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terça-feira, 1 de julho de 2014

Inflação no teto da meta preocupa economistas e consumidores

Influenciada principalmente pelos preços dos alimentos e de serviços, a inflação tem ficado ao redor do teto da meta (6,5% ao ano) e tem dado sustos nos últimos anos. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) somava 6,37% no acumulado entre junho de 2013 e maio deste ano.

Apesar de ter ultrapassado várias vezes 6,5% no acumulado em 12 meses ao longo dos últimos três anos, o IPCA, indicador oficial calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem conseguido encerrar o ano sem estourar o teto da meta. Em 2011, o índice encostou em 6,5%, recuando para 5,84% em 2012 e 5,91% em 2013. Apesar de a inflação não ter fugido do controle, a resistência em convergir para o centro da meta, de 4,5%, preocupa economistas e consumidores, que alegam perda do poder de compra no aniversário de 20 anos do Real.
José Edvaldo, da banca de revistas Bacana, na plataforma inferior da Rodoviária do Plano Piloto (José Cruz/Agência Brasil)
Brasília - José Ednaldo, vendedor de uma banca de revistas na plataforma inferior da Rodoviária do Plano Piloto, diz que tem notado a volta do aumento de preços José Cruz/Agência Brasil

Fundadora e presidenta do Movimento das Donas de Casa de Minas Gerais, Lúcia Pacífico diz que a inflação voltou a rondar o bolso dos brasileiros. “Nossa entidade constantemente monitora os preços. São aumentos pequenos, R$ 0,50 aqui, R$ 1 ali, mas que corroem o poder aquisitivo de quem vai aos supermercados. Hoje, vejo pessoas voltando mercadorias no caixa porque o dinheiro não deu”, reclama.
A sucessão de aumentos pequenos nos preços também preocupa o vendedor de banca de revistas José Edinaldo da Silva, 55 anos. Apesar de estar em nível menor que nos últimos anos, ele constata a volta da inflação. “Claro que não está como naquele tempo [antes do Plano Real], mas, meio por baixo do pano, a inflação está se manifestando. As revistas [da banca] estão no mesmo preço há muito tempo porque as editoras estão segurando, mas é só sair por aí para ver os aumentos”, diz.
Osvaldino Alves Brandão, 58 anos, dono de uma banca de fotos e xerox na plataforma inferior da Rodoviária de Brasília
Osvaldino Alves Brandão, 58 anos, dono de uma banca de fotos e xerox na Rodoviária de Brasília, diz que teve de aumentar os preços por causa dos custos mais altosMarcelo Camargo/Agência Brasil

Dono de uma banca de fotos e de fotocópias, Osvaldino Brandão, 58 anos, teve de reajustar preços por causa dos custos maiores. “Neste ano, subi o preço da cartela de oito fotos de R$ 12 para R$ 13”, conta. O aumento incomoda até quem nasceu depois do Plano Real e não conviveu com a hiperinflação. “Até poucos anos atrás, com R$ 300 você comprava muita coisa. Hoje não dá mais nada”, comenta o estudante Leandro Lázaro, 18 anos.

No início do Plano Real, o governo usava a âncora cambial para conter a inflação. Com o dólar próximo de R$ 1 até 1999, o câmbio sobrevalorizado estimulava a importação de produtos baratos para competir com as mercadorias nacionais. Depois da crise de 1999, o governo liberou o câmbio e criou o regime de metas de inflação, pelo qual o Comitê de Política Monetária do Banco Central mantém o IPCA dentro de um intervalo por meio do controle da taxa Selic – juros básicos da economia.

Um dos responsáveis pela elaboração do Plano Real, o economista Edmar Bacha, ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), diz que o governo brasileiro ainda não encontrou uma forma adequada de lidar com os juros altos.

A taxa Selic ficou em 7,25% ao ano entre outubro de 2012 e abril de 2013, no menor nível da história. Para conter a inflação, o Banco Central elevou os juros para 11% ao ano nos últimos 14 meses. Para Bacha, somente reformas que elevem a produtividade e reduzam o risco de crédito reduzirão os juros de forma consistente.

taxa selic

Ex-diretor do Banco Central, Carlos Eduardo Freitas diz que a inflação só não estourou o teto da meta por causa do controle de preços administrados, como transportes e energia. Segundo ele, o tabelamento artificial está fazendo o Tesouro Nacional gastar mais para segurar os aumentos de preços, com efeitos negativos nas contas públicas. “O novo modelo do setor elétrico criou obrigações ocultas para o Tesouro. Quanto mais a inflação aumenta e se dissemina, maior o sacrifício para trazê-la para o centro da meta”, declara.

