sexta-feira, 8 de março de 2013

Bruno é condenado por morte de Eliza no Dia Internacional da Mulher

Dayanne do Carmo, ex-mulher do goleiro, foi absolvida




Foi na madrugada de 8 de março, Dia Internacional da Mulher, que sete jurados condenaram o ex-goleiro do Flamengo, Bruno Fernandes, a 22 anos e três meses de cadeia pela morte de sua ex-amante Eliza Samudio. Foram quatro dias intensos de julgamento. O ex-jogador já havia sentando no banco dos réus em novembro, no entanto, após estratégia da defesa, o caso foi desmembrado e somente Macarrão e Fernanda foram julgados. Desta vez, Bruno não escapou.


Nos primeiros dias, os trabalhos ficaram por conta das provas e testemunhas. No segundo, a ré Dayanne do Carmo, ex-mulher de Bruno, contou a sua versão no plenário. O ápice do julgamento, entretanto, aconteceu no terceiro dia, com o depoimento do goleiro.
Por aproximadamente seis horas Bruno chorou bastante e contou sua versão da história. Embora não tenha feito uma clara confissão, o ex-atleta do Flamengo admitiu que “aceitou” que Eliza fosse morta. No depoimento, ele contou como tudo supostamente aconteceu. Como se conheceram, como foram os dias da gravidez, e ainda, como foi o dia do crime. 
“Ela falou que viajaria para São Paulo, resolver problemas. Ela se despediu e foi embora. O Macarrão a levou para um ponto de táxi. Horas depois eles voltaram, Luiz Henrique, Jorge e a criança. Eu questionei o que estava acontecendo e o menor me contou. Ele afirmou como tudo aconteceu, que Eliza foi levada para a casa de um homem, ele perguntou se ela usava drogas e depois deu uma gravata nela, e depois foi esquartejada. Eu chorei muito com isso”, disse em prantos. Interrogado pela juíza por quanto tempo ficou “desesperado”, o ex-arqueiro afirmou que foi aproximadamente por 1h30.
O depoimento de Bruno, no entanto, não surtiu efeito. A imprensa questionou e o promotor Henry Vasconcelos confirmou que o réu não fez nenhuma confissão. 
Novo depoimento
Em uma tentativa desesperada de reverter à situação, Bruno foi novamente interrogado nesta quinta-feira pela manhã. O atleta, porém, respondeu a apenas um questionamento, feito por seu advogado. “Excelência, eu sabia e imaginava que Eliza morreria”, finalizou.

Logo após os debates começaram. Mostrando total conhecimento do processo, das mais de 15 mil páginas, o promotor Henry Vasconcelos utilizou de seu tempo para mostrar aos jurados que o réu era culpado por todos os crimes que respondia: homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado da Eliza e do Bruninho.
O promotor, inclusive, pediu a condenação de Bruno e a absolvição de Dayanne. Algo que foi criticado pelo advogado do ex-goleiro. A defesa, por outro lado, buscou desqualificar as investigações. O advogado Lúcio Adolfo passou todo o seu tempo tentando mostrar falhas no inquérito e também as afirmativas da promotoria de Justiça. 
Sentença
Encerrados os debates, a juíza retornou ao plenário após quase duas horas e meia e leu a sentença de condenação. Bruno ouviu sua sentença de cabeça erguida, encarando a juíza. Depois de ouvir o resultado, deixou o plenário de cabeça baixa. Dayanne foi absolvida. 

Bruno foi condenado em todos os crimes e acumulou uma condenação a de 17 anos e seis meses em regime fechado. Ele poderá pedir relaxamento da pena após cumprir 2/5 desse total, que equivalem a sete anos. Até o julgamento, o ex-goleiro já permaneceu em cárcere por dois anos e oito meses - ou seja, ele pode cumprir a pena em liberdade a partir de 2017.
Antes do goleiro ser retirado para a Penitenciária Nelson Hungria, onde está preso, o defensor Lúcio Adolfo prometeu recorrer da decisão. A promotoria também fará o mesmo procedimento, mas em busca de uma pena maior.
A expectativa agora fica para o julgamento de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que teve seu caso desmembrado e sentará no banco dos réus em abril.
O caso Bruno
Eliza Samudio desapareceu no dia 4 de junho de 2010 após ter saído do Rio de Janeiro para ir a Minas Gerais a convite de Bruno. Vinte dias depois a polícia recebeu denúncias anônimas de que Eliza havia sido espancada por Bruno e dois amigos dele até a morte no sítio de propriedade do jogador, localizado em Esmeraldas, na Grande Belo Horizonte. O filho de Eliza, então com quatro meses, teria sido levado pela mulher de Bruno, Dayanne Rodrigues. O menino foi achado posteriormente na casa de uma adolescente no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves.

