segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Pai de aluno que atirou diz que não sabia que o filho sofria bullying


Sobre a arma, ele garante que estava descarregada e que não sabe como o jovem teve acesso à munição.

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O pai do estudante de 14 anos que atirou contra colegas dentro do Colégio Goyases prestou depoimento na Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai) na manhã desta segunda-feira (23). Ele chegou à delegacia acompanhado da advogada da família, Rosângela Magalhães, às 9h15 e ficou cerca de 1h30 por lá.

O pai, que é policial militar, não quis gravar entrevista. "Eu pretendo falar em outra oportunidade, em outro momento", disse.

"Ele [pai] estava sereno, tranquilo, mas muito abalado com o que aconteceu. Ninguém sabia que ele sofria bullying, foi uma surpresa para todos", revelou o escrivão Marcos Paulo Passos, que colheu o depoimento, ao "G1".

À polícia, o pai contou que nunca recebeu reclamações do filho sobre bullying. Sobre a arma, ele disse que estava descarregada e que ficava guardada sobre o guarda roupas. Já a munição, estava guardada em uma gaveta em outro quarto. O policial militar falou ainda que não sabe como o filho localizou a chave. Ele contou também que o menino nunca teve acesso à arma, nem pediu para atirar.

A Polícia Civil apreendeu o tablete do estudante, que vai ser investigado para saber se o adolescente planejou o crime. 

Via noticiasaominuto

WhatsApp diz onde você está; saiba como desativar funcionalidade


Novidade permite que seja observada a movimentação do usuário que enviou a localização; saiba utilizar a função para que a sua privacidade seja preservada.

O WhatsApp conta com uma nova funcionalidade que mostra a localização dos seus usuários em tempo real. Diferentemente da opção já existente de enviar a localização, a novidade permite que seja observada a movimentação do usuário. As informações estarão disponíveis em uma mapa por quinze minutos, uma hora ou até oito horas. É importante saber utilizar bem a função para que a sua privacidade seja preservada.

Mesmo se escolheu um prazo longo, a função pode ser desabilitada e apenas quem enviou o compartilhamento pode interrompê-lo. Fazendo isso, os seus contatos deixam de ver por onde você anda.

Confira abaixo um tutorial da funcionalidade elaborado pelo site "TechTudo":

Finalizar o compartilhamento pelo preview do mapa no chat;

Na mensagem do compartilhamento, selecione a opção "Parar de compartilhar" (no iPhone) ou "Encerrar" (no Android).

Finalizar o compartilhamento no mapa ao vivo:

1. Toque na mensagem para abrir o mapa de localização em tela cheia. Na sequência, toque em "Parar de compartilhar";
2. Toque novamente em "Parar de compartilhar". Assim, o mapa do chat será congelado no local final do compartilhamento e não será mais possível clicar na localização interrompida. Feito isto, o contato deixa de ter acesso ao seu trajeto.

Três dias após massacre, estudantes retornam à escola em Goiânia


Na manhã desta segunda-feira (23), as mochilas dos estudantes estavam distribuídas no pátio da escola, de acordo com o ano dos alunos.

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Três dias após a tragédia em que um adolescente de 14 anos matou dois colegas de classe e feriu outros quatro, pais e alunos retornaram à escola particular onde tudo aconteceu para buscar o material que ficou para trás na fuga. Na manhã desta segunda-feira (23), as mochilas dos estudantes estavam distribuídas no pátio da escola, de acordo com o ano dos alunos.

Pela fresta da fachada da unidade era possível observar, no espaço destinado ao oitavo ano, turma do atirador e das vítimas, uma mesa com estojos, garrafas e cadernos cujos donos não foi possível identificar.

Alguns alunos e pais saíram emocionados da escola. "Minha filha saiu da sala no momento do primeiro tiro. Ela ficou transtornada. Não tenho intenção de tirar meus filhos daqui [da escola]", disse o pai de dois alunos do Colégio Goyases, na periferia de Goiânia.

Dois policiais civis e dois bombeiros estiveram na escola nesta manhã, mas não foram atendidos pelos diretores da escola, que também se recusaram a falar com os jornalistas. Até o momento, a escola só se manifestou por meio de uma nota em que diz que seus responsáveis estão de luto e pede que não se faça qualquer julgamento.

