Kleber Galvêas - Fonte: Google |
DEMOLINDO A IDENTIDADE CAPIXABA
Kleber Galvêas*
Vocação é aptidão natural, tendência ou inclinação para um estado ou atividade. Alienado ou louco é quem durante o desenvolvimento, na construção de sua identidade ignora a vocação: assume personalidade que lhe é nitidamente imprópria, pretendendo moldar o ambiente de modo a atender seus caprichos.
Embora muitas vezes possa justificar suas aspirações com lógica fascinante, falha sempre por ignorar o princípio: ele não é quem julga ser, tornando-se insustentável.
Assim está o Espírito Santo: louco, desarrumado, demolindo sua identidade. O governo arrumou nossa casa da pior maneira, usando móveis rejeitados, pesados e perigosos, colocados nos espaços mais nobres do litoral.
Nenhum outro estado brasileiro possui tantas características complementares reunidas definindo uma vocação. Isto nos distingue, é a nossa identidade.
- localização geográfica entre norte e sul da costa atlântica brasileira;
- topografia privilegiada com mar e montanhas próximos;
- muitos rios, riachos, lagoas e cachoeiras;
- restos da mata atlântica;
- clima com faixa curta de variação da temperatura, chuvas regulares e ventos amenos;
- biodiversidade incrível na terra, mar e ar;
- ilha oceânica em frente à capital;
- regime agrário preponderante de pequenas propriedades familiares;
- diversidade religiosa e étnica expressiva, de indivíduos generosos e receptivos;
- 500 anos de história documentada, rica em fatos notáveis;
- pioneirismo na pintura, música, teatro, literatura;
- culinária famosa;
- folclore diversificado, de norte a sul;
- formações rochosas gigantescas, únicas e belíssimas;
- praias para todos os gostos e paisagens naturais notáveis.
Quase todos os itens listados acima são dons, ou dádivas. Nossa vocação para um desenvolvimento sustentável está no terceiro setor da economia; e a expansão da área de Serviços é o que caracteriza sociedades contemporâneas desenvolvidas.
Entretanto violência e poluição, dois entraves que cresceram significativamente nos últimos anos, anulam todas as prerrogativas de uma vocação territorial e humana favoráveis ao desenvolvimento do terceiro setor.
O modelo adotado no ES, de crescimento a qualquer custo (culminando ao declarar grandes empresas como de “Utilidade Pública” para que possam saltar obstáculos legais) é loucura administrativa com grave desvio moral. Este caminho tem nos proporcionado destaque mundial negativo nas áreas de poluição e violência, e o caos na saúde, educação, habitação, transporte e cultura; experimentado ou visto diariamente na TV e jornais.
Só o descaminho justifica esta barbaridade, pois a capacidade de investimento do estado, de R$ 40 milhões, há 7 anos, saltou para mais de R$ 1 bilhão. De pobres estamos rapidamente quase ricos, mas continuamos desajustados, sem espírito.
Nosso pior governador não foi o prevaricador, o que ficou no cargo poucas horas; o que pediu demissão com bilhete escrito em papel higiênico; ou o que fugiu do palácio e se refugiou em navio inglês; tampouco o preguiçoso ou ladrão: é o predador provinciano que está nos demolindo sem oposição, e sem nos dar chance de recuperação.
Resgatando nossa identidade vamos arrumar nossa casa do jeito que somos, pois sem identidade não se desenvolve vida saudável e felicidade. Não há sustentabilidade.
Vocação é aptidão natural, tendência ou inclinação para um estado ou atividade. Alienado ou louco é quem durante o desenvolvimento, na construção de sua identidade ignora a vocação: assume personalidade que lhe é nitidamente imprópria, pretendendo moldar o ambiente de modo a atender seus caprichos.
Embora muitas vezes possa justificar suas aspirações com lógica fascinante, falha sempre por ignorar o princípio: ele não é quem julga ser, tornando-se insustentável.
Assim está o Espírito Santo: louco, desarrumado, demolindo sua identidade. O governo arrumou nossa casa da pior maneira, usando móveis rejeitados, pesados e perigosos, colocados nos espaços mais nobres do litoral.
Nenhum outro estado brasileiro possui tantas características complementares reunidas definindo uma vocação. Isto nos distingue, é a nossa identidade.
- localização geográfica entre norte e sul da costa atlântica brasileira;
- topografia privilegiada com mar e montanhas próximos;
- muitos rios, riachos, lagoas e cachoeiras;
- restos da mata atlântica;
- clima com faixa curta de variação da temperatura, chuvas regulares e ventos amenos;
- biodiversidade incrível na terra, mar e ar;
- ilha oceânica em frente à capital;
- regime agrário preponderante de pequenas propriedades familiares;
- diversidade religiosa e étnica expressiva, de indivíduos generosos e receptivos;
- 500 anos de história documentada, rica em fatos notáveis;
- pioneirismo na pintura, música, teatro, literatura;
- culinária famosa;
- folclore diversificado, de norte a sul;
- formações rochosas gigantescas, únicas e belíssimas;
- praias para todos os gostos e paisagens naturais notáveis.
Quase todos os itens listados acima são dons, ou dádivas. Nossa vocação para um desenvolvimento sustentável está no terceiro setor da economia; e a expansão da área de Serviços é o que caracteriza sociedades contemporâneas desenvolvidas.
Entretanto violência e poluição, dois entraves que cresceram significativamente nos últimos anos, anulam todas as prerrogativas de uma vocação territorial e humana favoráveis ao desenvolvimento do terceiro setor.
O modelo adotado no ES, de crescimento a qualquer custo (culminando ao declarar grandes empresas como de “Utilidade Pública” para que possam saltar obstáculos legais) é loucura administrativa com grave desvio moral. Este caminho tem nos proporcionado destaque mundial negativo nas áreas de poluição e violência, e o caos na saúde, educação, habitação, transporte e cultura; experimentado ou visto diariamente na TV e jornais.
Só o descaminho justifica esta barbaridade, pois a capacidade de investimento do estado, de R$ 40 milhões, há 7 anos, saltou para mais de R$ 1 bilhão. De pobres estamos rapidamente quase ricos, mas continuamos desajustados, sem espírito.
Nosso pior governador não foi o prevaricador, o que ficou no cargo poucas horas; o que pediu demissão com bilhete escrito em papel higiênico; ou o que fugiu do palácio e se refugiou em navio inglês; tampouco o preguiçoso ou ladrão: é o predador provinciano que está nos demolindo sem oposição, e sem nos dar chance de recuperação.
Resgatando nossa identidade vamos arrumar nossa casa do jeito que somos, pois sem identidade não se desenvolve vida saudável e felicidade. Não há sustentabilidade.
*Kleber Galvêas - Pintor (artista plástico capixaba).
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