quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Obama diz que ficou "profundamente chocado" com vídeo da morte de jovem negro


O presidente norte-americano, Barack Obama, afirmou nessa quarta-feira (25) que ficou “profundamente chocado” com o vídeo que mostra um policial branco disparando 16 balas contra um jovem negro em Chicago. O acidente ocorreu há mais de um ano.

“Como inúmeros norte-americanos, estou profundamente chocado com as imagens que mostram os disparos contra Laquan McDonald, de 17 anos”, escreveu Obama em sua página oficial no Facebook.

“Neste Dia de Ação de Graças, peço a todos que guardem aqueles que sofreram trágicas perdas nos pensamentos e orações e que agradeçam à esmagadora maioria de homens e mulheres que protegem as nossas comunidades com honra”, afirmou o presidente.

Centenas de pessoas saíram terça-feira (24) às ruas para protestar, após a divulgação do vídeo. As manifestações ocorreram de forma pacífica, marcadas pelo grito “16 shots” (“16 disparos”), em referência ao número de balas com que o jovem McDonald foi atingido.


As autoridades judiciárias anunciaram que vão acusar o policial Jason Van Dyke, de 37 anos, acusado de ser o autor dos disparos.

Este é o primeiro caso, em 35 anos, na cidade de Chicago, em que um policial é acusado de homicídio quando estava em serviço, segundo a imprensa local.

McDonald, de 17 anos, foi morto em 20 de outubro de 2014, após encontro com o agente Van Dyke, da polícia de Chicago, que assegurou que o jovem estava armado com uma faca.

No vídeo, divulgado terça-feira, vê-se McDonald correndo, aparentemente para se afastar de um grupo de agentes, quando foi atingido pela primeira vez. Depois, aparece estendido no chão, onde é baleado diversas vezes. Um agente não identificado aproxima-se e chuta uma pequena faca que McDonald segurava na mão.

A polícia considera que Van Dyke disparou por temer pela sua vida e acrescenta que McDonald, cuja autópsia revelou indícios de drogas, comportou-se de forma errada e não atendeu às ordens dos agentes para que largasse a faca.

Cinco partidos querem que Janot peça o afastamento de Cunha ao STF

Parlamentares de cinco partidos - Psol, Rede, PSB, PSDB e PPS - pediram à Procuradoria-Geral da República (PGR) o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara dos Deputados. No documento, os parlamentares acusam Cunha de falta de isenção e de manobrar politicamente para impedir o avanço da investigação contra ele no Conselho de Ética, além de tomar atitudes deliberadas para atrapalhar a obtenção de provas nos processos da Operação Lava Jato em que ele é investigado.
Os deputados argumentam que, diante das denúncias, Cunha não tem condições de permanecer no comando da Casa e pedem que o procurador-geral, Rodrigo Janot solicite ao Supremo Tribunal Federal (STF) o afastamento do deputado de duas funções na presidência. “Todos nós defendemos a tese do afastamento [de Eduardo Cunha] e o procurador-geral [Rodrigo Janot] pode contribuir e muito pedindo esse afastamento cautelar para que o processo no Conselho de Ética transcorra normalmente”, disse o líder do PPS Rubens Bueno (PR).
Para os parlamentares, a prisão do senador Delcídio Amaral (PT-MS), na manhã desta quarta-feira, serve como exemplo para que Janot também peça o afastamento de Cunha. O grupo seria recebido pelo procurador-geral da República, mas a prisão de Delcídio levou Janot a cancelar a audiência, tendo o chefe de gabinete de Janot, o procurador Eduardo Pelella, recebido os parlamentares.
De acordo com o líder do Rede Sustentabilidade, Alessandro Molon (RJ), Pelella afirmou que Janot analisaria o pedido e que “teria a mesma coragem que teve para pedir a prisão de um senador se entendesse que deveria pedir o afastamento do presidente da Câmara”.
Os deputados afirmam que Cunha manobrou para prejudicar a reunião do Conselho de Ética de quinta-feira (19), quando o colegiado apreciaria relatório preliminar do deputado Fausto Pinato (PRB-SP), que recomenda a continuidade das investigações das denúncias contra o presidente da Câmara. Ontem, aliados de Cunha, com um pedido de vista coletivo, adiaram novamente a decisão, depois da leitura do relatório em que Pinato afirma que, caso comprovadas, as denúncias são “incompatíveis com o decoro parlamentar”.
Após o episódio, deputados de seis partidos anunciaram que passariam a obstruir todas as votações da Casa enquanto o presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) se mantiver no cargo. Mas, de acordo com os parlamentares, Cunha “inventou” normas para constranger e impedir os deputados de obstruir. “Ele inventou que se o líder [do partido] não optou por obstrução, nenhum deputado daquele partido tem o direito de optar por obstrução”, afirmou o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG). “Impedir um deputado de se colocar em obstrução é uma maneira dele tentar dividir esse movimento nosso, porque a obstrução neste caso, é um movimento para forçar a saída dele”, acrescentou Sávio.
Segundo o líder do PSOL, Chico Alencar (RJ), Janot poderia pedir o afastamento de Cunha da presidência da Câmara por abuso de prerrogativa. Ele também poderia mostrar que Cunha trabalhou para obstruir a investigação sobre fatos específicos do processo penal no processo da Operação Lava Jato. “Estamos de cabelo em pé na Câmara com o continuado processo que, direta ou indiretamente regido por Eduardo Cunha, está atrapalhando as investigações tanto no Conselho de Ética, quanto no Supremo”, afirmou Alencar.
Durante entrevista coletiva, Cunha disse que não comentaria o pedido. “Eles fazem o que acham que devam fazer. Eles podem alegar o que quiserem”, disse o deputado, que classificou a representação no Conselho de Ética como “pífia”.

