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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Colesterol alto em crianças tem contribuição da carga genética


No Dia Nacional de Controle do Colesterol, pesquisa revela que pais com colesterol alto podem transmitir o problema aos filhos pela carga genética. O estudo do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia analisou o histórico familiar de 100 crianças e adolescentes, com idade entre 5 e 17 anos, e constatou que em 30% dos casos, a alta taxa tinha ligação com a genética.

A pesquisa revelou que 8% das crianças têm uma taxa elevada de LDL (colesterol ruim) e 45% delas apresentam HDL (colesterol bom), em níveis abaixo do padrão.

De acordo com a nutricionista do instituto, Renata Alves, a alimentação controlada ajuda a regular as taxas de colesterol nas crianças com predisposição genética, mas isso não impede que elas possam apresentar níveis acima do normal. “Eu mesma já vi crianças de 3 anos de idade com colesterol muito alto e que a alimentação não era necessariamente ruim”, disse.

Quando apenas um dos pais tem colesterol alterado, conta a nutricionista, existe o risco de transmissão pela carga genética. Se o pai e a mãe apresentam a elevação, as chances aumentam. Em casos de casamento entre primos, a predisposição é ainda maior. “A família carrega a carga genética e é muito provável que a criança venha a ter também”, explica.

Por isso, famílias com histórico de colesterol alto devem ficar atentos ao surgimento do problema nos filhos desde a infância, mesmo que a criança seja magra e não apresente qualquer sinal, alerta Renata Alves. Ela explica que a maior parte do colesterol é produzida no organismo e que o risco de a criança tê-lo em altos níveis não está simplesmente relacionado à quantidade de gordura corporal. “É mais a capacidade do organismo de fabricar e utilizar esse colesterol”, disse.

Quanto aos sinais, eles são praticamente inexistentes nas crianças. Segundo a nutricionista, aparecem apenas quando as taxas já chegaram a níveis muito elevados e se manifestam como “bolinhas de gordura” ao redor dos olhos ou nas articulações.

O tratamento, conforme a avaliação do médico, pode variar do uso de remédios ao simples controle da alimentação, que, no entanto, se mostrou inadequada em 87% das crianças avaliadas pela pesquisa.
Uma dieta balanceada, continuou Renata Alves, inclui o consumo de verduras, legumes e frutas para que as fibras ajudem na redução do colesterol. A substituição do pão feito com farinha refinada pelo integral também  aumenta a ingestão de fibras. A nutricionista recomenda substituir o leite integral pelo desnatado ou semidesnatado e retirar da alimentação produtos com gordura saturada (de origem animal).

De acordo com a pesquisa, 40% das crianças avaliadas são sedentárias, o que deve ser evitado. A prática de atividade física ajuda a aumentar o colesterol bom (HDL) na criança. Outro meio de regular os níveis do HDL, segundo a nutricionista, é consumir azeite, azeitona e castanhas nas refeições.

O colesterol ajuda na formação de uma capa protetora nos nervos e na produção da vitamina D, da bile e de hormônios. A maior parte (cerca de 70%) é produzida pelo fígado e o restante vem da ingestão de alimentos. Em excesso, o colesterol contribui para o entupimento das artérias, impedindo a passagem do sangue, e torna-se fator de risco para doenças cardiovasculares.
O HDL (colesterol bom) reduz o risco de acúmulo de placas de gordura. O LDL (colesterol ruim) deposita gordura nas artérias e dificulta o fluxo sanguíneo.

sábado, 28 de julho de 2012

Conselho Federal de Medicina vai à Justiça para reverter decisão que libera venda de medicamentos em gôndolas


O Conselho Federal de Medicina (CFM) pretende recorrer à Justiça para tentar reverter decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que liberou a venda de medicamentos isentos de receita médica em gôndolas das farmácias. Para o presidente da entidade, Roberto Luiz d'Avila, a medida é “irresponsável” porque estimula a automedicação e coloca a população em risco.
“É um retrocesso depois de todos os argumentos que a gente tem defendido ao longo dos últimos anos sobre o uso racional dos medicamentos, essa notícia derruba todos os esforços”, disse.
O presidente do CFM argumenta que todos os tipos de medicamento trazem algum risco, mesmo aqueles que são vendidos sem exigência de receita médica. Por isso, o conselho alerta para a necessidade de haver sempre uma orientação e prescrição para a venda. Caso contrário,. “a farmácia vira um supermercado de remédios”.
A decisão da Anvisa, publicada no Diário Oficial da União (27/07) , tomou por base um estudo da equipe técnica do órgão que concluiu que a proibição da venda de remédios nas gôndolas não contribuiu para diminuir o número de intoxicações no Brasil. O levantamento constatou também uma maior concentração de mercado e prejuízo ao direito de escolha do consumidor. Para o CFM, o estudo é pouco consistente e considerou um curto período de tempo para a análise dos resultados.
“A revogação pode induzir à automedicação e ao uso irracional de medicamentos, onerar o SUS [Sistema Único de Saúde] com o aumento de internações hospitalares evitáveis, aumentar o número de casos de intoxicações medicamentosas e banalizar o consumo de medicamentos por meio de estratégias mercadológicas de ampliação de vendas”, diz a nota divulgada pela entidade, em conjunto com o Conselho Federal de Farmácia (CFF).

