Agência Brasil
O mexicano
Joaquín Guzmán, "El Chapo", foi extraditado na noite dessa
quinta-feira (19) pelo governo do México aos Estados Unidos. Ele era um dos
mais poderosos traficantes do país e chefe do cartel de Sinaloa. A notícia da
deportação foi divulgada em um comunicado da Secretaria de Relações Exteriores
do México. A extradição ocorreu na véspera da mudança de governo nos Estados
Unidos.
Tribunais do
Texas e da Califórnia já haviam requerido a extradição ao governo de Enrique
Peña Nieto. Nos Estados Unidos, ele é acusado de tráfico de drogas e lavagem de
dinheiro.
Joaquín
EL Chapo ganhou destaque quando, em julho de 2015, fugiu do presídio Altiplano
(de segurança máxima). Ele teria cavado um túnel de 1,5 metro de extensão para
sair da cela. Na época, a mídia mundial repercutiu o caso e, internamente,
levantou-se a hipótese de que ele teria fugido com a conivência de policiais,
uma vez que as câmeras de segurança registraram o momento da saída e sua
ausência só foi percebida 18 minutos depois.
A fuga de El
Chapo foi bastante negativa para o governo mexicano, com os rumores de que o
traficante tinha ligações com pessoas do alto escalão governamental. Após a
fuga, o presidente Peña Nieto pôs a captura do narcotraficante na lista de prioridades
do país. Ele foi recapturado em janeiro de 2015. após uma denúncia.
Nos Estados
Unidos, a imprensa repercute a ocasião da extradição - na véspera da posse de
Donald Trump, mas ainda com o presidente Barack Obama à frente da Casa Branca.
Trump tem tomado
medidas desfavoráveis aos mexicanos. O presidente eleito disse que a construção
do muro que pretende fazer para separar a fronteira deverá ser paga pelo
governo mexicano.
Além disso,
Trump trabalha com empresas multinacionais da área automotiva para que
abandonem planos de expansão na região, sob ameaça de sobretaxar os carros
produzidos fora do território norte-americano.
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