PT não se julga obrigado a gesto de solidariedade com Delcídio, diz Rui Falcão


O presidente nacional do PT, Rui Falcão, divulgou nota hoje (25) em que se diz “perplexo” com os fatos que levaram à prisão do senador Delcídio do Amaral, líder do governo no Senado e integrante do partido. Segundo ele, as ações do senador não têm relação com o partido. 

Delcídio do Amaral foi preso pela Polícia Federal, em Brasília, no âmbito da Operação Lava Jato. A prisão dele foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) com base em pedido feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR). De acordo com a PGR, o senador tentou obstruir as investigações e prometeu pagamento de R$ 50 mil mensais ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró para evitar que ele firmasse acordo de colaboração com o Ministério Público Federal. O documento da PGR ainda diz que o senador ofereceu um plano de fuga ao ex-diretor e garantiu que poderia interferir em decisões do STF a favor de Cerveró. A Polícia Federal também prendeu, no Rio de Janeiro, o banqueiro André Esteves, dono do Banco BTG Pactual, que, segundo a PGR, iria arcar com o valor prometido pelo senador. 

Na nota, Rui Falcão disse que "nenhuma das tratativas atribuídas ao senador têm qualquer relação com sua atividade partidária, seja como parlamentar ou como simples filiado". "O PT não se julga obrigado a qualquer gesto de solidariedade", acrescentou.

O vice-presidente Michel Temer disse que apoia as apurações que vêm sendo feitas na Operação Lava Jato e que não teme que as revelações venham a público.

Por meio do Twitter, a assessoria de Temer voltou a negar que ele conversou com o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), preso nesta manhã (25) , sobre a possibilidade de interferir junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) nos rumos das investigações.

Delcídio e seu chefe de gabinete, Diogo Ferreira, além de André Esteves, dono do Banco BTG Pactual, e do ex-advogado de Nestor Cerveró, Edson Ribeiro, foram presos pela Polícia Federal, após autorização do ministro do STF, Teori Zavascki.

Para solicitar a prisão, a Procuradoria-Geral da República (PGR) usou depoimentos da delação premiada de Cerveró, ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, e do filho dele, Bernardo Cerveró. Entre as provas apresentadas pela PGR, está uma gravação da conversa entre Bernardo, Delcídio e Edson Ribeiro em que o senador diz que Michel Temer conversou com o ministro Gilmar Mendes, do Supremo. Em discussão, estaria a possibilidade de a Corte colocar Cerveró em liberdade por meio de habeas corpus. Mais cedo, a assessoria do vice-presidente já havia informado que ele não discutiu o assunto com Delcídio.

"O vice-presidente Michel Temer jamais recebeu pedido do senador Delcídio do Amaral para interferir nos rumos das investigações da Lava Jato. E nunca conversou com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, com esse objetivo. Michel Temer apoia as apurações e não tem receio algum sobre as revelações que venham a público", afirmou a assessoria de Temer, pela rede social.

Temer diz que apoia investigações e não teme que revelações venham a público


O vice-presidente Michel Temer disse que apoia as apurações que vêm sendo feitas na Operação Lava Jato e que não teme que as revelações venham a público.

Por meio do Twitter, a assessoria de Temer voltou a negar que ele conversou com o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), preso nesta manhã (25) , sobre a possibilidade de interferir junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) nos rumos das investigações.

Delcídio e seu chefe de gabinete, Diogo Ferreira, além de André Esteves, dono do Banco BTG Pactual, e do ex-advogado de Nestor Cerveró, Edson Ribeiro, foram presos pela Polícia Federal, após autorização do ministro do STF, Teori Zavascki.

Para solicitar a prisão, a Procuradoria-Geral da República (PGR) usou depoimentos da delação premiada de Cerveró, ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, e do filho dele, Bernardo Cerveró. Entre as provas apresentadas pela PGR, está uma gravação da conversa entre Bernardo, Delcídio e Edson Ribeiro em que o senador diz que Michel Temer conversou com o ministro Gilmar Mendes, do Supremo. Em discussão, estaria a possibilidade de a Corte colocar Cerveró em liberdade por meio de habeas corpus. Mais cedo, a assessoria do vice-presidente já havia informado que ele não discutiu o assunto com Delcídio.