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Hormônio no corpo humano pode ajudar no tratamento de doenças neurodegenerativas


O hormônio ouabaína, tradicionalmente utilizado no tratamento de doenças cardiovasculares, possui efeito de proteção aos neurônios, aponta estudo recente da Universidade de São Paulo (USP). A descoberta representa uma possibilidade de avanço no tratamento de doenças neurodegenerativas, como os males de Parkinson e Alzheimer, tendo em vista que atualmente não existe medicamento capaz de impedir a morte dos neurônios.
A ouabaína é extraída da espécie de planta Strophantus gratus, a exemplo da dedaleira (flor medicinal e ornamental), e também é encontrada no organismo humano. O professor Cristoforo Scavone, responsável pela pesquisa do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, explica que é a proteção dos neurônios pode ser conseguida de maneira natural, porque o hormônio é liberado no corpo durante a prática de exercícios físicos.
“Se ela [a ouabaína] é liberada naturalmente no exercício e se é protetora, mais um motivo para as pessoas terem práticas saudáveis. É muito mais promissor que certas drogas”, avaliou. “Isso pode fazer com que as doenças, típicas do envelhecimento, apareçam em fases mais tardias”, ressaltou.
A combinação de medicamentos e a prática de atividade física já está sendo utilizada no tratamento dessas doenças, segundo o professor.
O pesquisador alertou, no entanto, que os medicamentos atuais agem apenas como paliativos. “São testados muitos compostos, mas o grande problema é que nenhum deles consegue estancar o processo de morte dos neurônios”, declarou. Para Scavone, a pesquisa desenvolvida pelo ICB pode abrir uma nova área de estudo, com a perspectiva de produção de novos remédios.
Ele avalia, no entanto, que a prevenção, com a prática de atividades físicas, ainda é a melhor opção. “Hormônios são complicados de se usar como fármacos. Eles podem estimular o crescimento celular. Tivemos exemplos, como a reposição hormonal em mulheres, que demonstram o aumento dos casos de câncer. O tratamento hormonal pode induzir efeitos colaterais em longo prazo, que eu não sei se serão tão positivos quanto as estratégias naturais”, ponderou.  
Embora esteja comprovada a capacidade de proteger os neurônios com o uso da ouabaína, ainda serão feitos estudos para saber a ação do hormônio contra os males de Parkinson e Alzheimer. “Estamos começando a trabalhar nos modelos das doenças neurodegenerativas para ver como se processa essa proteção. Por enquanto, analisamos a resposta em relação à inflamação e vimos que há uma proteção ao estímulo inflamatório”, explicou.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Brasil vai inaugurar na África fábrica de remédio para tratamento da aids

Maputo (Moçambique) - A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) vai inaugurar, na semana que vem (dia 21) uma fábrica de medicamentos antirretrovirais para o tratamento da aids no Continente Africano. Depois de quatro anos dedicados às etapas de planejamento e construção, as instalações em Maputo, capital de Moçambique, estão prontas. A fábrica será capaz de produzir 21 tipos de remédios para o combate à doença.
Segundo a Fiocruz, em uma primeira etapa, os medicamentos serão suficientes para atender às necessidades de Moçambique, um dos países com mais alta incidência de aids no mundo – um infectado em cada grupo de três habitantes. Mas, em dois anos, a produção será capaz de atender a toda África Subsaariana.
O investimento total no projeto e na construção foi estimado em cerca de R$ 200 milhões. O governo do Brasil contribuiu com a metade deste valor, aproximadamente. Também houve doações de empresas privadas, como a multinacional brasileira Vale, que atua na África nas áreas de mineração e transporte ferroviário.
Na inauguração, que está marcada para um sábado, a presidenta brasileira Dilma Rousseff será representada pelo vice-presidente da República, Michel Temer.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Pesquisadores do Butantan desenvolvem anti-inflamatório capaz de aliviar dores crônicas


Um potente anti-inflamatório capaz de aliviar dores de difícil controle está sendo desenvolvido por pesquisadores do Instituto Butantan. Os primeiros testes em animais comprovaram a eficácia do medicamento, que usa uma proteína presente no sangue. De acordo Renata Giorgi, pesquisadora do Laboratório de Fisiopatologia do instituto, essa descoberta é um avanço em relação às drogas disponíveis no mercado, pois, além de ser mais potente, pode ser administrada por via oral.
“Descobrimos que algumas células dos glóbulos brancos contêm uma proteína capaz de inibir dor proveniente de processo inflamatório. Com a síntese de um pedacinho dessa proteína, a gente conseguiu que houvesse viabilidade de administração”, disse a pesquisadora. 
Segundo Giorgi, o tratamento de dores crônicas, de lesão de nervos, é difícil, pois algumas drogas, como morfina, perdem a efetividade com o tempo.
Ela destacou que o estudo é inovador ao sintetizar uma proteína, chamada ligante de cálcio S100A9, produzida pelo próprio organismo. “Isso demonstra que, em determinadas condições, o próprio organismo tem capacidade de controlar a dor”, disse. Para fabricação do medicamento, os cientistas identificaram que apenas um pequeno pedaço da proteína é suficiente, o que viabiliza os custos de produção. “Em termos de proporção de dose, essa droga é mais potente”, declarou Giorgi.
“Esses, no entanto, são apenas os experimentos básicos”, reforçou. A pesquisa parte agora para os testes de toxicidade. “Antes de qualquer coisa, tem que se realizado o estudo toxicológico. Estamos numa fase de programar o início desses estudos. Hoje em dia, leva algo em torno de 20 anos pra se comprovar a eficácia de uma droga e conseguir colocá-la no mercado como medicamento”, destacou Giorgi. Os estudos, que iniciaram há dez anos, continuam ainda com testes em animais.
Serão feitos ainda levantamentos sobre o nível de tolerância do medicamento. “O paciente que é submetido à droga que tem efeito analgésico pode, à medida que vai sendo administrada, ficar tolerante ao medicamento. Então, tem que ser aumentada a dose para que se tenha o efeito desejado. Nós ainda vamos fazer esses estudos”, informou a pesquisadora.
Por Camila MacielRepórter da Agência Brasil

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