Deputados federais evangélicos
defenderam nesta segunda-feira, em Brasília, a permanência do deputado Marco
Feliciano (PSC-SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias.
Em sessão solene que homenageou a igreja evangélica Assembleia de Deus, alguns
parlamentares elogiaram a “coragem” de Feliciano e defenderam o direito de um
partido cristão presidir o colegiado. As informações são da Agência Câmara.
Sobre as acusações de que Marco
Feliciano é racista e homofóbico, o deputado Takayama (PSC-PR), que sugeriu a
sessão solene, disse que os pastores evangélicos amam os homossexuais, apesar
de não amarem a prática. Takayama criticou as recentes manifestações ocorridas
na Câmara contra Feliciano.
“O que não está correto é querer
fazer baderna na Câmara, colocar ativistas para denegrir a imagem de um
cristão. Nunca nos opomos a que simpatizantes dos homossexuais ocupassem a
presidência de uma comissão. Agora, quando temos a oportunidade de colocar
alguém em uma comissão, não podemos”, disse.
Para o deputado Nilton Capixaba
(PTB-RO), Feliciano está sendo ferido em seu direito à liberdade de expressão.
Capixaba parabenizou o pastor por defender o povo evangélico. Na opinião do
deputado de Rondônia, Feliciano saberá cumprir o regimento da Câmara na
condução dos trabalhos da Comissão de Direitos Humanos. “Ele fará chegar o
direito humano às pessoas que precisam.”
Os evangélicos disseram ainda que
estão dispostos a defender na Casa os interesses da família brasileira. Os
parlamentares se posicionaram contrariamente a qualquer tipo de proposta que
legalize o aborto, regulamente a prostituição como profissão ou descriminalize
as drogas. “Se depender dos deputados da Assembleia de Deus, essas leis não
passarão nesta Casa”, resumiu o deputado Ronaldo Fonseca (PR-DF).
O deputado Ronaldo Nogueira (PTB-RS)
acrescentou que os integrantes da Assembleia de Deus atuam em defesa da
família, da fé e do trabalho - princípios que, segundo ele, estão sendo
afrontados nos dias atuais. Nogueira disse que, juntamente com a bancada
católica, os parlamentares religiosos trabalharão para que o Brasil não aprove
leis que “afrontem a santidade de Deus”.
Já Nilton Capixaba disse que, se não
fosse a bancada evangélica e seus mais de 70 integrantes, várias “coisas
desagradáveis” já teriam acontecido para as famílias e os evangélicos.
Assembleia
de Deus
A sessão solene foi realizada para
homenagear a Assembleia de Deus, maior igreja pentecostal do Brasil, com 12
milhões de fiéis. A Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil realiza
nesta semana, em Brasília, sua 41ª Assembleia Geral Ordinária.
Takayama elogiou o trabalho
realizado pela Assembleia de Deus na recuperação de pessoas “alijadas” da
sociedade, como usuários de drogas, prostitutas e moradores de rua. “São
pessoas que não têm chance, mas que são recuperadas pelo trabalho
extraordinário que heróis anônimos fazem por todo o Brasil”, afirmou.
Terra
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