"O vice-presidente Michel Temer jamais recebeu pedido do senador Delcídio do Amaral para interferir nos rumos das investigações da Lava Jato. E nunca conversou com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, com esse objetivo. Michel Temer apoia as apurações e não tem receio algum sobre as revelações que venham a público", afirmou a assessoria de Temer, pela rede social.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

PF prende banqueiro André Esteves e senador Delcídio do Amaral

A Polícia Federal (PF) prendeu hoje (25), no Rio de Janeiro, o banqueiro André Esteves, dono do banco BTG Pactual. A prisão está relacionada às investigações da Operação Lava Jato.

Em nota, o BTG Pactual esclarece que está à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários e vai colaborar com as investigações.

O BTG Pactual é um banco de investimentos listado e controlado por uma sociedade de 156 executivos. Em maio de 2009, o BTG Investments fechou a aquisição do UBS Pactual por US$ 2,5 bilhões e a transação foi finalizada e homologada pelo Banco Central em outubro do mesmo ano. O banqueiro tem uma fortuna estimada em R$ 9 bilhões e ocupa a 13ª posição entre os homens mais ricos do Brasil, segundo a revista Forbes. Em 2014, André Esteves foi nomeado Personalidade do Ano pela Câmara de Comércio Brasileira Reino Unido. É considerado uma das 50 pessoas mais influentes do mundo pela agência de notícias Bloomberg em 2012.

Delcídio do Amaral
Além de Esteves, a PF também prendeu o líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), em Brasília. O senador chegou por volta das 8h15 à sede da Superintendência da Polícia Federal em Brasília. A prisão do senador foi autorizada pelo ministro-relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki. De acordo com a Polícia Federal, o senador foi preso por tentar atrapalhar as investigações da Lava Jato. A polícia também está cumprindo um mandado de prisão contra o chefe de gabinete do senador, Diogo Ferreira.

O senador está em uma sala na Polícia Federal. O exame de corpo de delito deverá ser feito por um médico particular do senador ou do próprio Senado. 

No Senado, a Polícia Federal faz operação de busca e apreensão nos gabinetes da liderança do governo e do senador. A Polícia Legislativa impede o acesso da imprensa ao local. 

Na Superintendência da PF, a assessoria do senador informou que recebeu a notícia da prisão com surpresa e que não sabe do que se trata. Ainda segundo a assessoria, o advogado do parlamentar, Maurício Leite, deve chegar a Brasília em duas horas.

Senador por Mato Grosso do Sul desde 2003, Delcídio é líder do governo e presidente da Comissão de Assunto Econômicos (CAE). Engenheiro eletricista, participou da construção e montagem da Usina de Tucuruí, no Pará. Passou dois anos na Europa, quando foi diretor da Shell na Holanda. Em 1991, dirigiu a Eletrosul. Em março de 1994, ocupou a Secretaria Executiva do Ministério das Minas e Energia, até setembro. Foi também presidente do Conselho de Administração da Companhia Vale do Rio Doce. Foi ministro de Minas e Energia de setembro de 1994 a janeiro de 1995. Filiado ao PSDB de 1998 a 2001, fez parte da Diretoria de Gás e Energia da Petrobras.

Lava Jato: Delcídio do Amaral é preso e levado à Superintendência da PF


O líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), chegou por volta das 8h15 desta quarta-feira (25) à sede da Superintendência da Polícia Federal em Brasília. A prisão do senador foi autorizada pelo ministro-relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Teori Zavaski. De acordo com a Polícia Federal, o senador foi preso por tentar obstruir as investigações da Lava Jato. 

No Senado, a Polícia Federal realiza operação de busca e apreensão nos gabinetes da liderança do governo e do senador. A Polícia Legislativa impede o acesso da imprensa ao local.

Na Superintendência da PF, a assessoria do senador informou que recebeu a notícia da prisão com surpresa e que não sabe do que se trata. Ainda segundo a assessoria, o advogado do parlamentar, Maurício Leite, deve chegar a Brasília em duas horas.

Senador por Mato Grosso do Sul desde 2003, Delcídio é líder do governo e presidente da Comissão de Assunto Econômicos (CAE). Engenheiro eletricista, participou da construção e montagem da Usina de Tucuruí, no Pará. Passou dois anos na Europa, quando foi diretor da Shell na Holanda. Em 1991, dirigiu a Eletrosul. Em março a setembro de 1994, ocupou a Secretaria Executiva do Ministério das Minas e Energia. Foi também presidente do Conselho de Administração da Companhia Vale do Rio Doce e ministro de Minas e Energia, de setembro de 1994 a janeiro de 1995. Filiado ao PSDB de 1998 a 2001, fez parte da Diretoria de Gás e Energia da Petrobras.

Sobre o Blog

Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

Dag Vulpi

Seguir No Facebook