terça-feira, 17 de novembro de 2015

Medicamento para tratar alcoolismo pode ajudar a combater vírus da aids


Um medicamento utilizado para tratar o alcoolismo, associado a outras substâncias, poderá contribuir para combater o vírus da aids em soropositivos, mostra estudo divulgado hoje (17) na revista médica The Lancet HIV.

O medicamento, denominado Dissulfiram (nome da marca), estimula o vírus latente no organismo infectado, destruindo assim as células, bem como o anfitrião, e sem efeitos secundários, dizem os autores.

Atualmente, a terapia antirretroviral pode controlar o vírus, mas não o elimina definitivamente.

O vírus permanece no organismo das pessoas tratadas, de forma inativa. O reservatório onde o vírus permanece é um dos maiores obstáculos para o desenvolvimento de um tratamento que cure a doença definitivamente. Estimular o vírus latente é uma estratégia promissora para curar o paciente com aids, mas essa é apenas a primeira etapa para a eliminação, destacou Julian Elliot, diretora de pesquisa clínica nos serviços de doenças infecciosas do Hospital Alfred, em Melbourne, Austrália, e autora do estudo.

“Agora, temos de trabalhar para nos livrarmos das células infectadas”, acrescentou.

No ensaio clínico, dirigido por Sharon Lewin, do Instituto Doherty, em Melbourne, 30 pessoas que fazem o tratamento antirretroviral tomaram doses de Dissulfiram, que foram sendo aumentadas, ao longo de três dias.

Com a dose mais elevada, estimularam o vírus adormecido, sem efeitos secundários para os pacientes.

“O teste demonstra que o Dissulfiram não é tóxico, é seguro e poderá, muito provavelmente, ser o único que muda tudo”, afirmou, em comunicado, Sharon Lewin.

O próximo passo é testar a droga com o próprio vírus como alvo, acrescentaram os pesquisadores.

Mais de 34 milhões de pessoas morreram devido problemas de saúde relacionados com a aids, segundo a Organização Mundial da Saúde.

No fim do ano passado, havia cerca de 36,9 milhões de pessoas contaminadas com o vírus.

França faz novo ataque aéreo a reduto do Estado Islâmico na Síria


A aviação francesa bombardeou novamente o principal reduto do grupo extremista Estado Islâmico no Norte da Síria, destruindo um centro de comando e um centro de treinamento, anunciou o Estado-Maior das Forças Armadas da França.

“As Forças Armadas francesas fizeram, pela segunda vez no espaço de 24 horas, um ataque aéreo contra o Daech [nome do Estado Islâmico em árabe] em Raqa, na Síria", informou o Estado-Maior, em comunicado.

A aviação francesa já tinha feito, na madrugada dessa segunda-feira (16), bombardeios contra a cidade de Raqa, em resposta aos atentados terroristas em Paris na sexta-feira, em que morreram pelo menos 129 pessoas e mais de 400 ficaram feridas.

O ataque foi realizado por “dez aviões caça – Rafale e Mirage 2000 –, a partir dos Emirados Árabes Unidos e da Jordânia”. Eles lançaram 16 bombas, numa missão semelhante à que foi feita na madrugada de ontem.

"Os dois alvos foram atacados e destruídos simultâneamente”, acrescenta o texto.

"Conduzido em coordenação com as forças norte-americanas, o ataque teve como alvo locais identificados durante missões de reconhecimento previamente feitas pela França”, segundo o texto.

O presidente francês, François Hollande, anunciou que a resposta seria “implacável” após os atentados de sexta-feira, os "mais sangrentos cometidos no país".

Os atentados de Paris foram reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

Desde os atentados, os Estados Unidos e a França decidiram aumentar as trocas de reconhecimento sobre potenciais alvos.

A França vai intensificar as operações contra o Estado Islâmico na Síria, graças às informações obtidas e ao deslocamento do porta-aviões Charles de Gaulle, que vai triplicar a capacidade de ataques.

Maior reservatório do Nordeste, Sobradinho tem seca histórica


Maior reservatório do Nordeste, a Barragem de Sobradinho passa por uma das piores secas da história, que afeta a geração de energia elétrica, o abastecimento dos municípios da região e preocupa agricultores que dependem da água da barragem para a irrigação da produção de frutas.

Nessa segunda-feira (16), o nível da barragem atingiu 2,5% do volume útil, o mais baixo da história. Esse número vem caindo dia a dia. No dia 10 deste mês, por exemplo, estava em 2,9%. O nível mais baixo havia sido registrado em novembro de 2001 (5,46%).

“A barragem de Sobradinho é usada para tudo. A nossa principal preocupação sempre foi fazer com que a água do reservatório atenda às necessidades no maior tempo possível. Mas, hoje, estamos dependendo da chuva”, disse o diretor de Operações da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), José Aílton de Lima.