No dia seguinte, a mulher de Bruno foi presa. Após serem considerados foragidos, o goleiro e seu amigo Luiz Henrique Romão, o Macarrão, acusado de participar do crime, se entregaram à polícia. Pouco depois, Flávio Caetano de Araújo, Wemerson Marques de Souza, o Coxinha Elenilson Vitor da Silva e Sérgio Rosa Sales, outro primo de Bruno, também foram presos por envolvimento no crime. Enquanto a polícia fazia buscas ao corpo de Eliza, um motorista de ônibus denunciou o primo do goleiro como participante do crime. Apreendido, jovem de 17 anos relatou à polícia que a ex-amante de Bruno foi mantida em cativeiro e executada pelo ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, que a estrangulou e esquartejou seu corpo. Ainda segundo o relato, o ex-policial jogou os restos mortais para seus cães. 
No dia 30 de julho, a Polícia de Minas Gerais indiciou todos pelo sequestro e morte de Eliza, sendo que Bruno foi apontado como mandante e executor do crime. No início de dezembro, Bruno e Macarrão foram condenados pelo sequestro e agressão a Eliza, em outubro de 2009, pela Justiça do Rio. O goleiro pegou quatro anos e seis meses de prisão. 
Em 17 de dezembro, a Justiça mineira decidiu que Bruno, Macarrão, Sérgio Rosa Sales e Bola seriam levados a júri popular por homicídio triplamente qualificado, sendo que o último responderá também por ocultação de cadáver. Dayanne, Fernanda, Elenilson e Wemerson responderiam por sequestro e cárcere privado. 
No dia 19 de novembro de 2012, foi dado início ao julgamento de Bruno, Bola, Macarrão, Dayanne e Fernanda. Dois dias depois, após mudanças na defesa do goleiro, o tribunal decidiu desmembrar o processo.  O júri condenou Macarrão, a 15 anos de prisão, e Fernanda Gomes de Castro, a cinco anos. O julgamento de Bruno e de Dayane Rodrigues do Carmo, ex-mulher do goleiro e acusada de ser cúmplice no crime, foi remarcado para 4 de março de 2013. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que é acusado como autor do homicídio, teve o júri marcado para abril de 2013. 
 Terra

Distrito Federal inicia vacinação de meninas contra o HPV


Meninas entre 11 e 13 anos do Centro de Ensino Fundamental 01 (CEF 01) da Estrutural, uma região administrativa de Brasília, receberam hoje (8) a vacina contra o papiloma vírus (HPV), vírus causador do câncer do colo do útero. A meta da Secretaria de Saúde do é imunizar 64 mil meninas das escolas públicas e particulares do Distrito Federal (DF). O HPV é responsável por 70% dos casos de câncer no colo do útero.

A campanha, lançada hoje, é uma ação pioneira no país, e a partir de 1º de abril será ampliada para as demais escolas do DF. Para que a vacina seja efetiva, deverá ser aplicada em três doses, com intervalo de 60 a 180 dias. Segundo a secretária da Mulher, Olgamir Amância, a faixa etária das meninas que serão vacinadas leva em conta a necessidade de que a imunidade seja alcançada antes do início da vida sexual.
“Aqui, nós não estamos discutindo quando a menina vai iniciar seu processo, isto é uma questão de orientação das famílias, é uma decisão das meninas, nós não vamos interferir. O que nós estamos fazendo é investindo no momento que é correto, o que antecede esse exercício da sexualidade, para que elas possam estar prevenidas”.
Ao todo, 364 meninas nascidas entre 2000 e 2002 foram contempladas com a vacina, mediante autorização dos pais ou responsáveis. De acordo com o secretário de Saúde, Rafael Barbosa, “o Ministério da Saúde está em fase de estudo para implantação da vacina gratuita em âmbito nacional, mas o DF se antecipou implantando a vacina no seu calendário”.
A secretária da Mulher disse que a vacina tem custo alto para as famílias mais pobres. “Não estamos aqui falando apenas de uma vacina, nós estamos falando de uma decisão política de proteção, para salvar a vida de todas as mulheres. Ao agir desta maneira, o governo está contemplando todas as mulheres, particularmente aquelas de menor poder aquisitivo”.
Para a diretora do CEF 01, Maria Cirene, o papel da escola na campanha é o de orientar as estudantes. “Muitas delas não tinham conhecimento da gravidade da doença. Além disso, muitas não têm condições de pagar R$ 300 reais em uma vacina, por exemplo.”
A auxiliar de serviços gerais Elizete Maria da Conceição, mãe de uma estudante de 11 anos que recebeu a vacina, não tinha muito conhecimento sobre o assunto. Para ela, a campanha veio ajudar a quem precisa prevenir-se da doença. “Foi muito importante, porque eu não tenho condições de pagar essa vacina e minha filha vai ficar protegida”.
O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, acredita que vacinação vai diminuir o número de vítimas da doença nos hospitais. “Estamos fazendo uma prevenção de longo prazo, para que, daqui a 20, 25, 30 anos, seguramente estarmos poupando muitas vidas”. Alem disso, lembrou que “com ação preventiva se gasta menos do que com ação curativa”.
Agência Brasil

Sobre o Blog

Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

Dag Vulpi

Seguir No Facebook