O
objetivo do projeto é “disciplinar” o alcance da lei, que torna inelegível
condenados por abuso de poder econômico ou político.
O
Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu neste mês que a inelegibilidade de 8
anos estabelecida na Lei da Ficha Limpa, implementada em 2010, pode ser
aplicada em casos anteriores ao ano em que a regra começou a valer. No entanto,
a decisão não agradou líderes de diversos partidos que agora tentam reverter a
regra.
O
deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP) é o autor do projeto de lei complementar
que reúne apoio de deputados de 19 partidos. O objetivo do projeto é
“disciplinar” o alcance da lei, que torna inelegível condenados por abuso de
poder econômico ou político.
O
jornal O Globo destaca que a Lei da Ficha Limpa foi sancionada em junho de 2010
e começou a valer nas eleições seguintes, de 2012, mas por um placar apertado,
de 6 a 5. O Supremo decidiu no início do mês passado que os políticos
condenados antes de a lei entrar em vigor também podem ser atingidos por essa inelegibilidade
de oito anos.
Segundo
estimativas, a decisão do STF pode atingir 40 prefeitos, dois deputados
federais, 50 estaduais e mais de 200 vereadores. " Um dos pilares do
Direito é que a lei não retroage para prejudicar ninguém. A lei da Ficha Limpa
é inquestionável, é um avanço para o país. Mas essa decisão do Supremo cria uma
insegurança jurídica para a classe política", refere o líder do PMDB,
Baleia Rossi (SP).
"O
Supremo vai ter que modular isso. A lei da Ficha Limpa é bem-vinda, mantém um
rigor necessário dentro do processo eleitoral. Ela só não pode valer para um
período anterior à data em que foi publicada", defende o líder do DEM,
Efraim Filho (PB).
Do Noticias ao Minuto
Isso é o fim da picada! O Supremo define algo e os deputados tratam de criar uma lei desfazendo o que foi decidido.
ResponderExcluir2018 hora da Limpeza
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