O professor de economia da Universidade de Campinas (Unicamp) Francisco Lopreato, especialista em política fiscal, tem opinião distinta. Para ele, o governo acertou ao reduzir os juros porque diminuiu o poder do setor financeiro, que ganha com a especulação e não investe o dinheiro na produção.

“Em nenhuma circunstância, vejo risco de descontrole. A inflação subiu por dois motivos. Primeiro, houve um choque de preços de alimentos, que subiram no Brasil e no exterior por motivos climáticos. Além disso, os empresários tentaram elevar a margem de lucro para compensar as perdas no mercado financeiro”, argumenta.

O diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz, diz que, apesar de a inflação estar próxima do teto da meta, não há descontrole. "Uma inflação mais alta acarreta nível de perda maior, mas inflação em torno de 6,5% ao ano traz uma perda imperceptível se comparada ao período hiperinflacionário", avalia. Segundo ele, a maior parte dos trabalhadores está conseguindo recuperar as perdas por causa das negociações sindicais e por causa da política de aumento real do salário mínimo.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Inflação para famílias com até 2,5 salários acumula alta de 3,1% em 2014

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) do mês de abril apresentou variação de 1,05%, registrando alta de 0,20 ponto percentual em relação aos 0,85% do indicador relativo ao mês de março.

Divulgado hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), o indicador acumula alta de 3,1% nos primeiros quatro meses do ano e 5,57% nos últimos doze meses (taxa anualizda).

segunda-feira, 10 de março de 2014

Banco Central: pesquisa prevê inflação de 6,01% este ano


Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil
A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve fechar este ano em 6,01%, de acordo com projeções de instituições financeiras consultadas todas as semanas pelo Banco Central (BC). Na semana passada, a estimativa estava em 6%. Para 2015, a projeção segue em 5,70%, há seis semanas.

Essas estimativas estão acima do centro da meta (4,5%) e abaixo do limite superior (6,5%). É função do BC fazer com que a inflação fique dentro da meta. Um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação, é a taxa básica de juros, a Selic.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Inflação deve encerrar este ano em 5,97%


Blog Dag Vulpi – A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar este ano em 5,97%. A expectativa é de instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) e, de acordo com essa pesquisa, a inflação em 2014 será maior do que no ano passado (5,74%).

As projeções estão distantes do centro da meta de inflação estabelecido pelo governo (4,5%) e abaixo do limite superior (6,5%). É função do BC fazer com que a inflação convirja para o centro da meta.

Fipe indica redução no ritmo de inflação em 2013


Blog Dag Vulpi - O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) na cidade de São Paulo, encerrou o ano de 2013 em alta 3,88%, ante uma elevação de 5,10% em 2012.

Quatro dos sete grupos pesquisados apresentaram variações acima da média, com destaque para educação (7,33%) e saúde (7,07%).

Os preços dos alimentos subiram, em média, 5,42% e no grupo despesas pessoais, 5,58%. A menor variação acumulada no ano foi registrada em habitação, com avanço de 1,96%. Em vestuário foi constatado aumento de 3,02% e no grupo transporte, 2,33%.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Tombini: BC não é tolerante com inflação e pode agir quando achar necessário


Tombini diz que juros da economia devem permanecer mais baixos, independentemente de ciclos monetários

As taxas de juros da economia devem permanecer mais baixas no país, independentemente de haver ciclos monetários (aumentos da taxa básica de juros, a Selic) para combater a inflação. A avaliação foi feita pelo presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, em audiência pública hoje (2), na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.

Segundo Tombini, as taxas de juros estão mais baixas por uma séries de mudanças estruturais na economia, como o aumento do acesso da população a serviços bancários nos últimos dez e a ampliação do mercado de crédito. Ele citou ainda a redução contínua da relação entre dívida do setor pública e o Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços do país, e o acúmulo de reservas.

A taxa Selic serve de referência para as demais taxas do mercado. Em março deste ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC manteve a Selic em 7,25% ao ano, patamar fixado em outubro do ano passado. Esse é o nível mais baixo da história do Copom, criado em junho de 1996.

Com a alta da inflação, o mercado financeiro espera aumento da Selic ao longo deste ano. A expectativa é que a taxa encerre 2013 em 8,5% ao ano. Mas o mercado não espera elevação na reunião do Copom deste mês.

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