A previsão é que entre o fim de novembro e início de dezembro a barragem atinja o volume morto - reserva de água abaixo do ponto de captação. Isso significa a parada total de geração de energia na hidrelétrica. Inaugurada em 1979, a represa de Sobradinho tem capacidade de armazenar 34,1 bilhões de metros cúbicos de água e corresponde a 58% da água usada para a geração de energia no Nordeste.

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), não há, no entanto, risco de racionamento no Nordeste, pois é possível usar fontes alternativas - como térmicas -, e transferir energia de outras regiões. O órgão diz ainda que os reservatórios da Bacia do São Francisco estão sendo operados prioritariamente para outros usos da água que não a geração de energia.

Para manter mais água na represa, a Agência Nacional de Águas (ANA) determinou a redução da vazão de Sobradinho para 900 metros cúbicos por segundo (m³/s). A ANA estuda reduzir a vazão para 800 m³/s. “Se tivéssemos mantido a vazão em 1.300 m³/s, o reservatório hoje já estaria seco. Agora, vai ser preciso reduzir ainda mais. Ninguém quer que reduza, mas toda a população da região deve poupar água”, diz Aílton de Lima.

Irrigação
A produção de frutas também pode ser prejudicada diante da possibilidade de racionamento no Distrito de Irrigação Nilo Coelho, o maior das áreas irrigadas. Entre Pernambuco e a Bahia, o projeto tem produção anual de R$ 1,1 bilhão. Mais de 2 mil empresas, entre pequenas e grandes produtoras, usam o sistema.

“A previsão é que até o fim do mês a gente chegue a uma cota em que não seja possível mais captar água. Algumas culturas, como a uva, não sobrevivem durante muito tempo sem a irrigação. Se isso acontecer, os prejuízos serão milionários. Além disso, mais de 130 mil pessoas usam esse sistema para consumo”, afirma o gerente executivo do Distrito de Irrigação, Paulo Sales.

Para permitir o aproveitamento da água, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), ligada ao Ministério da Integração, iniciou em setembro obras de instalação de bombas flutuantes e a construção de um canal de captação. A conclusão da obra, que deve custar em torno de R$ 30 milhões, está prevista para dezembro.

“O grande problema é o tempo. Esse sistema de bombas flutuantes já deveria estar pronto. A gente espera ter nível de captação até lá. Mas se o volume para captação acabar antes, será desastroso”, afirma Sales. Todo o Vale do Rio São Francisco tem 100 mil hectares irrigados e produz 2 milhões de toneladas de frutas por ano.

Abastecimento
A seca também prejudica as comunidades do entorno da barragem de Sobradinho, que estão sendo abastecidas com caminhões-pipa. A falta de chuvas interfere ainda na criação de animais. Com o nível de Sobradinho tão baixo, as ruínas das cidades baianas de Casa Branca e Remanso, inundadas na época da construção do reservatório, estão visíveis.

Para o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco, Anivaldo Miranda, além das mudanças climáticas, houve falhas na gestão dos recursos hídricos na região. “Tivemos um amplo processo de crescimento de demanda pela água, ao mesmo tempo que aumentou o uso irracional, por ausência de implementação de instrumentos de gestão hídrica, de responsabilidade sobretudo dos governos dos estados que compõem a bacia”.

Segundo ele, desde 2013 se observava uma tendência de redução do nível dos reservatórios. Miranda diz que a crise da falta de água se estende por toda a Bacia do São Francisco. “Precisamos  avançar para um pacto das águas, onde haja convergência de interesses e de tarefas entre os estados da bacia, o governo federal, os usuários e a sociedade civil, para construir a sustentabilidade de uma área que é das mais vulneráveis e importantes do Brasil”.

Grupo de hackers Anonymous declara guerra ao Estado Islâmico


O grupo de hackers Anonymous divulgou um vídeo na internet em que declarou guerra contra o Estado Islâmico e prometeu vingança pelos ataques de Paris, que deixaram pelo menos 129 mortos e centenas de feridos.

“Estes atentados não podem ficar impunes”, disse, em francês, um membro do grupo de ativistas, que surgiu no vídeo com o rosto coberto pela máscara de Guy Fawkes, que foi popularizada no filme V de Vingança e foi adotada como símbolo do movimento.

“É por isso que os Anonymous de todo o mundo vão caçar-vos. Vamos lançar a maior operação jamais feita contra vocês, podem esperar um grande número de ataques cibernéticos. A guerra está desencadeada, preparem-se. O povo francês é mais forte que tudo e irá sair ainda mais forte desta atrocidade”, disse o representante do Anonymous em um vídeo divulgado no Youtube.

Segundo a mensagem, o alvo dos Anonymous serão os sites e as contas nas redes sociais com ligações com o Estado Islâmico. No seu site em francês, o grupo anunciou ainda a intenção de “perseguir” os membros dos grupos terroristas responsáveis pelos atentados de Paris e fazer “o necessário para acabar com as respectivas ações”.

