Autor do requerimento
para que se formasse uma comissão de juristas a fim de elaborar um anteprojeto
de reforma do Código Penal, o senador Pedro Taques (PDT-MT) acredita que os
pontos polêmicos do texto apresentado ao Senado deverão ser analisados pelos
seus colegas.
A primeira reunião da
comissão especial de senadores que irá analisar a proposta entregue pelos
juristas em junho está marcada para amanhã (7). No encontro, o presidente do
Senado, José Sarney (PMDB-AP), deverá conduzir a votação para presidente e
relator do projeto de lei no qual o anteprojeto foi convertido.
Para Taques, questões
como a permissão do aborto até a 12ª semana de gestação, quando a mãe não tiver
condições psicológicas de manter a gravidez, ou a eutanásia, que foram
incluídas na proposta do juristas, devem ser conduzidas pela comissão especial
em consonância com os anseios da população. “A ideia é que possamos debater os
pontos sem preconceitos. Mas é claro que precisamos ouvir a sociedade”,
avaliou.
Para o senador, os
parlamentares devem encarar as polêmicas sem receios e se sentirem à vontade
para debater todos os assuntos. “É claro que há temas mais polêmicos, mas
debater é natural da democracia. Precisamos discutir sem radicalismos”, disse.
Depois que a comissão
especial analisar e votar o projeto do novo Código Penal, ele seguirá para o
plenário do Senado. Se for aprovada pela maioria dos senadores, a matéria
seguirá para a Câmara e depois para sanção presidencial. Outros códigos, como o
de Processo Civil e o de Processo Penal, já foram aprovados da mesma forma no
Senado e atualmente estão em análise pelos deputados.
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