Petrobras e a
empresa Consist, “existem dois operadores que conversavam simultaneamente sobre
ambos, com modus operandi idêntico na distribuição da obtenção ilícita de um ou
de outro lado”.
O procurador-geral
destacou, ainda, que, apesar de a Consiste ter sede em São Paulo, “a lavagem de
dinheiro ocorria através de dois escritórios de advocacia de Curitiba. Daí a
fixação da competência territorial da Justiça Federal de Curitiba”.
Entenda o
caso
O
Inquérito 4130 investiga condutas da senadora Gleisi Hoffmann e de outros
acusados sem foro por prerrogativa de função. Os acusados teriam se beneficiado
de repasses de valores da empresa Consist Software, que tinha contrato com o
Ministério do Planejamento para gestão de empréstimos consignados.
O inquérito foi enviado
ao STF pelo juiz da 13ª Vara Federal do Paraná em razão da prerrogativa de foro
da senadora e distribuído ao ministro Teori Zavascki. O ministro pediu a
redistribuição do processo, por entender que os fatos investigados não teriam
relação com a apuração de fraudes e desvio de recursos no âmbito da Petrobras.
Por sorteio, o processo
foi, então, distribuído ao minsitro Dias Toffoli. A Procuradoria-Geral da
República discordou e pediu o retorno do inquérito à relatoria de Zavascki. O
pedido foi negado e a relatoria de Dias Toffoli foi mantida.
Com informações do STF
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