segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Antonio Capistrano: Imagine se Pinheirinho fosse um bairro de Havana!

Imagine se Pinheirinho fosse um bairro de Havana! Seria enorme o estardalhaço que a grande mídia estaria fazendo, no mínimo clamando por direitos humanos. Mas, Pinheirinho é no emblemático ninho tucano, no estado de São Paulo, portanto... é assim mesmo, porrada no povo, é permitido.

Antonio Capistrano, via Vermelho

A hipocrisia da mídia brasileira com relação às questões dos direitos humanos é hilária, principalmente quando se refere a um país fora do bloco de controle das nações capitalistas, tanto da área de influência dos Estados Unidos como de qualquer país da Comunidade Europeia e, se esse país for Cuba, a canalhice vai ao extremo. O âncora do Jornal da Globo, William Waack, revira os olhos quando fala mal de Cuba; a Miriam Leitão, segundo Paulo Henrique Amorim, a urubóloga da rede Globo, chega a entortar a boca; e quando o comentário é do Arnaldo Jabor, a inteligência dá lugar a maledicência gratuita, cheia de hipocrisia.

Para a grande mídia, nos Estados Unidos e na Comunidade Europeia, reprimir qualquer manifestação que conteste o sistema capitalista é permitido, a mídia (PIG) fecha os olhos ou noticia como um fato normal – dão a entender que são baderneiros querendo apenas tumultuar a “democracia”, portanto, nesses casos, a repressão é “legítima”, é benéfica para o sistema capitalista.

Basta ver os casos do Iraque, Líbia, Palestina e o que está ocorrendo na Síria. A mídia, controlada pelos interesses do grande capital, tudo justifica na derrubada dos “tiranos”. São verdadeiros genocídios que estão ocorrendo. No caso do Iraque mais de 1 milhão de pessoas foram mortas, a justificativa é a de sempre, defesa das “liberdades democráticas”, dos “direitos humanos”. Na realidade era o petróleo iraquiano que interessava as corporações petroleiras norte-americanas. As armas químicas e biológicas do Saddam, nunca foram encontradas. Caso idêntico acontece na Líbia e Síria. O muro de Berlim, para essa mesma mídia, era imoral e cruel, mas ela não fala do muro que separa Israel da Palestina muito menos o que separa os EUA do México.

Agora, o pior disso tudo, é o poder que a mídia tem. Ela cria o que ficou denominado de consenso midiático. Saddam tem armas químicas e biológicas, ele é um tirano e pronto, isso passa a ser uma verdade absoluta, mesmo não sendo.

Logo após o anúncio da visita da presidenta Dilma Rousseff a Cuba, a rede Globo enviou uma equipe de reportagem a Ilha. Isso ocorreu no mês de novembro de 2011, a correspondente da Globo em Nova Iorque, Giuliana Morrone, fez uma série de “reportagens” sobre Cuba que foi ao ar na última semana do mês de dezembro, vale salientar, reportagens falaciosas. O motivo dessas reportagens era preparar um factoide, armar uma arapuca, na tentativa de constranger a presidenta Dilma em sua visita ao país de Fidel, a blogueira Yoani Sanchez era o modelo ideal para os objetivos da rede Globo.

A presidenta, em entrevista concedida em Havana, foi taxativa e, sem rodeios, respondendo as provocações da mídia, que insistia em perguntar sobre “direitos humanos”, não titubeou, disse: “Vamos falar de direitos humanos? Então nós vamos começar a falar de direitos humanos no Brasil, nos Estados Unidos, uma coisa chamada Guantânamo. Não é possível fazer da política de direitos humanos só uma arma de combate ideológico. Direitos humanos não é uma pedra que você joga só de um lado para outro, todos nós temos os nossos telhados de vidro e cada país tem as suas peculiaridades”. Eu acrescendo, Cuba é um país em estado de guerra, é uma fortaleza sitiada, ameaçado de invasão por mercenários acantonados em Miami. Mercenários financiados pelo governo norte-americano. Em Cuba existem agentes infiltrados no meio da população com o objetivo de desacredita o governo, como é o caso da blogueira Yoani Sanchez, uma mercenária a serviço da CIA e dos grupos que realizam ações terroristas no território cubano

A grande mídia não divulga e o governo norte-americano fecha os olhos sobre os atos terroristas praticados contra Cuba. Quem está preso nos Estados Unidos não são os terroristas financiados pelos grupos anticastristas, mas, sim, os cinco antiterroristas cubanos, patriotas que faziam um importante trabalho de combate ao terrorismo, evitando atentados, salvando vidas de cubanos e de turistas que visitavam a Ilha.

Fiquei feliz com a visita de Dilma Rousseff a Cuba, com sua postura de estadista, com a visita que fez ao líder Fidel Castro, um ícone da luta libertária das Américas, merecedor de todas as honras do povo latino-americano.

Fiquei feliz com os acordos assinados com o presidente Raul Castro, com o fortalecimento dos nossos laços de amizade. Cuba é um país irmão, símbolo de resistência ao domínio colonial e ao imperialista, exemplo, não só para nós, mas, para todos os países originários das ex-colônias.

Antonio Capistrano foi reitor da UERN e é filiado ao PCdoB.

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