Mostrando postagens com marcador Energia Eólica. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Energia Eólica. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 9 de junho de 2017

São Paulo coloca em operação primeiros geradores de energia eólica do estado


Os dois primeiros geradores de energia eólica do estado de São Paulo foram colocados em operação hoje (9) no município de Rosana (SP), região de Presidente Prudente (distante 58 quilômetros da capital paulista). Eles estão instalados dentro da área pertencente a Usina Engenheiro Sérgio Motta, conhecida também como Porto Primavera.

Saiba mais:

Em um primeiro momento, serão feitos testes elétricos e mecânicos, que devem durar cerca de 20 dias. Quando em funcionamento, os equipamentos vão produzir aproximadamente 620 megawatts-hora (MWh) por ano, energia que será utilizada no consumo interno da usina Porto Primavera.

“A implantação de centrais fotovoltaicas e eólicas junto a usinas hidrelétricas existentes apresenta vantagens devido ao espaço físico e infraestrutura de transmissão no local, o que pode propiciar uma redução significativa no custo da energia gerada”, disse o subsecretário de Energias Renováveis, Antonio Celso de Abreu Junior.

Os geradores eólicos fazem parte de um programa de pesquisa e desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que pretende estudar a complementaridade energética das fontes solar, eólica e hidráulica. As torres, que têm 30 metros de altura e pás de 10 metros de comprimento, foram desenvolvidas pela Companhia Energética de São Paulo (Cesp), com o apoio da Secretaria Estadual de Energia e Mineração.


O projeto de uso complementar das energias solar e eólica à energia hidrelétrica tem sua conclusão prevista para agosto de 2018 a um custo estimado de R$ 31 milhões. Também na área de Porto Primavera, desde o final de 2016, já está em operação a primeira usina fotovoltaica do Brasil a utilizar a tecnologia de placas flexíveis e rígidas em sistema flutuante.

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Energias renováveis e eficiência energética são metas para o Brasil


Em meio a danos ambientais cada vez mais aparentes no mundo, especialistas defendem o uso de energias renováveis para diminuir impactos como a emissão de gases de efeito estufa e o aquecimento global. Um dos meios para isso é a substituição do petróleo como elemento principal da matriz energética global por formas de maior eficiência, como solar e eólica. Segundo o diretor do Departamento de Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Carlos Alexandre Pires, essa é uma das principais linhas de investimento do governo federal em geração de energia.

O Brasil tem pouco mais de 40% de sua energia gerada por fontes renováveis. Em relação à geração de eletricidade, as hidrelétricas são as principais forças, responsáveis por 64% da produção. No entanto, a matriz ainda pouco diversificada não garante segurança energética, resultando muitas vezes em problemas de abastecimento, como a crise enfrentada pelo Brasil em 2015.
O país ainda caminha lentamente para disseminação de fontes alternativas de energia, ao contrário de países da Europa como a Alemanha, onde a necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e o pouco potencial para gerar algumas energias renováveis levaram ao desenvolvimento de uma matriz renovável, como a fotovoltaica (solar) ou a eólica. Segundo Carlos Alexandre, essas são o futuro da geração de energia no mundo, e o Brasil também caminha para expandi-las. “É aquela velha história de não colocar todos os ovos em uma mesma cesta. Em termos de administração e de operação de uma rede tão complexa como é a de energia, você precisa ter várias fontes ofertando em diversos momentos do dia e se complementando, quando necessário”, afirma.

A lógica da complementariedade seria parecida com a que já funciona hoje no sistema integrado: nos períodos de seca, em que as hidrelétricas operam com menos capacidade, a geração de eletricidade acaba sendo suplementada pelas termelétricas. A intenção é que cada vez mais as formas de energia renovável ganhem espaço.

Dados do Boletim de Capacidade Instalada de Geração Elétrica - Brasil e Mundo 2016, do Ministério de Minas e Energia, ainda não demonstram esse movimento. Embora 90% do total dos 9,5 GW de potência instalada tenham sido de fontes renováveis, as fontes hidráulica e de biomassa permanecem liderando essa expansão.

Segundo o presidente da Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia (Abiap), Mário Menel, embora o setor tenha um planejamento indicativo, é difícil controlar essa expansão, já que em um leilão prevalece a fonte que oferece o menor custo. Ele explica que a matriz elétrica brasileira comporta todas as fontes e tem bastante variedade, mas fatores como o baixo custo e facilidade de estocagem ainda favorecem as hidrelétricas.

