Alvo de
inúmeros ataques durante os últimos discursos no plenário da Câmara, o
presidente da Casa, Eduardo Cunha, que tem sido chamado de corrupto, bandido e gangster,
durante pronunciamentos de parlamentares da base governista, confirmou que
entrará com medidas de retratação.
“Vou entrar
com queixa-crime no Supremo Tribunal Federal e representar na Corregedoria da
Câmara contra todos que estão saindo da crítica política e partindo para a
agressão e ofensa pessoal”, afirmou.
Cunha comparou
o Partido dos Trabalhadores (PT), legenda que tem cravado as falas mais fortes
contra ele, a uma organização criminosa, e afirmou que não vai cair na
tentativa “de golpe”, reagindo “ao destempero deles”.
“É o desespero
de quem vai perder suas boquinhas, de quem está saindo do governo, que não se
conforma com o resultado da votação”, afirmou.
Ritmo
Desde o final
da manhã de hoje (28) Eduardo Cunha conduzia a sessão da Câmara na qual
pretendia votar regimes de urgência para três projetos em tramitação. Apesar de
haver acordo para a votação, apenas um deles foi apreciado.
Os deputados,
por 277 votos a 4, garantiram ritmo acelerado para o projeto de lei (2.648/15),
que aumenta em 41% os salários dos servidores do Poder Judiciário.
Com o
esvaziamento do plenário, não foi possível concluir a votação do pedido de
urgência para o projeto (6.697/09) que reajusta os salários dos servidores do
Ministério Público da União. O quórum mínimo necessário era de 257 deputados,
mas apenas 232 registraram presença.
Desde que o
processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff foi encaminhado para o
Senado, Cunha tem afirmado que não há vontade política para votações na Casa.
Ele garantiu
que não houve “personalismo” na afirmação, e que se baseou na informação dos
partidos de oposição. Eles anunciaram que aguardarão a posição dos senadores
sobre o processo de afastamento da presidenta.
“Não está na
normalidade. Você chama o governo para encaminhar e não existe governo nem para
encaminhar [as matérias para serem votadas]. Obviamente não estamos em ambiente
de normalidade. A Câmara e o mundo político estão em compasso de espera”,
afirmou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua visita foi muito importante. Faça um comentário que terei prazaer em responde-lo!
Abração
Dag Vulpi