A presidente
eleita de Taiwan, Tsai Ing-wen, vai mudar a política para a China de seu
antecessor, garantindo a liberdade de escolha da população em relação a Pequim,
afirmou hoje (15) um porta-voz do Partido Democrático Progressista (PDP).
"Não
vamos manter a atual perspetiva [da política para a China]", disse Wang
Ming-sheng, em comunicado, numa resposta a um artigo do acadêmico Shao
Zong-hai, publicado nesta segunda-feira no diário Zhongguo Shibao.
No artigo,
Shao garantiu que a presidenta eleita vai manter a atual política de Taiwan
para a China, quando tomar posse a 20 de maio.
O porta-voz do
PDP destacou que Tsai expressou claramente que sua política para a China vai
respeitar a vontade popular, cumprir os princípios democráticos e garantir a
liberdade de escolha da população em relação a Pequim, ao contrário da política
de Ma Ying-jeou, seu antecessor.
O respeito da
vontade popular e da democracia serão os dois pilares da política de Tsai para
a China, que também vai manter a Constituição da ilha, acrescentou Wang.
O novo
Executivo de Taiwan vai continuar a promover a paz e estabilidade no estreito
da Formosa, respeitar os acordos concluídos nas negociações e diálogo dos
últimos anos, e a sua política vai ser "consistente, previsível e
sustentável", indicou o porta-voz do PDP.
Em 20 de maio,
Taiwan vai ter, pela primeira vez na história, uma presidenta do
independentista PDP, que contará com uma maioria absoluta no Parlamento.
A China exigiu
que Tsai mantenha a política do antecessor Ma Ying-jeou.
A ilha é
independente desde 1949, data em que os nacionalistas do Kuomintang (KMT) se
refugiaram depois de terem sido derrotados pelos comunistas, que fundaram, no
continente, a República Popular da China.
Pequim
considera Taiwan parte da China, que deverá ser reunificada, se necessário,
pela força.
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