“A melhor forma que nós temos de armazenar energia é nos reservatórios das hidrelétricas. Se eu tenho um vento favorável e estou gerando muita energia eólica, eu economizo água, então aumento o volume do reservatório e estoco energia, praticamente dentro do meu reservatório. Enquanto parou o vento, eu libero essa água para produzir energia elétrica”, diz Menel.

Esse cenário, no entanto, também vem sofrendo mudanças devido a outros fatores como a questão ambiental, que limita cada vez mais a construção das hidrelétricas e também a seca severa que algumas regiões vêm sofrendo. “O Nordeste, por exemplo, que sofre com falta de água nos últimos dois, três anos, só não teve um racionamento na região graças à [energia] eólica que está fornecendo hoje cerca de 30% da necessidade da região.”


Para o Ministério de Minas e Energia, os principais desafios com a entrada dessas fontes são econômicos e operacionais. Carlos Alexandre explica que a questão das intermitências de fortes como a eólica, que não é gerada quando falta vento, e da solar, que também fica parada durante a noite, impactam diretamente no preço da energia elétrica ofertada. “Nosso Operador Nacional de Sistema precisa, a cada instante, balancear o quanto é demandado de energia e o quanto é despachado.”

domingo, 31 de janeiro de 2016

Geração de energia eólica deve continuar crescendo nos próximos anos


A capacidade de geração de energia eólica no Brasil deverá passar dos atuais 8,7 mil megawatts (MW) para 24 mil MW nos próximos oito anos. A estimativa do governo, que consta no Plano Decenal de Expansão de Energia, é que em 2024 o parque eólico brasileiro deverá responder por 11,5% de toda a energia gerada pelo país. Até o fim de 2016, a capacidade instalada deve chegar a 11 mil MW, segundo projeções da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeolica).

A energia produzida com a força dos ventos é a que apresenta o maior crescimento no país. Entre novembro de 2014 e novembro de 2015 a capacidade instalada do setor cresceu 56,9% em relação aos 12 meses anteriores, de acordo com o Ministério de Minas e Energia. No ano passado, foram inauguradas mais de 100 usinas eólicas no país, com investimentos de R$ 19,2 bilhões. Atualmente, existem 349 usinas eólicas instaladas no Brasil, a maioria na região Nordeste.

“A energia eólica no Brasil é algo razoavelmente novo e essa indústria foi sendo construída com bases muito sólidas porque temos um recurso eólico muito bom no Brasil, um dos melhores do mundo e, ao entender e saber explorar esse recurso nós colocamos a eólica em uma situação de vantagem comparativa e competitiva muito grande”, diz a presidente da Abeeolica, Elbia Gannoum.

Para a coordenadora da campanha de Energias Renováveis do Greenpeace, Larissa Rodrigues, o panorama para a expansão da capacidade de geração desta energia no país é otimista, especialmente levando em conta que o desenvolvimento do setor aconteceu com maior força na última década. No entanto, ela avalia que a meta de alcançar 24 mil MW de capacidade instalada em 2024 ainda é tímida. “Quando você pega o que já está instalado hoje e o que está sendo construído, o que sobra não é muita coisa. Pelo que estamos vendo hoje, para 2024 poderíamos ter muito mais”, diz.

Transmissão
O escoamento da energia produzida pelas usinas eólicas foi um problema para os primeiros parques construídos, que ficaram prontos sem ter um sistema de transmissão concluído para levar a energia a outras regiões. Segundo a Abeeolica, isso aconteceu porque houve um desencontro entre os cronogramas de obras das usinas de geração de energia e das de linhas de transmissão.

“Hoje não tem mais aquele atraso e os próximos [projetos] tendem a não atrasar mais, porque o modelo é outro”, diz a presidente da Abeeolica. Desde 2013, os editais para a contratação de energia eólica condicionam a compra de energia desse tipo de fonte à garantia de conexão junto à rede de transmissão.

A entidade estima que cerca de 300 MW de capacidade instalada em 14 parque eólicos do Rio Grande do Norte e da Bahia estejam com problemas de conexão à linhas de transmissão. “Esse percentual não é relevante, é menos de 5% do total”, avalia Elbia.

Para o Greenpeace, o escoamento da energia é o principal gargalo para a expansão das eólicas no país. Larissa Rodrigues diz que o atrelamento da contratação à garantia de linhas de transmissão prejudica o setor. “No fundo, isso é muito ruim para a indústria eólica, porque quem faz a usina não é o mesmo agente que faz a linha de transmissão, são coisas completamente separadas no setor elétrico”, avalia.