De acordo com a mãe de um aluno que falou em nome dos diretores, ainda não há previsão de retomada das aulas. Uma reunião administrativa na tarde desta segunda definirá os novos rumos do calendário escolar.

Depoimento
Na manhã desta segunda-feira, o pai do atirador foi ouvido novamente pela polícia. Ele já havia prestado depoimento na última sexta (20), dia da tragédia. A expectativa é que o garoto seja ouvido pelo juiz nesta tarde.

O promotor Cássio Sousa Lima, que ouviu no fim de semana o adolescente, disse que ele agiu com "extrema violência e frieza". Na representação apresentada à Justiça, Sousa Lima afirma que constatam-se indícios "mais do que suficientes" para pedir a internação provisória do garoto por 45 dias.

"No presente caso, é evidente a extrema violência e frieza no planejamento e execução da conduta típica, como também o considerável número de vítimas atingidas, assim, a medida se perfaz em imprescindível instrumento acautelador social, com o fim de evitar-se a prática de novos atos infracionais graves, resguardando-se a ordem pública", afirmou o promotor.Para ele, a internação é necessária para que o jovem "se conscientize da gravidade do ato infracional praticado, sob pena de, no caso de liberação, caracterizar-se um verdadeiro estímulo para a prática de novas infrações".

Para tentar evitar que o garoto seja condenado à punição máxima prevista no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) - três anos de internação -, a defesa pretende alegar que ele nunca teve nenhum caso de violação à lei e que tem uma família estruturada.

Com informações da Folhapress.

Antes da votação, Temer tem lista de 25 ‘pendências’ de deputados


Parlamentares cobram emendas e cargos em troca de voto a favor de Temer.

A votação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer se aproxima e o Palácio do Planalto ainda precisa resolver uma lista de 25 "pendências". Entre elas a liberação de emendas parlamentares e a distribuição de cargos para integrantes da própria base.

Faltam apenas dois dias para a votação pela Câmara dos Deputados e os atos devem influenciar a contagem de votos com a qual auxiliares de Temer trabalham — entre 250 e 270 favoráveis à derrubada da denúncia. O jornal O Globo recorda que a primeira acusação foi engavetada por 263 votos.

Outro ponto que o Planalto precisa controlar é a crise no PSDB. O partido está rachado entre governistas e independentes, em função da cobrança pela renúncia do senador Aécio Neves (MG) da presidência do partido. O líder da maioria da Câmara dos Deputados, Lelo Coimbra (PMDB-ES), disse que o presidente Temer está tranquilo, mas admitiu que há muita “inquietação” na base.

Temer foi acusado pela Procuradoria-geral da República de obstrução à Justiça e organização criminosa. As negociações para barrar a acusação da PGR estão sendo conduzidas diretamente por Temer, que pediu auxílio ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que também é denunciado. O ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral) também foi denunciado.

Nesta segunda-feira (23) devem se intensificar os preparativos para a votação. Temer receberá, no Palácio da Alvorada, líderes governistas e parlamentares da base.

Tinha que impedi-lo, diz coordenadora que conteve atirador em escola


Simone conta que estava na biblioteca quando ouviu o primeiro tiro.

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"Eu fiquei com medo de ele entrar nas salas onde tinham outros alunos. Então eu tinha que impedi-lo", afirmou Simone Maulaz Elteto, coordenadora do Colégio Goyases, em Goiânia, onde um adolescente de 14 anos matou dois colegas de sala e feriu outros quatro na última sexta-feira (20).

No relato, feito ao "Fantástico", da TV Globo, ela conta que estava na biblioteca quando ouviu o primeiro tiro. Ao seguir para a sala do 8ª ano, onde estudavam o atirador e as vítimas, viu crianças correndo e gritando. "Quando entrei, vi os alunos caídos, feridos e muito sangue. E ele estava com a arma em punho", afirmou.

"Tinha só ele, eu e os alunos feridos, então eu me aproximei dele, não tive medo, coloquei a mão no ombro dele e falei: 'o que que houve?', 'está tudo bem?'. Ele estava um pouco alterado".

A coordenadora afirma que pediu calma ao jovem que estava armado com uma pistola .40 de sua mãe, que é policial militar. Inicialmente, ele se recusou a entregar a arma e pediu que o pai fosse chamado, enquanto isso, o garoto seguiu para fora da sala, com a coordenadora ao seu lado.