“Na altura dos ataques ao [jornal satírico francês] Charlie Hebdo [em janeiro passado], já tínhamos expressado a nossa vontade de neutralizar qualquer um que atacasse as nossas liberdades fundamentais. Reiteramos aqui essa vontade na sequência desta tragédia”, acrescentou o grupo.

Os ativistas exortaram também os seus membros a mobilizarem-se para “lutar” e para “lutar em conjunto contra a tirania e o obscurantismo". Também na rede social Twitter, o movimento escreveu a frase: "Anonymous está em guerra com Daesh [acrônimo árabe do grupo Estado Islâmico]”.

O grupo radical sunita Estado Islâmico reivindicou no sábado os atentados de sexta-feira (13) em Paris e que causaram pelo menos 129 mortes. Os ataques ocorreram em vários locais da cidade, entre eles uma sala de espetáculos e o Stade de France, onde decorria um jogo de futebol entre as seleções de França e da Alemanha.

Putin diz que países do G20 financiam o Estado Islâmico


O Presidente russo, Vladimir Putin, disse hoje (16) que pelo menos 40 países financiam o grupo autointitulado Estado Islâmico, entre eles alguns membros do G20. “O financiamento, como sabemos, provém de 40 países, entre eles vários países do G20”, disse Putin numa entrevista à imprensa, na cidade turca de Anatólia.

Putin afirmou ainda que durante a reunião de Cúpula do G20, na Turquia, deu vários exemplos sobre “o financiamento a várias unidades do Estado Islâmico por pessoas identificáveis”.

Segundo o presidente russo, na reunião foi abordada a necessidade de se cumprir a resolução sobre prevenção ao financiamento do terrorismo adotada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, por iniciativa da Rússia.

Putin disse que apresentou imagens captadas por aviões espiões em que se “mostra claramente a magnitude que atinge o tráfico ilegal de petróleo” por parte do Estado Islâmico. “As imagens mostram as colunas de caminhões tanques que se estendem por dezenas de quilômetros”, afirmou referindo-se ao tráfico de petróleo bruto que financia o califado.

O presidente russo disse que depois de terem negado cooperação à Rússia na luta contra o extremismo na Síria, todos os países, incluindo os Estados Unidos, estão agora tomando consciência de que o terrorismo só pode ser combatido com o envolvimento de todos os países. “Os trágicos acontecimentos” ocorridos em Paris “confirmam que temos razão” ao propor uma coligação antiterrorista internacional, acrescentou.

Putin pediu para que se deixe de discutir a eficácia da operação aérea russa contra as posições do Estado Islâmico na Síria e reunir esforços contra o terrorismo para prevenir os atentados em todo o mundo.

“Lamentavelmente, ninguém está a salvo dos atentados terroristas. Por exemplo, a França estava entre os países que mantinham uma postura muito firme contra o presidente, Bashar al Assad”, afirmou. Isso salvou Paris dos ataques terroristas? Não”, acrescentou.


“Parte da oposição armada síria considera possível iniciar ações armadas contra o Estado Islâmico caso sejam apoiados pela Força Aérea e nós estamos dispostos a prestar-lhes apoio”, disse.

Sérgio Moro condena ex-deputado Luiz Argôlo a quase 12 anos de prisão


O juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba, condenou hoje (16) o ex-deputado federal Luiz Argôlo a 11 anos e 11 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Preso no Complexo Médico Penal, na região de Curitiba, Argôlo foi acusado de receber R$ 1.474.442 de propina do esquema de corrupção investigado na Operação Lava Jato. Ainda cabe recurso da decisão.

Na decisão, Moro também decidiu manter a prisão cautelar de Argôlo. “Agrego que, em um esquema criminoso de maxipropina e maxilavagem de dinheiro, é imprescindível a prisão cautelar para proteção da ordem pública, seja pela gravidade concreta dos crimes, seja para prevenir reiteração delitiva, incluindo a prática de novos atos de lavagem do produto do crime ainda não recuperado.”

Segundo Moro, a necessidade da prisão cautelar ocorre ainda pelo fato de Argolo ter sido eleito como suplente de deputado federal.

“Em liberdade, pode, a depender das circunstâncias, assumir o mandato parlamentar, o que seria intolerável. Não é possível que pessoa condenada por crimes possa exercer mandato parlamentar. A sociedade não deveria correr jamais o risco de ter criminosos como parlamentares”, acrescentou o magistrado.

Argôlo é o terceiro político condenado no âmbito da Lava Jato. Em setembro, Moro condenou o ex-deputado federal André Vargas a 14 anos e quatro meses de reclusão. Em outubro, o ex-deputado federal Pedro Corrêa foi condenado a 20 anos e sete meses de prisão

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Dag Vulpi

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