Custo
O custo de geração da usina eólica, que era um entrave para o crescimento do setor há alguns anos, já não é mais obstáculo. Atualmente, ela é a segunda fonte de energia mais barata, atrás da energia hidrelétrica. “A eólica já chegou no seu grau máximo de competitividade, quando se tornou a segunda energia mais barata do Brasil em 2011”, diz Elbia.

Segundo ela, atualmente cerca de 70% dos equipamentos utilizados na geração de energia eólica no Brasil são produzidos no país. “Ao construir essa cadeia produtiva somando ao recurso dos ventos, nós temos um potencial eólico disponível para atender as necessidades do Brasil”.

Para a representante do Greenpeace, o debate sobre o custo da energia eólica atualmente é um mito, pois com o avanço da indústria o setor se tornou competitivo. “Há 10 anos quando se falava em energia eólica no país era uma coisa de maluco, ninguém acreditava. Hoje em dia só se fala nisso”, avalia Larissa Rodrigues.

Papel social
O presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim, destaca que, além dos benefícios para a redução dos gases do efeito estufa, a expansão da energia eólica cumpre também um papel social. Isso porque pequenos proprietários arrendam parte de suas terras para colocar os aerogeradores e ganham uma renda extra por isso.

“A forte expansão da geração eólica no país é um elemento importante para o Brasil atingir a meta acordada na COP 21 para redução dos gases do efeito estufa. Além do benefício ao planeta, por menos emissões, tem ainda o benefício local, não apenas pela redução da poluição regional, mas também pelo benefício social ligado à renda que é gerada por essa atividade, que vem sendo desenvolvida geralmente em áreas mais pobres do Brasil”, avalia Tolmasquim.

Segundo estimativas da Abeeolica, cada família que arrenda suas terras para a instalação de aerogeradores ganha cerca de R$ 2,3 mil por mês e o no ano passado foram pagos cerca de R$ 5,5 milhões por mês em arrendamentos.
Os parques instalados atualmente possuem cerca de 87,5 mil hectares arrendados e 3% destas áreas são ocupadas com os equipamentos eólicos. O restante pode ser utilizado para agricultura, pecuária, piscicultura entre outras atividades.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Escócia vai acolher maior estrutura mundial produção energia eólica no alto mar


O governo escocês autorizou o projeto britânico de instalação de uma estrutura de energia eólica nas suas águas, que pode abastecer 19 mil habitações. A construção deve começar em 2016 ou 2017.

A empresa norueguesa de energia Statoil pretende instalar cinco turbinas, com uma capacidade individual de seis megawatts cada, a 25 quilômetros das costas de Peterhead, no Nordeste escocês. Segundo o governo escocês, a plataforma de energia eólica será “a maior do mundo” em alto mar

As turbinas vão ser instaladas em plataformas flutuantes, o que lhes permite serem instaladas longe da costa em águas profundas. O vice-primeiro-ministro escocês, John Swinney, considerou o plano “formidavelmente excitante”.

Irene Rummelhoff, da Statoil, acrescentou, em comunicado, que o Nordeste da Escócia oferece “ótimas condições de vento”, além de uma forte cadeia logística da fileira de petróleo e gás, por estar próximo da cidade de Aberdeen, que tem uma presença grande da indústria de energia.

“As plataformas flutuantes eólicas representam uma nova, significativa e significativamente concorrencial fonte de energia renovável”, acrescentou Irene. “O objetivo da Statoil com o desenvolvimento deste parque eólico piloto é demonstrar a viabilidade comercial de uma solução eólica flutuante com escala industrial”.

A localização das turbinas tão longe da costa oferece várias vantagens, como beneficiar de ventos mais fortes, não serem visíveis da costa e causar menos problemas para outros utilizadores do mar, como pescadores.

Sobre o Blog

Este é um blog de ideias e notícias. Mas também de literatura, música, humor, boas histórias, bons personagens, boa comida e alguma memória. Este e um canal democrático e apartidário. Não se fundamenta em viés políticos, sejam direcionados para a Esquerda, Centro ou Direita.

Os conteúdos dos textos aqui publicados são de responsabilidade de seus autores, e nem sempre traduzem com fidelidade a forma como o autor do blog interpreta aquele tema.

Dag Vulpi

Seguir No Facebook