"Ele continuou caminhando e eu tentando me posicionar, sem movimento bruscos, na frente dele. Nesse momento, ele estava com a mão assim e a arma ficou apontada pro meu abdômen. A mão direita eu pus no ombro dele e a mão esquerda eu fui empurrando devagar a arma pro rumo da parede".

Coordenadora e aluno foram até a biblioteca, onde permaneceram até a chegada da polícia. "Eu saí correndo da biblioteca e gritei pros policiais que eu precisava de ajuda. Me encaminhei até a sala do 8º anos, onde tinham os alunos que eu tinha visto feridos, até então eu achei que estavam só feridos", afirmou ela.

Elteto afirmou ainda que nunca percebeu ou recebeu queixas em relação à bullying que o atirador estaria sofrendo dentro da sala de aula. O próprio menino falou à polícia que era vítima de gozações de colegas. Outros estudantes disseram que ele era chamado de "fedorento" por não usar desodorante.

A mãe de João Pedro Calembo, 13, um dos jovens que morreu no ataque, já tinha rebatido a teoria de bullying nas redes sociais. "Não julgue o nosso filho, a nossa família pelas notícias que você tem lido. Nós e a escola sabemos que não foi assim. Somos pais presentes, disponíveis, empenhados na educação dos nossos três filhos", disse. 

Com informações da Folhapress.

domingo, 22 de outubro de 2017

Após disparos, atirador de GO chamou pelo pai, diz conselheiro


Na ficha estudantil do atirador não há registro de 'anormalidade nem reclamação por parte dele ou da família de que era vítima de bullying'.

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"Oque eu estou fazendo? Cadê o meu pai?" Essas foram as primeiras palavras que o atirador de 14 anos disse à coordenadora da escola particular Goyases, em Goiânia, após matar a tiros dois colegas de sala e deixar outros quatro feridos, segundo o conselheiro estadual de educação de Goiás e presidente do Sindicato de Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiânia, Flávio Roberto de Castro.

Ele conversou com a coordenadora da escola, que não tem previsão para retomar as aulas.

"Foi a coordenadora que conversou com o aluno [atirador] e conseguiu segurar a arma dele [que ficou descarregada após uma sequência de ao menos 11 tiros]. Ela conversou com ele, que disse a ela: 'O que eu estou fazendo?'", contou o conselheiro. "Em seguida, a coordenadora contou que ele perguntou 'cadê o meu pai?' e ela disse que já estava ligando para ele [um major da PM]."

A polícia nega a versão de que a arma foi segurada pela coordenadora, que apenas teria conversado com o atirador.

Castro afirmou que mantém contato com a coordenadora e que também tem se reunido com frequência com os integrantes da direção da escola, para acompanhar o caso e oferecer assistência.

Na ficha estudantil individual do atirador, de acordo com o conselheiro, não há qualquer registro de "anormalidade nem reclamação por parte dele ou da família de que era vítima de bullying".

Filho de policiais militares, o atirador usou uma arma da corporação sob responsabilidade do pai para praticar os atos infracionais. Ele é aluno da escola há muitos anos e tem um irmão mais novo que também estuda na unidade de ensino.

"Uma professora relatou que conversou com ele antes sobre a mostra de ciências que aconteceria no outro dia normalmente. Nunca houve conversa dele sobre isso [bullying] com professores. Nunca houve conversa dos pais dos alunos com a escola para dizer que ele tinha problema com isso", afirmou o conselheiro.

"Muita gente diz que ele sofria bullying, mas, com esse aluno, houve uma situação de brincadeira e ele potencializou essa brincadeira", afirmou Castro, referindo-se ao suposto fato de que o atirador era chamado de "fedorento" por um dos colegas de sala que ele matou. "Dizer que foi bullying é muito precipitado", acrescentou.

Quatro psicólogos estão realizando acompanhamento terapêutico junto aos coordenadores e membros da direção da escola. A partir da próxima quarta-feira (25), a escola deve fazer reunião com pais e professores para reprogramar o calendário escolar. Isto porque terça-feira (24) é feriado por causa do aniversário de Goiânia, antecedido por ponto facultativo.

A reportagem da Folha de S.Paulo ligou para a advogada da família do atirador, Rosângela Magalhães, e enviou mensagem por WhatsApp, na tarde deste domingo, mas ela não se manifestou. 

Com informações da Folhapress.

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