O
ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Francisco Falcão, que assumiu
na manhã de hoje (6) o cargo de corregedor nacional do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ), promete manter a linha de atuação de sua antecessora, a ministra
Eliana Calmon, que encerrou o mandato no posto ontem (5).
Para
Falcão, as funções desempenhadas pelo conselho são irreversíveis e o “estilo”
de Calmon, embora diferente do seu, deu certo. “Meu trabalho será todo direcionado a resgatar e manter a boa imagem do
Poder Judiciário. Temos que tirar as maçãs podres, que infelizmente, existem no
Poder Judiciário, os maus juízes que não trabalham e aqueles que se desviam do
comportamento ético e moral”, disse Falcão, antes da cerimônia de posse.
Perguntado
se assim como sua antecessora, não evitará polêmicas, Falcão destacou ter um
estilo mais conciliador. “O trabalho da
ministra Eliana Calmon será mantido integralmente, mas de forma diferente,
porque cada um tem seu estilo. Vou procurar trabalhar em harmonia com as
instituições, com o Supremo Tribunal Federal, que está acima do conselho.
Evidentemente que esta parceria não tirará a independência do corregedor”,
disse Falcão, que já havia dito pretender cumprir sua “missão” com humildade e
discrição.
“Quem estiver pensando que a saída da
ministra Eliana Calmon vai modificar algo está completamente enganado”,
concluiu o ministro, ao ser perguntado sobre a continuidade das investigações
das denúncias de evolução suspeita do patrimônio de servidores da Justiça.
Falcão
garantiu que não vai quebrar o sigilo de magistrados sem autorizações judiciais
e apontou a necessidade de que os salários dos servidores sejam corrigidos,
pois, segundo ele, estão defasados.
Nascido
em Recife, Francisco Cândido de Melo Falcão Neto, de 60 anos, é ministro do
Superior Tribunal de Justiça desde junho de 1999. Foi corregedor-geral da
Justiça Federal entre 2009 e 2011 e presidente do Tribunal Regional Federal da
5ª Região entre 1997 e 1999. Ficará no cargo de corregedor nacional de Justiça
pelos próximos dois anos. O CNJ fiscaliza a conduta de membros do Poder
Judiciário.
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